Quem é você?

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Eu estava aqui a não sei quanto tempo, sem água, sem comida e amarrado nessa cama, eu não conseguia ver nada, apenas ouvia alguns barulhos do lado de fora, Theo aparecia aqui de vez em quando para me torturar psicologicamente, eu não me lembro de mais nada depois que ele disse o seu verdadeiro nome.
O que me dá forças e não enlouquecer é que Stiles estava seguro e iria buscar ajuda assim que percebesse que eu sumi, eu sabia que Theo não faria mal a Stiles, ele pode ser doido me gosta dele, é isso me deixava um pouco mais tranquilo.
Theo entrou na sala e acendeu todas as luzes, caminhou em minha direção com um sorrisinho sinico no rosto e falou:
-Hoje vamos brincar.
Ele pegou algum aparelho e veio em minha direção, ligou o aparelho e parecia ser uma furadeira e falou:
-Sabe o quanto eu quis matar você quando me bateu naquele cassino?
-Eu imagino.-sei um sorriso fraco.
-O que será que acontece se eu furar o seu braço com isso?
Antes que eu pudesse responder ele enfiou a furadeira em meu braço e eu me contorcia de dor, podia sentir cada camada da minha pele sendo rasgada lentamente, eu gritava, mas sabia que ninguém poderia me ouvir. Ele então desliga o aparelho e puxa com força de dentro de mim, eu gosto mais uma vez e ele diz:
-Acho que já brincamos o suficiente por hoje.
O mesmo estava quase saindo quando se virou e falou:
-Logo logo você vai se juntar ao seu namoradinho debaixo da terra.
Ele só podia estar brincando, Stiles não podia estar morto, ele é forte e inteligente, vai conseguir ajuda para mim, a minha sorte com Theo é que ele era mto despreparado, porque o lugar onde ele me furou rasgou a corda que prendia meu braço esquerdo, eu esperei ele sair dali e tentei levantar meu braço, porém eu não estava aguentando de dor, mas não podia desistir, não agora, mordi o meu lábio inferior para abafar o grito e levantei o braço com força, lágrimas escorriam por meus olhos, mas eu iria sair dali.
Consegui desvencilhar a outra corda que prendia a mão direita, com isso, Consegui me sentar com as pernas ainda presas, ouvi Theo caminhando novamente para esse lugar e deitei de novo.
-Olá gatinho, pronto para brincar mais uma vez? -ironizou ele.
-Theo. -chamei.
Ele se virou e olhou para mim, nosso eu acertei um soco de direita e o mesmo saiu no chão um pouco tonto, eu consegui me livrar das outras cordas e tentei ficar de pé, com muito esforço me abaixei e peguei seu celular que estava no bolso de trás da calça, não sei onde reuni tanta força mas chutei seu rosto e ele desmaiou.
Abri o celular e digitei o número da única pessoa que podia me ajudar nesse momento, porém antes que eu pudesse dizer alguma coisa, eu desmaiei de dor.
***
Acordei com muita dor de cabeça, não sabia onde estava, mas precisava encontrar Stiles, porém meu corpo não me obedecia, senti umas mãozinhas em meu peito, abri os olhos devagar e percebi que estava no hospital.
-Se acalme Der, você está seguro agora.
-Lyds? O que houve?
-Você ligou para mim e eu fui correndo te salvar.
Ela estava com a aparência cansada, seus olhos estavam marejados, eu estava muito feliz em vê-la, ela estava mais bonita, mais madura.
-Lyds, eu preciso te contar uma coisa.
-O que foi? -perguntou ela segurando minha mão.
-Stiles... Ele...
-Está no quarto ao lado.
-Oh, graças a Deus, eu achei que... e como ele está?
Quando fiz essa pergunta, a expressão de Lydia mudou, o que me fez ficar preocupado.
-Lydia.
-Ele está bem, está acordado.
-Que ótimo, por que não chama uma enfermeira? Estou com um pouco de dor.
-Tudo bem, já volto.
Assim que ela saiu, eu me sentei na cama e coloquei uma perna de cada vez no chão, estava fraco mas ainda sim determinado.
Me apoiei no soro e fui me arrastando até o quarto ao lado, uma enfermeira disse que eu não devia ter saído da cama mais eu a ignorei.
A porta estava aberta, então eu entrei devagar, ele estava deitado na cama, seu rosto um pouco inchado mas ainda se parecia com ele, está com alguma coisa Branca que pareciam ser para queimaduras.
Sentei na cadeira de acompanhante e me inclinei para a frente, peguei sua mão e a segurei, o mesmo abriu os olhos e olhou confuso em minha direção, eu apenas sorri e falei:
-Oi, eu fiquei tão preocupado, achei que tivesse morrido...
-Quem é você? -perguntou ele me interrompendo.

Apaixonante e perigosoOnde histórias criam vida. Descubra agora