Cap. 31 | Savannah - Revisado

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Já se passaram algumas semanas desde que chegamos a casa de campo, e a atmosfera é pesada. Felipe ainda está furioso com a mãe, a raiva dele transparecendo em cada palavra e gesto. Ele não consegue acreditar que seu pai é, na verdade, Hugo, o homem que todos temem e odeiam. Eu, honestamente, não sei como poderia aceitar isso se estivesse em seu lugar.

A casa, embora charmosa e acolhedora, não consegue esconder o clima tenso que paira no ar. As paredes de madeira parecem absorver o descontentamento que cresce a cada dia. Quando olho para Felipe, seu rosto está fechado, os olhos cheios de uma confusão que se mistura à indignação. Ele se recusa a discutir o assunto, como se qualquer menção ao pai dele pudesse desencadear uma explosão.

— Eu ainda não consigo entender — ele me diz um dia, enquanto estamos sentados na varanda, a luz da lua filtrando-se entre as árvores. — Como você pode acreditar que a minha mãe foi capaz de esconder isso de mim?

— Não é fácil para ninguém, Felipe. — Respondo, tentando escolher as palavras com cuidado. — Ela deve ter suas razões, mesmo que pareçam impensáveis.

— Razões? — ele se levanta abruptamente, a cadeira rangendo sob o impacto. — Não há razão que justifique isso! Ele não é apenas um desconhecido; ele é o meu pai, e a ideia de que ele é Hugo... isso é impensável!

Pego o rosto de Felipe com as minhas duas mãos e vejo em seus olhos o quanto ele está perdido. Deixo um beijo carinhoso em seus lábios, e ele retribui com força, segurando-me pela cintura. Em um movimento ágil, ele me pega no colo e, com sua velocidade, me leva para o quarto que estamos ocupando. Felipe me joga na cama, e seu olhar intenso faz meu corpo inteiro arrepiar.

Sinto meu coração acelerar enquanto ele se inclina sobre mim, sua respiração quente e pesada misturando-se com a expectativa no ar. Há uma mistura de vulnerabilidade e desejo em seus olhos, e isso me fascina. Eu me pergunto o que se passa em sua mente, o que o fez se sentir tão perdido, mas agora não é o momento para perguntas.

— Savannah — ele sussurra, como se meu nome fosse um segredo só nosso. A forma como ele pronuncia cada letra me faz sentir especial, como se eu fosse a única pessoa que importasse naquele instante. Eu deixo que um sorriso se espalhe pelo meu rosto, encorajando-o a continuar.

Com a coragem que ele me dá, estendo a mão e acaricio seu cabelo, o puxando para mais perto.

— Estou aqui, Felipe — digo suavemente, tentando transmitir a ele que não precisa ter medo. — Você não está sozinho.

Ele me observa com intensidade, como se estivesse absorvendo cada palavra, cada gesto. A tensão no ar se torna palpável, e o espaço entre nós parece encolher. Sinto meu corpo ansioso, em sintonia com o dele. Ele se inclina, seus lábios a poucos centímetros dos meus, e o mundo exterior desaparece. Neste momento, somos apenas nós dois, e a realidade lá fora se dissolve em um vazio sem importância.

— Posso te mostrar o quanto você é importante para mim — ele diz, sua voz rouca e cheia de emoção. Com um leve toque, ele sela aquela promessa com um beijo que me tira o fôlego

Felipe, com uma calma quase hipnotizante, começa a tirar lentamente toda a minha roupa, como se cada peça fosse um obstáculo a ser removido antes de revelarmos o que realmente importa. O toque de suas mãos na minha pele é eletrizante, e uma onda de expectativa percorre meu corpo. Ele também se despede de suas próprias roupas, e o momento se transforma em uma dança íntima entre nós.

Com cada beijo suave que ele deixa por todo o meu corpo, sinto-me completamente envolvida, como se o mundo ao nosso redor desaparecesse. Seus lábios são como penas, explorando minha pele com delicadeza, e eu me perco nessa sensação deliciosa. Quando ele chega ao meu seio, suas carícias se tornam mais intensas, e eu arquear as costas involuntariamente, buscando mais daquele prazer.

Adotada por VampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora