Cap. 7 | Elisa - Revisado

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Abro os olhos com uma pontada de dor latejando em minha cabeça. Meu olhar vagueia pelo ambiente e encontro uma mulher loira me observando com os olhos marejados de preocupação.

— Por que você está chorando? — Pergunto a ela, e seus olhos se enchem de lágrimas, embora um sorriso triste se forme em seus lábios.

— Quem eu sou? — Ela me pergunta, visivelmente preocupada. Seu rosto me é familiar, e eu lutando para recordar o nome

Valentina? Não, algo parecido, Tina. Christina? Não, também não. Clementina, sim, é isso!

— Clementina — sussurro, enquanto minha mente começa a se aclarar, e eu me sento na cama.

— Funcionou — ela diz, me abraçando com força.

— O que funcionou? — Pergunto, erguendo a sobrancelha direita, enquanto um homem moreno entra pela porta, criando ainda mais mistério ao meu redor.

— Se lembra? — A voz parecia familiar, e eu a reconheci.

"Noivo. Henrique, isso!"

— Henrique — disse em voz alta, e Tina afastou-se de mim com um sorriso radiante.

— Ela se lembra — exclamou a loira, Clementina.

— Que bom — Henrique disse, aproximando-se de mim e me abraçando calorosamente.

— Um de vocês pode me explicar o que está acontecendo? — perguntei assim que Henrique se afastou.

— Você ficou com amnésia — respondeu Clementina com uma expressão triste.

— Mas o que aconteceu ontem? — indaguei, tentando recordar os eventos confusos que me vinham à mente, como gritos e barulhos.

— Você estava desacordada ontem — explicou Henrique, com um olhar curioso.

— Mas e a reunião em família que você mencionou? — questionei, lembrando-me de um evento importante que deveria ocorrer em breve. — Já se passaram alguns dias.

— Foi adiada para a próxima semana, porque você ficou desacordada por três longos dias — respondeu Tina, esbanjando alegria.

— Mas onde estamos? — perguntei, notando que o quarto tinha uma configuração diferente da casa dos Derkian.

— Estamos na casa de uma amiga, Lucy Siegfried — informou Henrique. — Nossa casa foi danificada e está em reparo.

— Isso tem a ver com os gritos e barulhos de coisas quebrando? — continuei minha busca por respostas, observando a confirmação no olhar de Tina.

— Vou avisar o restante da nossa família que você acordou e está bem — disse Tina animadamente, antes de sair do quarto.

— Você me preocupou tanto — Henrique sussurrou, acariciando minha bochecha direita.

— Mas por que a casa foi destruída? — perguntei, colocando minha mão sobre a dele, ansiosa por esclarecimentos.

— Elisa, existem coisas que você nem sequer imaginaria serem reais, coisas que podem ser extraordinárias e assustadoras — Henrique respondeu, retirando a mão de meu rosto. — Todos nesta casa são extraordinários, até você, Elisa.

— O que eu sou? — indaguei, fixando meus olhos nos dele.

— Elisa, sabe aquelas histórias infantis sobre fadas, duendes, vampiros, bruxas, lobisomens e outras criaturas? — Henrique perguntou, com um tom sério. Assenti com a cabeça. — Todas essas histórias são reais — afirmou com convicção.

— Reais? — perguntei quase em um sussurro.

— Sim — respondeu, acariciando meus cabelos.

— E o que eu sou? — perguntei, abaixando o olhar e, em seguida, voltando a encará-lo.

Adotada por VampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora