Epilogo (parte 02)

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POV Alfonso

Cheguei a sala rapidamente e vi um garoto moreno que andava de um lado para o outro. Ele parecia ser bem mais velho que Manuela. Sou capaz de mata-lo se ele tocar em minha menina.

- O que está fazendo na minha casa? – indaguei. O garoto abriu a boca para falar, mas não saiu nada. Ele parecia assustado e eu estava adorando isso – O gato comeu sua língua garoto? Posso saber quem é, o que faz aqui?

- Poncho mantenha a calma! – escutei a voz de Anahí atrás de mim. Virei-me e ela me encarou me repreendendo. Respirei fundo. Logo Manuela, Valentina e Gabriel estavam ali também. – Tina vá com Biel e o Beni pro seu quarto. Manu, seu pai e eu precisamos conversar – ela falou entregando Benicio a Valentina que assentiu. Virei-me para o garoto que estava branco feito papel. Manuela passou por mim furiosa e foi até o garoto segurando a mão dele.

- Pai eu amo o Mateus e você não vai me impedir de ficar com ele – falou decidida empinando o nariz. Idêntica a Anahí quando quer algo. Aliás Manuela é totalmente idêntica a Anahí em tudo, nada se parece comigo a não ser pelo ciúmes.

- Em primeiro lugar você nem tem idade pra isso! Segundo, você ainda é de menor e sua obrigação é obedecer os seus pais. Terceiro, eu não te quero namorando. – falei autoritário e rapidamente. Anahí pousou a mão em meu ombro e apertou. Manuela me encarou furiosa.

- Foda-se! Você não vai controlar a minha vida pai! – gritou.

- Calma os dois! Vamos conversar civilizadamente? – Anahí interviu. Eu bufei e assenti. Sentamos no sofá, Anahí ao meu lado, segurando firme em minha mão. Manuela sentou-se a minha frente, ao lado do garoto que até agora não tinha aberto a boca para nada. Ela o cutucou.

- É... eu... eu... é... – ele tentava falar algo, parecia estar nervoso.

- É, eu o que? – perguntei raivoso.

- Eu amo a sua filha e queria pedir sua permissão para namorar com ela – falou rapidamente e quando terminou soltou o ar pela boca.

- Você não tem a minha permissão. Tchau! – apontei para a porta. Fui curto e grosso. Manuela agarrou-se ao braço dele quando o garoto fez menção de levantar.

- Você está sendo infantil pai! – Manuela esbravejou. – Eu não sou mais uma criança! Quer que eu namore escondido? – questionou desafiadora.

- Não me desafie Manuela! Eu te mando para um colégio interno! – ameacei. Quem sabe assim ela desiste dessa ideia absurda de querer namorar. Ela ainda é um bebê! Minha princesinha. Nenhum homem vai ficar beijando, acariciando minha filha. Jamais! Ela vai morrer virgem!

- PAREM OS DOIS! – Anahí gritou levantando-se - Por favor, Alfonso! Controle o teu ciúmes! Manuela esta crescendo, é completamente normal ela ter um namorado! Não tem nada de anormal nisso, ou você nunca namorou?

- Isso não vem ao caso Anahí! Manuela ainda é um bebê! – levantei parando ao lado de minha mulher.

- Em que mundo você vive Alfonso Herrera? Eu não tenho mais cinco anos de idade quando eu acreditava que você plantava uma sementinha, regava e nasciam os bebês! – disparou irritada se levantando. O garoto parou ao lado dela – Sabe pai, isso é maravilhoso... Dizem que enquanto não se prova não sente falta, mas a partir do momento em que...

- MANUELA! – gritei – Você não... – respirei fundo. Apertei as mãos firme e serrei os dentes.

- Já pai, foi ma-ra-vi-lho-so! – falou com um sorriso cínico nos lábios. Eu conhecia bem aquele sorriso. Meu corpo caiu no sofá e eu a olhei boquiaberto. Levantei num impulso e quando dei por mim já estava segurando o garoto pelo colarinho da camisa.

- Eu vou te matar seu moleque!

- Não se preocupe papai, você não será avô! Mamãe me levou no ginecologista! – ela não tirava o sorriso cínico dos lábios. Virei-me para Anahí furioso.

- Você sabia disso? – perguntei tentando manter a calma. Anahí assentiu e fechou os olhos – E me escondeu? Eu não acredito nisso... – neguei com a cabeça. Minha mulher escondendo as coisas de mim? – Não tinha esse direito Anahí!


Você Para SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora