Eupatia

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John estranhou quando Belinda saltou da mesa, jogando-se contra ele num abraço apertado.

- Ei – riu, afagando os cabelos da esposa – uau, obrigado.

Belinda deu uma risadinha, embora sentisse um nó crescendo na garganta.

Abarcou o rosto do marido entre as mãos, olhando em seus olhos.

- Eu te amo – suspirou, beijando a testa de John – não importa o que aconteça, sempre será assim.

O homem sorriu, apesar de vincar a testa, confuso, afagando o rosto de Belinda.

- Está tudo bem?

Ela concordou mecanicamente, soltando as mãos de John, e indo se despedir de Luna, antes de sair para trabalhar.

A cachorrinha abanou o rabinho, fungando na direção da dona.

A mulher não resistiu, e pegou-a no colo, abraçando-a.

- Lembre-se, Luna – fungou, baixo o suficiente para que John não ouvisse – guarde nosso segredinho.

Luna lambeu o rosto de Belinda, subitamente agitada, como se soubesse o que a dona estava planejando.

Mas, se sabia, nada pôde fazer, quando ela soltou-a no chão, saindo de casa em seguida.

Já em Funny Island, enquanto se aproximava da entrada de Fazbear's Fright, Belinda sentiu como se o isqueiro em seu bolso pesasse uma tonelada.

Havia premeditado isso na noite anterior, quando vira o desespero nos olhos do fantasma de Mangle, por trás da vidraça do escritório.

Tivera que se despedir de John e Luna, por que, de uma forma ou de outra, talvez não pudesse fazer isso depois.

Talvez nunca mais os visse.

Sabia que era loucura se condenar daquela forma, talvez sendo julgada eternamente pelas demais pessoas.

Mas vira com os próprios olhos a confirmação de tudo que suspeitara. De alguma forma, tinha que ajudar aquelas almas torturadas, que jaziam presas naquele lugar. O que era passar um tempo na prisão, se este fosse o preço de libertar aquelas crianças? De ter uma consciência limpa, por saber que fizera o certo, embora todos fossem achar o contrário?

Seu único temor era não saber se, para isso, também teria que pagar com a vida. Por que não poderia prever se Springtrap finalmente a alcançaria naquela noite.

O fato é que Belinda precisava tentar. Mesmo que isso lhe custasse mais do que imaginava.

Depois que terminasse o expediente, se tudo desse errado, usaria sua pequena arma.

Enquanto analisava as câmeras, já rastreando a localização do animatrônico, ouviu a última fita que Sam registrara em sua secretária.

- Uhh, alô, alô? Uhh, isto é apenas para informar a todos os empregados que devido às restrições orçamentais, a anteriormente chamada sala segura está sendo selada em muitos locais. Incluindo este. Equipes de trabalho estarão aqui na maior parte do dia construindo uma parede falsa sobre a frente da antiga porta. Nada está sendo feito antecipadamente, então se você deixou alguma coisa lá dentro, então é sua própria culpa. A Gerência também pede que esta sala não seja mencionada para família, amigos, ou representantes de seguro. Obrigado novamente, e lembre-se de sorrir: Você é o rosto da Pizzaria Freddy Fazbear.

Five Night's At Freddy's: A OrigemOnde histórias criam vida. Descubra agora