Você Para Sempre

Capítulo 10

Anahí G. P. P

- Até que enfim! – Maite falou quando chegamos. – Não vou nem perguntar porque vocês se atrasaram – eu dei língua pra ela.

Alfonso puxou a cadeira para eu me sentar e sentou-se ao meu lado.

- Poncho, troca de lugar comigo? – Maite perguntou e eu a olhei estreitando os olhos – eu preciso falar com a Any – ela sorriu pra ele.

- Eu pensei que era noite de casais e que ficaria do lado da minha mulher – ele disse se levantando e trocando de lugar com Maite.

- Exatamente! Noite de casais... Vocês dois e eu e a Any – ela falou dando de ombros.

- Sai fora, eu gosto é de... – eu arregalei os olhos mandando o calar com o olhar.

- Nós sabemos do que você gosta – ela rolou os olhos – vem Any, vamos ali no sofazinho – ela apontou pra um canto um pouco mais afastado.

- Agora sim podemos conversar em paz – ela disse rindo se jogando no sofá. – venga – ela bateu do lado dela.

- Me conta o que rolou ontem naquela sala! – ordenou.

Eu gargalhei e neguei com a cabeça mordendo os lábios. Contei tudo, nos mínimos detalhes pra Maite. Ok, não exatamente tudo, mas até o momento de ocorrer o ato.

- Pervertida! – ela olhou boquiaberta e me acertou com um travesseiro.

- Até parece que você não faz – dei de ombros.

- Não no ambiente de trabalho! – ela fez uma careta.

- Pois deveria experimentar, é incrível. – pisquei.

- Meu deus, vocês dois – ela balançou a cabeça – é fogo demais, nossa senhora – rimos.

- Bem nós... é hoje... antes de vir... – eu dei um risinho e Maite balançou a cabeça. Eu fiz o numero dois com os dedos.

- ANAHÍ! – ela gritou fazendo algumas pessoas nos olharem.

Eu fiz sinal para ela falar baixo. Levantei imediatamente quando vi duas mulheres olhando descaradamente pra mesa onde Alfonso e Wiliam estavam. Mostrei com a cabeça pra Maite que se levantou também.

- Que vagabundas! – ela falou andando comigo.

Chegamos próximo a mesa. Os dois estavam distraídos. Chegamos por trás de Alfonso, sem eles nos verem.

- Estou te falando, essa mulher vai me deixar louco ainda – Alfonso falou.

Quem vai o deixar louco? William me viu e estreitou os olhos.

- Não sabia que tinha essa disposição toda! Tão pequenininha... – me encarou e Alfonso se virou.

- Quietinho William, que em boca fechada não entra mosca – pisquei e dei um risinho pra ele. – falando de mim senhor Herrera? – puxei a gola de sua camisa e colei nossos lábios.

- Chama o bombeiro! – Maite jogou um gelo em nós quando viu que o beijo se intensificou.

Eu olhei cinicamente pra ela, peguei outro gelo e joguei nela, um, dois, três.

- Chega crianças – Alfonso me impediu de jogar o quarto. Eu fiz um biquinho e ele deu um selinho ali.

Fizemos os pedidos e jantamos numa conversa animada. Por volta da meia noite fomos embora. Manuela me esperava sentada na ponta da escada com uma carinha emburrada. Assim que me viu correu até mim e pulou em meu colo.