Capítulo 42

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POV Anahí

Acordei e vi que estava deitada em um quarto do hospital. Estava tomando soro novamente. Rolei os olhos. Vi Maite sentada no sofá. Assim que ela percebeu que acordei levantou-se e caminhou até mim.

- Você me deu um susto sua vaca! – esbravejou. – quase tive um troço quando Carlos me ligou avisando que você havia desmaiado. – abaixei o olhar, fitando minhas mãos. – Quando foi a ultima vez que você comeu alguma coisa Anahí? – me repreendeu.

Eu sabia que estava errada. Desde que tudo acontecera não me alimentava direito. Comia pouco, apenas quando Nana insistia que me alimentasse. Não tinha fome e nem vontade de viver. Me levantei e sentei na cama.

- Desculpa – sussurrei.

Continuei de cabeça baixa. Sabia que a bronca seria grande.

- Pois você trata de arrumar uma desculpa boa - pausou - boa não... ótima e com muitos argumentos porque tem alguém que vai ficar extremamente irritado quando eu contar que não tem se alimentado direito. – continuei de cabeça baixa, a escutando.

Não queria encarar Maite. Sabia que ela estava magoada comigo por isso. Eu havia prometido a ela me alimentar direitinho, e não cumpri. Mexia nos cabelos.

- Sabe, tem um chato que esta aqui internado... – sentou-se ao meu lado na cama - e que está a um bom tempo perturbando médicos, enfermeiras e todos os demais que entram no quarto dele – espremi os olhos, a encarando. Continuava sem entender - porque quer te ver. - apontou pra mim.

- Me ver? – perguntei desentendida.

- É, tem um moço ai apaixonado – disse ela olhando para as unhas. – eu diria que ele é louco – ela deu uma risadinha – ah, e ele jura que é seu marido! – arregalei os olhos. Meu coração começou a bater acelerado. Meus olhos encheram-se de lágrimas. Antes de eu abrir a boca pra perguntar alguma coisa ela mesma confirmou – Poncho acordou Any! Acordou chamando por você! – disse em um tom divertido revirando os olhos e eu a abracei.

Chorei. Dessa vez de felicidade. Abracei Maite e deixei que as lágrimas caíssem. Um choro de alivio. Todo aquele medo de que Alfonso não acordasse nunca mais havia ido embora.

- Ele está bem? Não tem nada de errado né? Nenhuma sequela? Ele não perdeu a memoria? Não se esqueceu de mim? – disparei e Maite riu.

- Ele está ótimo Any! Parece um milagre... Não perdeu a memoria, lembra de você- eu sorri enxugando as lágrimas – Acha mesmo que ele esqueceria de você? – eu neguei e Maite me abraçou forte.

Agora eu precisava sair dali e ir ao encontro do meu amor, da minha vida. Maite havia dito que Alfonso estava fazendo uma série de exames e que demoraria para voltar ao quarto.


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