Capítulo 19

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    No dia seguinte, cheguei apreensivo no colégio. Não consegui prestar atenção na primeira aula. Minhas mãos tremiam, eu tentava disfarçar. Na hora do recreio fui conversar com Tiago, uma última esperança de tentar fazer ele desistir do plano. Não teve jeito, ele estava irredutível.

Fui procurar Alice, pedi para ela faltar às aulas que eram depois do recreio.

O sinal do intervalo tocou. Os alunos voltaram paras as suas salas, menos eu e Alice. Caminhamos até o vestiário da piscina que, há essa hora, ficava deserto. Alice não podia imaginar o que lhe esperava. A minha cabeça girava. Eu não sabia mais qual era a atitude correta a se fazer. A minha cabeça explodia de dor.

Entramos eu e Alice no vestiário masculino. Alice estava visivelmente desconfiada, óbvio, eu levando ela pra dentro de um vestiário masculino. Ela provavelmente deveria estar achando que eu queria transar com ela, seu rosto demonstrava uma mistura de ansiedade e preocupação. Ela não sabia que os próximos minutos lhe reservavam coisa pior.

Tiago estava num canto do banheiro já esperando a gente.

- O que está acontecendo Gustavo? – Alice me perguntou.
- Calma, Alice.
– eu falei.

Minhas pernas e minhas mãos tremiam, eu não sabia qual seria a reação de Alice.

- Sabe o que está acontecendo Alice... – Tiago começou a falar calmamente.

Ele foi abrindo devagar o zíper da calça jeans dele. Alice não estava entendo nada, olhava pra mim perplexa.

- ...O seu namorado quer que você pague um boquete pra mim. - Tiago falou sem fazer frescura.
- QUÊ???? – exclamou Alice 

    - Vem aqui chupar meu pau Alice.

Tiago tirou o pau dele pra fora, ainda estava mole.

- Cala a boca seu merda. Eu não vou chupar seu pau porra nenhuma. – soltou Alice.
- Gustavo, resolve a situação ai caralho, eu to afim de gozar logo. - falou Tiago

A expressão no rosto de Alice era indefinível.

- Faz o que ele está pedindo, Alice. – eu tive que tirar força do cú pra falar essa frase.
- Mas Gustavo...
- Você confia em mim?


Eu não conseguia nem olhar na cara de Alice. Como eu tinha coragem de perguntar se ela confiava em mim? Eu não tinha o direito de perguntar isso.

- Gustavo, mas por quê? O que tá acontecendo.
- Confia em mim e faz o que eu estou te pedindo se você quer o meu bem.
- Mas...
- Você é capaz de fazer esse sacrifício por mim?


Lágrimas escorriam do meu rosto, eu nunca mais teria coragem de olhar na cara de Alice depois disso.

- Eu confio em você, Gustavo. Por você eu seria capaz de ir buscar o sol.

E então ela se agachou na frente de Tiago.

Tiago empurrou a cabeça de Alice em direção ao seu pau. Alice fez cara de nojo, mas não ofereceu resistência.

Alice começou a chupar o pau de Tiago. O pau dele foi ficando duro na boda dela. Alice chorava. Tiago olhava pra mim com um sorriso babaca no rosto. Eu não sei se eu ia suportar isso. Minha vontade era de partir pra cima de Tiago e bater muito nele, bater pra valer, fazer ele apanhar como nunca tinha apanhado na vida.

- Véi... sua namorada tem jeito pro negócio. – ele dizia.

Tiago continuava gemendo de prazer. Eu não conseguia mais continuar ali assistindo a Alice chupando o pau de Tiago, eu não conseguia continuar a escutar os gemidos dele e o choro baixinho dela. Fui em direção à porta do vestiário. Ali dentro estava insuportável. Eu queria correr, correr sem destino. 

    - Onde você está indo Gustavo? – Tiago perguntou

    - Eu não vou ficar assistindo a isso.
- Ah, mas vai, sim, senhor.
– ele mandou

O meu corpo todo tremia, e não era de frio, era uma mistura de estresse, medo, raiva, um monte de coisas juntas.

Eu não sei como tive forças para continuar ali, eu sentia que a qualquer hora eu ia desmaiar ou ter um ataque no coração.

Tiago continuava metendo o pau dele na boca de Alice. Eu passava a mão no rosto, chorava. Eu não sabia o que fazer. Era um desespero que vinha de dentro do peito e não saia do meu corpo. Minha vontade era de pegar a cabeça do Tiago, jogá-la contra a parede e ficar batendo-a repetidamente. Esse ódio estava acumulando, e eu não estava fazendo nada, alguma hora isso ia explodir como um vulcão.

Tiago tirou o pau da boca de Alice e ficou segurando a cabeça dela , mirando seu pau em direção ao rosto dela. E então ele ejaculou. Um jatão de porra escorreu pelos lábios de Alice. Eu ia matar esse Tiago.

Tiago deu um último gemido de prazer e em seguida colocou seu pau pra dentro da cueca e fechou o zíper da sua calça. Minhas pernas tremiam tanto que elas não agüentaram mais meu peso e eu caí no chão. Fiquei no chão, olhando tudo de forma impotente. Tiago foi andando e antes de sair do vestiário, se aproximou de mim e cochichou no meu ouvido:

- A gente ainda tem muito para brincar, bambi. - e então ele saiu pela porta.

Eu fiquei jogado no chão, chorando. Soluçava, quase não conseguia respirar direito, o ar entrava e saia rápido dos meus pulmões.

Alice estava paralisada no mesmo lugar.

O que eu tinha feito com ela? E então eu chorava mais. A minha mão estava com vontade de arrancar os meus cabelos.

O que eu tinha feito com a Alice? Era pelo Igor! Mas será que era justo? Eu não sabia! Eu não queria saber o que era certo, eu só queria o melhor para o Igor. Só isso!

Eu queria apagar tudo, apagar a memória da Alice e, principalmente, a memória do Tiago. Ahh... quem me dera se eu tivesse esses poderes... 

    Alice se levantou, pegou um pedaço de papel higiênico e limpou a porra que escorria em seu rosto. 

    Eu queria que ela gritasse comigo, queria que ela me batesse. Mas ela não disse uma palavra, simplesmente olhou para mim e em seguida saiu do banheiro.


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