Cap. 3 | Elisa/Henrique - Revisado

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ELISA SCHNEIDER

O almoço ocorreu muito bem, foi preparado um filé malpassado, arroz marroquino, com salada e suco de morangos silvestres. Após desfrutarmos da deliciosa refeição, a gentil senhora Márcia me convidou a acompanhá-la em uma emocionante expedição em busca dos vestidos ideais para a ocasião.

— Eu posso fazer um da cor azul marinho e outro da cor verde oliva — Marinete, a habilidosa costureira, afirmou após cuidadosamente medir minha cintura com destreza e precisão.

— Eu adoraria — Respondi com gratidão, descendo do pequeno palanque improvisado que eu havia subido para facilitar o processo de tirar minhas medidas.

— Perfeito, Elisa — Márcia, minha amiga entusiástica, exclamou com entusiasmo palpável. — Marinete, nós iremos levar imediatamente aqueles três vestidos que Elisa experimentou, e mal podemos esperar pelos outros quatro que estão a caminho.

Marinete respondeu com um sorriso caloroso, demonstrando sua dedicação ao ofício que dominava com maestria.

— Tudo bem — disse ela, pegando com cuidado as três elegantes caixas que continham os vestidos cuidadosamente confeccionados.

— Obrigada, Marinete — Agradeci com um sorriso sincero, pegando as caixas delicadamente de suas mãos experientes. Era evidente que estávamos prestes a vestir peças de arte em forma de vestidos.

Eu e Márcia retornamos à nossa casa, carregando com cuidado os novos vestidos que Marinete havia confeccionado com tanto esmero. Ao adentrar meu quarto, uma surpresa me aguardava: todas as minhas roupas haviam sido organizadas meticulosamente dentro do meu guarda-roupas. Márcia revelou que havia solicitado a um dos serviçais da casa que arrumasse todo o meu guarda-roupa como um gesto gentil e inesperado.

Além disso, ela também me informou que outro serviçal fora encarregado de comprar os acessórios necessários para a minha câmera fotográfica, um gesto que demonstrava o quão atenta e cuidadosa minha amiga era com os meus interesses e necessidades.

Após os preparativos, nos reunimos com o restante do grupo para desfrutar de um delicioso jantar à base de um espaguete à bolonhesa cuidadosamente preparado. No entanto, algo parecia diferente naquela noite. Todos os presentes estavam notavelmente silenciosos durante toda a refeição, criando uma atmosfera carregada de expectativa e mistério.

Agora, todos nós nos encontramos na espaçosa sala de estar, iluminada pela luz acolhedora da lareira crepitante. Para ser mais específico, todos os olhares estavam fixos em mim, como se estivessem esperando algo acontecer.

— Pessoal — disse, batendo levemente para chamar a atenção de todos. — Essa sapatilha está realmente apertada no meu pé — declarei, tirando a sapatilha do pé direito com um alívio visível. — E eu adoraria entender por que estamos todos aqui.

Dessa vez, desfiz-me também da sapatilha do pé esquerdo, revelando um par de pés aliviados e confusos. Foi então que Felipe, com um sorriso travesso nos lábios, interveio

— Relaxe, noivinha — Felipe brincou, provocando-me com um apelido inesperado que me pegou de surpresa. "Noivinha?"

— Poderia ser mais claro, Felipe? — resmunguei, tentando esconder um sorriso diante da sua brincadeira. — "Noivinha"? Por que isso? — Felipe, agora sorrindo de forma debochada, decidiu esclarecer o misterioso apelido.

— Vou traduzir minha fala anterior para você, com todo o prazer — ele disse, pausadamente, como se estivesse revelando um segredo. — Você. Está. Noiva.

— Cala essa merda que você chama de boca, Felipe — Donald interveio, dando um tapa na cabeça de Felipe.

Os cinco membros desta intrigante família adotiva me observavam com olhares que misturavam diversão e seriedade.

Adotada por VampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora