Cap. 39 | Elisa - Revisado

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Um ano se passou, e durante esse tempo, a tranquilidade reinou em nossas vidas. Felipe, ao que parecia, tinha encontrado uma maneira de lidar com a perda de Savannah. Ele havia se isolado emocionalmente e, embora todos esperassem que, com o tempo, ele seguisse em frente, ele nunca se envolveu com mais ninguém nesse último ano. Era como se ele ainda estivesse preso a memórias que não conseguia soltar. Apesar disso, mantinha uma aparência de serenidade, um escudo que poucos ousavam atravessar.

Clementina, por outro lado, continuava noiva de Jacob. Eles pareciam o casal perfeito à primeira vista, mas algo estava claramente fora do lugar. Eu percebia os olhares furtivos entre ela e Taylor, e como eles se esgueiravam pelos corredores, como se tentassem esconder o que já parecia evidente para quem prestasse atenção. Eu sabia que uma tempestade se formava no horizonte, e só podia imaginar o estrago quando essa verdade viesse à tona. Não queria estar presente quando essa bomba explodisse, mas sabia que seria inevitável.

Meu pai decidiu se mudar para nossa casa. Era estranho e reconfortante ao mesmo tempo tê-lo por perto. Apesar do tempo que passou distante, ele tentava recuperar o tempo perdido, e a presença dele trazia uma sensação de segurança que há muito eu não sentia. Finalmente, após tantos anos, eu podia dizer que tinha um pai presente.

Quanto a mim e Henrique, o grande dia finalmente havia chegado. Hoje, nós nos casaríamos. Nossa felicidade era palpável, superando qualquer outra emoção ao nosso redor. Nós passamos por tantas provações, tantos momentos de incerteza, mas finalmente estávamos aqui, prontos para começar uma nova vida juntos.

(...)

O sol brilhava intensamente naquele fim de tarde, tingindo o céu com tons de rosa e laranja, enquanto uma leve brisa acariciava as flores que decoravam o jardim. O cenário parecia saído de um sonho, com arcos de flores brancas e folhagens delicadas formando uma passarela até o altar, que estava montado em meio a uma clareira verdejante. As cadeiras enfeitadas com fitas de cetim brilhavam sob a luz suave, e o murmúrio dos convidados criava uma música de fundo suave e encantadora.

Eu estava no quarto, olhando pela janela, e via tudo preparado lá embaixo. O coração batia descompassado, cheio de emoção e uma pontada de nervosismo.

— Está pronta? — perguntou Tina, sorrindo enquanto ajeitava meu véu. Eu assenti, tentando conter as lágrimas que ameaçavam cair.

O som suave de violinos começou a tocar lá fora, e sabia que esse era o sinal. Meu pai apareceu na porta, elegantemente vestido, com um sorriso emocionado. Depois de tantos anos afastado, era quase surreal que ele estivesse ali, prestes a me conduzir até o altar. Ele estendeu o braço e, sem dizer nada, me conduziu lentamente para fora do quarto.

Quando chegamos ao topo da escada, os convidados se levantaram, virando-se em nossa direção. Lá estava ele. Henrique, parado no altar, me observando com um sorriso tão puro que fazia meu coração acelerar ainda mais. Ele estava impecável em seu terno cinza claro, mas o que mais se destacava era o brilho em seus olhos. Era como se naquele momento nada mais no mundo existisse, apenas nós dois.

Passo a passo, eu caminhava em sua direção, com meu pai ao meu lado. O corredor parecia mais longo do que eu imaginava, mas cada passo trazia uma onda de emoções: alegria, gratidão, amor. O vento acariciava meu rosto e o murmúrio dos convidados desapareceu em minha mente; tudo o que importava era o olhar de Henrique, fixo em mim, me esperando com toda a calma e certeza de que estávamos onde deveríamos estar.

Finalmente, quando chegamos ao altar, meu pai beijou minha testa e entregou minha mão a Henrique. Ao tocar sua mão, senti o conforto e a segurança de sempre. Estávamos juntos, e nada poderia ser mais certo do que aquele momento. O celebrante começou a falar, mas tudo parecia um sussurro distante. Nossos olhos não se desgrudavam, e a sensação de que o mundo inteiro parou nos envolvia.

— Eu te amo — sussurrei, sem conseguir segurar as palavras, e Henrique sorriu, apertando minha mão levemente.

— Eu também te amo, mais do que qualquer coisa — ele respondeu baixinho, com a voz embargada de emoção.

As palavras dos votos vieram logo depois, e cada uma delas saiu do fundo dos nossos corações. Promessas de amor eterno, de apoio, de enfrentar juntos todas as adversidades. Cada frase era acompanhada por um olhar, um sorriso, e eu sabia que ele falava a verdade, assim como eu. Ali, diante de todos, prometemos ser um do outro para sempre.

Quando o celebrante anunciou que estávamos oficialmente casados, as palmas explodiram em volta de nós, mas o mundo ainda parecia ser só nosso. Henrique me puxou para um beijo suave, mas cheio de significado. O toque dos seus lábios nos meus era a certeza de que, a partir daquele momento, éramos uma só história, um só caminho.

O céu ao nosso redor parecia abençoar a união, enquanto pétalas de flores eram jogadas pelos convidados. O vento as carregava, espalhando-as pelo ar como pequenas bênçãos flutuantes. E ali, de mãos dadas, saímos pelo corredor, prontos para iniciar a nossa vida juntos, com o coração cheio de amor e o futuro brilhando diante de nós.

Finalmente, quando chegamos ao altar, meu pai beijou minha testa e entregou minha mão a Henrique. Ao tocar sua mão, senti o conforto e a segurança de sempre. Estávamos juntos, e nada poderia ser mais certo do que aquele momento. O celebrante começou a falar, mas tudo parecia um sussurro distante. Nossos olhos não se desgrudavam, e a sensação de que o mundo inteiro parou nos envolvia.

(...)

O FIM

Adotada por VampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora