Epilogo (Parte 03)

689 37 1
                                    

- Eu não contei porque sabia que reagiria dessa forma. Estava tentando te preparar pra isso... – suspirei. – Alfonso não banque o infantil, mais cedo ou mais tarde sabia que ia acontecer. Manuela é linda, está crescendo. Você quer que sua filha vire uma freira? – indaguei e ele esfregou as mãos no rosto. Estava com ele de volta ao escritório. Toquei em suas costas acariciando – Bebê pare de ser tão ciumento...

- É a minha princesa, a minha menina – ele negou balançando a cabeça – ela é muito nova Any! E ainda...

- Manuela não teve relações com ele bebê, se é isso que lhe preocupa. Conversei com ela ontem a noite sobre isso e ela me garantiu que nada aconteceria por enquanto. Quando ao ginecologista, eu a levei sim. Sabe muito bem que Manuela vai comigo desde que teve a primeira menstruação – ele assentiu com um sorriso fraco – e ontem em nossa conversa avisei que a levaria no ginecologista para que ele lhe receitasse um anticoncepcional. Você precisava ver como ela ficou ruborizada com isso bebê – sorri e ele me acompanhou – afaguei seus cabelos e beijei sua bochecha demoradamente – quando acontecer ela virá nos contar, lembre-se que já passou por isso quando tinha a idade dela...

- Ok. Se esse moleque magoar minha menina eu corto o brinquedinho dele fora!

Voltamos a sala e assim que viu Manuela e Mateus se levantaram. Alfonso olhou para os dois que estavam abraçados. Se aproximou de Manuela, eu o acompanhei com receio dele fazer algo ao menino.

- Um deslize e considere-se morto. Se fizer a minha filha sofrer, você vai desejar nunca ter nascido!

- Não se preocupe senhor... Eu amo a Manu e prometo a fazer feliz – Mateus falou e beijou na bochecha de Manuela. Eu sorri satisfeita.

- Sem beijos e caricias na minha frente, ainda não estou preparado pra isso – falou quase em um sussurro. Manuela abriu um sorriso e pulou no pescoço do pai.

- Eu te amo seu velho chato e ciumento! – deu vários beijos no pai que ria.

- Vamos almoçar? – questionei quando Manuela soltou-se do pai e os três assentiram. Subi e chamei Valentina e Gabriel. Coloquei Benicio sentadinho em uma cadeira ao meu lado, Gabriel sentou-se ao lado do pai. A nossa frente sentaram Manuela, Mateus, Valentina e Gabriel. Durante o almoço Alfonso e Mateus trocavam olhares.

- Quando nós vamos jogar futebol papai? – Gabriel perguntou enquanto comia a sobremesa.

- Mais tarde filho! O que acha de uma partida de meninos contra meninas? – sugeriu.

- Nós vamos vencer! – disse erguendo os bracinhos.

- Nem em sonhos Biel! Nós vãos ganhar! – Valentina disse convencida.

- Não vão! Eu, papai e o Mateus vamos vencer vocês! – Gabriel deu língua para a irmã.

- Colocar o papai pra jogar contra a mamãe? – Manuela gargalhou – Já vencemos! – disse jogando o cabelo para trás.

- Não deixarei sua mãe ganhar dessa vez! – Alfonso falou e eu estreitei os olhos.

- E quando você me deixou ganhar? – levei as mãos a cintura o encarando.

- Não posso falar aqui na frente das crianças – falou segurando o riso e eu ri alto.

- Você não presta Alfonso! Está de castigo por isso! – pisquei pra ele.


Você Para SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora