Cap. 2 | Elisa - Revisado

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Eu não estou no meu quarto! Onde será que eu estou? Essa é a primeira pergunta que surge na minha mente assim que percebo o colchão em que estou deitado, e imediatamente reconheço que este não é o colchão do meu quarto. Um leve sentimento de confusão e desorientação toma conta de mim. Me mexo um pouco na cama, devo estar na ala hospitalar. Isso! Eu desmaiei na frente daquela família, preciso saber o que está acontecendo comigo, me mexo mais um pouco na cama. Essa cama é confortável demais! Poderia dormir aqui pelo resto da minha vida.

Abro meus olhos lentamente, buscando conforto na luz que irrompe de algum ponto desconhecido. Observe o teto com um olhar perplexo, tentando decifrar onde exatamente me encontro. A primeira constatação que faço é que definitivamente não estou na ala de enfermaria. Reconheço esse fato com uma certeza inabalável, pois já estive lá antes e o teto não possui esse design peculiar.

Com uma sensação de confusão e curiosidade crescente, decidi-me sentar na cama. Olho ao meu redor, examinando minuciosamente o ambiente em busca de pistas que possam me dar alguma pista sobre minha localização. É inegável: estou em um local totalmente desconhecido.

Enquanto minha mente tenta processar essa revelação, minha atenção é atraída pelo chão. Lá, espalhadas diante de mim, estão várias malas e bolsas. Uma mala grande, outra de tamanho médio, uma bolsa transversal e, para minha surpresa, a bolsa que guarda minha câmera fotográfica. O que está acontecendo? Onde diabos estou e como vim parar aqui? Essas são as perguntas que rodopiaram em minha mente, alimentando minha crescente apreensão.

Decidida a esclarecer o mistério que me envolve, levanto-me da cama e abro a mala de tamanho médio, curiosa para ver o que ela contém. Retiro uma calça jeans azul-marinho, uma blusa preta de mangas compridas e uma sapatilha preta. Com determinação, tiro o vestido que estava vestindo, não me importando mais com sua arrumação, e visto as roupas que escolhi. Meus dedos ágeis trabalham rapidamente, soltando meu cabelo que estava emaranhado como um ninho, e o amarro de maneira prática, sem me preocupar com sua perfeição.

Pronta para explorar o ambiente desconhecido, saio do quarto com passos cuidadosos. Ao fazê-lo, me deparo com um amplo corredor, que se estende à esquerda e à direita. Observo as decorações nas paredes do corredor, tentando encontrar pistas que possam indicar onde estou. Cada detalhe parece tão estranhamente familiar, mas ao mesmo tempo distante.

Continuo a caminhar, seguindo pela esquerda, explorando o corredor enquanto minha mente trabalha para entender minha situação. A cada passo, minha curiosidade aumenta, e logo me vejo diante de uma majestosa escadaria. Começo a descer os degraus, maravilhada com a grandiosidade do local.

No entanto, minha descida é interrompida abruptamente por uma voz que ressoa no meio da escada, fazendo-me parar bruscamente e ficar tensa, alerta para qualquer novo desenvolvimento.

— Aonde você vai? — Olha para trás e vejo Henrique, o filho do casal que foi no orfanato.

— Onde eu estou? — Pergunto sem rodeios.

— Você está na sua nova casa — Ele diz como se estivesse falando a coisa mais óbvia do mundo.

— Não, eu moro no orfanato Wenning Fills — Falo e continuo a descer as escadas.

— Não — Henrique protesta, eu paro de descer as escadas e me viro para trás olhando o mesmo começar a descer as escadas — Você agora mora na residência dos Derkian — Ele diz assim que para ao meu lado.

— Mas, eu desmaiei — Digo continuando a descer as escadas e ele me acompanha.

— Sim, mas eu escolhi você do mesmo jeito — Ele fala assim que chegamos ao fim da escada. Ele me escolheu?

Adotada por VampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora