Capítulo 49

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POV Alfonso

Fechei os olhos tentando controlar a raiva. Anahí desligou o celular na minha cara. Depois não me atendeu por três vezes e ainda o desligou. Em minha mente veio a palavra traição. Não, ela não faria isso comigo. Afasta esses pensamentos da tua cabeça Alfonso. Respirei fundo e levantei da cama com dificuldade para ir ao banheiro quando senti duas mãos pequenas me segurando. Era ela.

- O que o senhor pensa que esta fazendo? – perguntou me fazendo sentar na cama.

- Estou indo ver o que minha mulher faz de tão importante por ai que não pode atender o marido – rebati ríspido, seco e agressivo.

Eu estava com raiva. Não olhei para ela. Parou em minha frente e eu virei a cara.

- Bebê – ela segurou meu rosto com as duas mãos – era brincadeira – disse com voz de bebê me abraçando em seguida.

Fiquei parado e não retribui ao abraço. A empurrei para que se afastasse. Ela me olhou assustada. Andei em direção ao banheiro com dificuldade, ela veio ate mim e recusei a ajuda. Tranquei a porta. Me encostei na pia olhando meu reflexo no espelho. Filha da puta, cretina, miserável, linda, gostosa, sexy, bandida. Ela estava brincando, pois agora eu iria brincar com ela também. Vamos ver quem vencera.

POV Anahi

Me encostei ao lado da porta do banheiro esperando Alfonso sair. Ele estava magoado. Teria que ir com calma. A porta se abriu e ele saiu sem olhar pra mim. Ajeitou-se na cama dando gemidos de dor. Me aproximei para ajuda-lo e ele ergueu a mão sinalizando para que não o ajudasse. Suspirei. Sentei na cama ficando de frente para ele. Alfonso virou o rosto. Suspirei uma, duas, três vezes e ele continuava a não me olhar.

- Ok! – levantei da cama e peguei minha bolsa – eu vou embora. – sai sem olha-lo. Fechei a porta e me encostei nela. Suspirei novamente.

- Eu sei que esta ai na porta Anahí – ouvi a voz dele lá de dentro.

Sorri sozinha. Cretino. Fiquei em silêncio. Esperei cinco minutos e entrei no quarto sorrindo sínica.

- O enfermeiro queria meu telefone acredita? – sorri para ele e larguei minha bolsa no sofá. O olhar do Alfonso estava me dando medo, mas eu ria por dentro.

- Vá em frente e dê o numero a ele – disse entre os dentes.

Vi ele cerrar os punhos com força. Resolvi parar por aí. Sentei na cama na sua frente e vi seu rosto vermelho. Ele estava com raiva. Segurei em seus braços, alisando. Não recebi nenhuma reação. Terei que jogar sujo. Me ajoelhei na sua frente sobre a cama, aproximei mais e beijei próximo a sua boca. Percebi um sorrisinho no canto da boca dele.

Lambi seu lábio inferior, em seguida o superior e depois o meio entre os dois pedindo permissão pra adentrar sua boca. Alfonso cedeu. O beijo começou devagar pra provoca-lo, mas logo se intensificou. As mãos de Alfonso apertaram minha cintura me puxando mais para perto dele. Logo estava no colo dele, com uma perna de cada lado. Ele parou o beijo indo em direção ao meu pescoço. Eu gemi ao sentir sua ereção tocar a minha intimidade.

- Bebê, aqui não... – falei com a respiração ofegante.

Eu mordi seu lábio inferior, o puxando em seguida. Levantei e peguei o celular. Alfonso me olhou desconfiado. Desci o meu olhar e vi a sua ereção. Passei a língua nos lábios, mordendo em seguida. Mandei uma mensagem para Maite pedindo pra pegar Manuela na escola. Mostrei para Poncho e ele sorriu malicioso. Uma enfermeira entrou no quarto e eu fitei Alfonso. Ele imediatamente encolheu as pernas a fim de tentar esconder a ereção.

- Acredito que a senhora irá auxiliar o seu marido no banho – eu assenti – então não tenho nada que fazer aqui. – ela saiu e fechou a porta. Estreitei os olhos fitando Poncho. Ele riu. Como assim uma enfermeira vir pra dar banho no MEU marido? Nunca. Jamais. Esse terreno é todinho meu!

- Já pro banho mocinho! – abri a porta do banheiro. 

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