Capítulo 5

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POV Anahí

Ela fez com que eu voltasse a sentar e continuou me explicando sobre um projeto, ignorando os gritos de Alfonso. Não conseguia prestar atenção nela. Respirei fundo indo ate a porta. Percebi que a chave não estava lá. Maite me olhou sorrindo, balançando ela nas mãos. Lancei um olhar com cara de pidona e ela apenas negou com a cabeça.

Alfonso esmurrava a porta, dando chutes. Podia ouvir a respiração pesada dele do outro lado, e sabia que ele estava totalmente transtornado com a situação. Minha cabeça deu voltas e senti meu estomago embrulhar. Respirei fundo, estava ficando nervosa com isso. Caminhei com um pouco de dificuldade ate o sofá. Maite se assustou quando me viu pálida.

- Any, você esta bem? – disse me ajudando a sentar.

Apenas afirmei com a cabeça. Lancei um olhar, pra ela e ela entendeu. Foi até a porta e abriu. Imediatamente um Alfonso furioso entrou pela porta. Praguejou com Maite e se calou ao me ver ali respirando forte. Correu até mim com os olhos mareados.

- Pequena? – eu não respondi, apenas respirava fundo. Fechei os olhos. – EU VOU TE MATAR MAITE! – ouvi ele gritar e abri os olhos imediatamente, podendo ver o olhar gélido que ele laçou a Maite.

Ela olhava preocupada, assustada, estática. Não se movia.

- Eu estou bem – sussurrei, fazendo Alfonso voltar a olhar pra mim – foi apenas uma tontura, já passou. – sorri, tentando tranquilizar os dois.

Tanto Alfonso quanto Maite estavam preocupados. Maite correu ate mim e ai pude ver que ela também estava com os olhos mareados.

- Desculpa – ela sussurrou – eu não queria ... - sua voz era baixa e eu a interrompi.

- Não foi culpa sua Mai, acontece – falei calmamente – até parece que você nunca ficou nervosa quando estava gravida – a fitei e ela sorriu.

Veio até mim e me abraçou. Fui embora com Alfonso e ele não quis que eu voltasse a trabalhar a tarde. Insisti e ele acabou cedendo. Maite ligou umas três vezes pra mim, preocupada. E assim que cheguei na empresa ela correu e me abraçou, pedindo desculpas mais uma vez. A culpa não era dela. Ok, uma parcela de culpa ela tinha, havia ficado nervosa com a situação.

Maite adora fazer isso. Me deixar constrangida e nervosa. A tarde passou tranquila, com Alfonso trabalhando na minha sala. Maite também havia ficado lá para me auxiliar. Era engraçado ver os dois lá, perguntando de eia em meia hora se eu estava bem.

Alfonso observava tudo atento. Por mais que eu insistisse, ele não se moveu do sofá da minha sala. Sabia que ele estava preocupado. O conhecia bem demais. Mas às vezes essa proteção toda me sufoca e ele sabe disso.

POV Alfonso

A tarde resolvi mudar de sala e ficar na de Any, já que ela não quis ficar na minha. Ela protestou, reclamou, mas sabia que eu não cederia dessa vez. Estava preocupado. Ela sabia que eu estava. Tinha muito medo de que acontecesse de novo. Não me perdoaria se isso acontecesse. A amo demais. Tanto que jamais poderia descrever. Não consigo imaginar minha vida sem ela. Desde o dia que a conheci no apartamento de William, senti que ela era a mulher da minha vida.

FLASHBACK

- Poncho quero que conheça Any, minha priminha meio metro – William falou e por trás dele eu vi um anjo.

A mulher mais linda que já havia visto em toda minha vida. Fitei seus olhos, por deus que olhos eram aqueles! Nunca vi mais lindos. Ela era perfeita. Os olhos num azul incrível, o rosto perfeito, as curvas. Perfeita. Completamente perfeita. Sexy, sedutora, encantadora.

- William me disse que era linda, mas não sabia que era tanto – sorri e beijei seu rosto.

E foi ai que senti seu cheiro maravilhoso me embriagando.

- Obrigada! – ela sorriu um tanto envergonhada.

William saiu nos deixando sozinhos.

- Então Any – peguei duas taças de bebida do garçom que passou ali e entreguei uma a ela – me contaram que você é uma ótima designer de ambientes – beberiquei na bebida e fitei ela.

- Quem mentiu pra você? – ela perguntou divertida e sorriu.

O sorriso que me fez admira-la por uns segundos. Eu apontei com a mão que segurava a taça pra Maite, e ela acompanhou meu olhar. Maite nos deu um aceno de longe. Anahí balançou a cabeça

- Estou precisando de uma sócia com esses dotes na empresa que estou querendo montar – falei caminhando com ela em direção a uma mesa.

Puxei a cadeira para que ela pudesse sentar e ela sorriu em agradecimento.

- Um convite? – ela me olhou arqueando uma sobrancelha. Eu assenti – Você tem certeza? – ela estreitou os olhos e eu continuei assentindo, dei um gole na bebida – cuidado, que eu posso ser muito perigosa! – piscou.

- Eu adoro perigos – pisquei de volta.

- Não te contaram que sou explosiva, chata, arrogante, irritante, mal educada, birrenta, cabeça dura etc etc ... – ela me encarou, tomou um gole da bebida e passou a língua nos lábios, limpando o pouco de bebida que ali se encontrava.

- Eu consigo conviver com isso. - Ela gargalhou e eu a acompanhei.

E ali eu percebi que estava apaixonado. Amor a primeira vista. Estava totalmente encantado.

- Ok sócio – ela ergueu a taça e brindamos.

FIM DO FLASHBACK

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