Capítulo 44

903 28 0
                                    

POV Alfonso

A voz de meus pais e William estava me irritando cada vez mais. Estava me esforçando para não surtar ali. Já fazia mais de meia hora que Carlos havia saído dizendo que veria Anahí e ela não aparecia. A porta se abriu e eu vi Maite entrar.

Atrás dela estava Anahí. Ela me olhava imóvel. Meu olhar se encontrou com o dela. A vi entrar correndo e me abraçou. A apertei com força em meu peito e chorei junto com ela. Ficamos abraçados por alguns segundos. Ela me olhou, e eu segurei a sua cabeça com minhas mãos e a puxei beijando-a. Era um beijo um pouco desesperado, cheio de saudade. Separamo-nos quando o ar faltou. A abracei novamente. Logo ela se separou do abraço me dando vários tapas no peito e no rosto. Eu tentava me defender rindo.

- Nunca mais me da um susto desses seu idiota – continuava a me bater.

Segurei suas mãos e a beijei novamente. Ela se debateu um pouco, mas logo cedeu. Agora a beijava com desejo. Meu corpo desejava o dela. E sabia que ela sentia o mesmo. Uma das mãos dela bagunçava o meu cabelo e a outra alisava minhas costas. Eu precisava parar com o beijo ou acabaria fazendo amor com ela ali, na frente de meus pais, William e Maite. Separei-me dela com a respiração ofegante.

- Já estava achando que íamos ver um filme pornô ao vivo – Maite zombou.

Sorri colando minha testa com a de Any. Como era bom tê-la ao meu lado finalmente.

***

A noite senti Anahí se remexer e acordei. Ela estava sentada na cama. Foi ai que ouvi um telefone tocando. Any pulou da cama indo em direção a sua bolsa. Fiquei a admirando. Ela continuava linda, um pouco mais magra. Analisei cada detalhe do seu corpo, suas curvas que me enlouqueciam. Eu amava demais aquela mulher ali na minha frente que estava com uma mão nos cabelos, um pouco preocupada.

- Oi princesa – sorriu e me olhou. Manuela. Sorri balançando a cabeça. – Mamãe vai ficar aqui no hospital com o papai – ela me olhava – me perdoa meu amor – ela fechou os olhos e respirou fundo. Manuela não dormia sem ela, lembrei. Fiz sinal para que ela se aproximasse – Princesa, tem alguém querendo falar com você – ela me entregou o telefone.

- Ainda acordada mocinha – fingi estar bravo.

- PAPAI! – ela gritou do outro lado da linha. Eu sorri. Como era bom ouvir ela novamente. Coloquei no viva voz. – Sinto saudades... – ouvi imaginado ela com a carinha emburrada. Any sentou-se na cama ao meu lado.

- Olha só princesa, você empresta a mamãe por essa noite? – ouvimos um silencio.

Eu olhei pra Anahí que balançou a cabeça. Fiquei aguardando a resposta dela.

- Ok papai.- pausou - Mas só porque você esta dodói – ficou em silencio e mais uma vez imaginei aquele pedacinho de gente com as mãos na cintura. Imitei-a arrancando uma gargalhada de Any. – Mamãe? – ouvi ela chamar.

- Oi meu amor – Anahí encostou a cabeça em meu ombro.

- Pode ficar com o papai hoje e fazer ele dormir – ri acompanhado de Anahí. Ela me deu um tapinha no ombro. – mas amanhã você fica comigo. – fiz um biquinho e Anahí me imitou. Alguém do outro lado da linha com certeza estava com um também.

- Combinado princesa. Agora vai dormir. Papai te ama! – falou com um sorriso enorme no rosto.

- E a mamãe também. – ouvimos ela mandar beijinhos estalados e desligou.

Anahí me olhou e caiu na gargalhada.

- Vem cá bebezão, vou te fazer dormir essa noite. – ela bateu em suas pernas para que eu deitasse.

Neguei com a cabeça. Deitei na cama, dando espaço para ela deitar na minha frente. 

Você Para SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora