Capítulo 72

741 25 0
                                    


POV Alfonso

- Eu tenho vontade de matar esse imbecil – chutei a cadeira próximo a piscina.

- Calma meu irmão, você viu o estado que a Any ficou hoje ... Não vai fazer nada bem pra ela e muito menos pro bebê – eu assenti e respirei fundo.

- O que ele quer William? Tirá-la de mim? – perguntei com a voz embargada.

- Ninguém vai tirar ela de você, relaxa. – ele tocou meu ombro – Anahí te ama. Você sabe disso. O amor de vocês é mais forte que isso. – sentamos numas cadeiras de plástico ao lado da piscina.

- Eu estou perdendo a paciência com esse imbecil – passei as mãos nos cabelos.

- Calma, fica tranquilo.

- Calma, calma... todos pedem pra eu ficar calmo.. Mas com ele cercando minha mulher assim é impossível manter a calma – levantei da cadeira e falei de maneira ríspida e alterada.

- Poncho, por favor... pela Any... ela não tem culpa... – ele se levantou e se aproximou.

- Anahí é a minha vida William – falei segurando o choro – eu a amo demais, tanto que chega a doer – passei a mão em meu peito.

- Por isso você precisa manter a calma e não se alterar com ela. É isso que esse cara quer. Te irritar, fazer você perder a paciência e brigar com ela – ele concluiu e eu assenti.

- Bebê, podemos conversar? – ouvi sua voz inconfundível atrás de mim.

William tocou em meu ombro e disse para eu ficar calmo. Anahí se aproximou e tocou minhas costas. Eu suspirei, segurando as lágrimas.

- Desculpa te fazer passar por isso – ela respirou fundo – eu devia ter te contado logo...

Me virei e a abracei forte. E as lágrimas que eu segurava, caíram descontroladamente.

POV Maite

Passei pela sala arrumada quando vi William entrar.

- Onde vai? – parei assim que ouvi ele.

- Vou virar a cidade atrás daquele infeliz e mandar ele ficar longe... bem longe da minha irmã! – esbravejei.

- Você não vai sair a essa hora Maite!

- Eu vou e ninguém vai me impedir. Eu não quero que ele destrua a felicidade deles – falei com a voz embargada – não vou permitir isso.

- E como você vai fazer com que ele se afaste? – ele cruzou os braços me encarando.

- Vou apenas alerta-lo. Se ele sonhar em chegar perto da minha amiga, eu o denuncio. – falei.

- Eu vou contigo amor... – eu neguei com a cabeça.

- Fique com as crianças, eu não demoro. – sai batendo a porta.

Rodei pelas ruas da cidade, parando de hotel em hotel perguntando por ele. Depois de uma hora procurando o encontrei. Pedi que ligassem ao quarto dizendo que Anahí queria vê-lo. Aguardei no saguão do hotel. O vi vindo com um sorriso enorme, que se desfez assim que me viu.

- Olá Aaron! – sorri cinicamente.

- O que está fazendo aqui? – ele olhou procurando alguém.

- Vim falar contigo. E para de ficar olhando como se estivesse procurando algo. Anahí não sabe que vim aqui. – cruzei os braços – escuta bem, eu quero que você fique bem longe da minha amiga – dei de dedo na cara dele.

- E porque eu faria isso? – ele riu sarcasticamente – porque você está me pedindo?

- Exatamente! Ou você se afasta, ou eu te denuncio! – agora foi a minha vez de sorrir sarcasticamente.

- Pra me denunciar você precisa de provas minha querida! – ele me encarou com um olhar desafiador.

- Pra denuncia de assédio ou tentativa de estupro não precisa de provas queridinho! – falei cinicamente.

Ele arregalou os olhos, eu me virei e andei até a porta, me virei pra ele.

- Esta avisado, fica longe dela tarado! – gritei da porta, fazendo com que as pessoas que estavam ali olhassem pra mim.

Cheguei na casa e William estava em frente me esperando.

- Resolvido! – o abracei.

- O que você fez? – ele beijou minha testa.

- Disse que se ele chegasse perto o denunciava por tentativa de estupro – pisquei.

Os dias restantes passaram tranquilos, sem Aaron perseguir Anahí. Acho que o aviso o assustou um pouco. Voltamos para nossas casas na quarta-feira a noite.

Você Para SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora