Abro os olhos com uma pontada de dor latejando em minha cabeça. Meu olhar vagueia pelo ambiente e encontro uma mulher loira me observando com os olhos marejados de preocupação.
— Por que você está chorando? — Pergunto a ela, e seus olhos se enchem de lágrimas, embora um sorriso triste se forme em seus lábios.
— Quem eu sou? — Ela me pergunta, visivelmente preocupada. Seu rosto me é familiar, e eu lutando para recordar o nome
Valentina? Não, algo parecido, Tina. Christina? Não, também não. Clementina, sim, é isso!
— Clementina — sussurro, enquanto minha mente começa a se aclarar, e eu me sento na cama.
— Funcionou — ela diz, me abraçando com força.
— O que funcionou? — Pergunto, erguendo a sobrancelha direita, enquanto um homem moreno entra pela porta, criando ainda mais mistério ao meu redor.
— Se lembra? — A voz parecia familiar, e eu a reconheci.
"Noivo. Henrique, isso!"
— Henrique — disse em voz alta, e Tina afastou-se de mim com um sorriso radiante.
— Ela se lembra — exclamou a loira, Clementina.
— Que bom — Henrique disse, aproximando-se de mim e me abraçando calorosamente.
— Um de vocês pode me explicar o que está acontecendo? — perguntei assim que Henrique se afastou.
— Você ficou com amnésia — respondeu Clementina com uma expressão triste.
— Mas o que aconteceu ontem? — indaguei, tentando recordar os eventos confusos que me vinham à mente, como gritos e barulhos.
— Você estava desacordada ontem — explicou Henrique, com um olhar curioso.
— Mas e a reunião em família que você mencionou? — questionei, lembrando-me de um evento importante que deveria ocorrer em breve. — Já se passaram alguns dias.
— Foi adiada para a próxima semana, porque você ficou desacordada por três longos dias — respondeu Tina, esbanjando alegria.
— Mas onde estamos? — perguntei, notando que o quarto tinha uma configuração diferente da casa dos Derkian.
— Estamos na casa de uma amiga, Lucy Siegfried — informou Henrique. — Nossa casa foi danificada e está em reparo.
— Isso tem a ver com os gritos e barulhos de coisas quebrando? — continuei minha busca por respostas, observando a confirmação no olhar de Tina.
— Vou avisar o restante da nossa família que você acordou e está bem — disse Tina animadamente, antes de sair do quarto.
— Você me preocupou tanto — Henrique sussurrou, acariciando minha bochecha direita.
— Mas por que a casa foi destruída? — perguntei, colocando minha mão sobre a dele, ansiosa por esclarecimentos.
— Elisa, existem coisas que você nem sequer imaginaria serem reais, coisas que podem ser extraordinárias e assustadoras — Henrique respondeu, retirando a mão de meu rosto. — Todos nesta casa são extraordinários, até você, Elisa.
— O que eu sou? — indaguei, fixando meus olhos nos dele.
— Elisa, sabe aquelas histórias infantis sobre fadas, duendes, vampiros, bruxas, lobisomens e outras criaturas? — Henrique perguntou, com um tom sério. Assenti com a cabeça. — Todas essas histórias são reais — afirmou com convicção.
— Reais? — perguntei quase em um sussurro.
— Sim — respondeu, acariciando meus cabelos.
— E o que eu sou? — perguntei, abaixando o olhar e, em seguida, voltando a encará-lo.
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Adotada por Vampiros
VampiroElisa passou a vida inteira esperando por uma família, mas agora que a oportunidade chegou, ela se pergunta: e se eu não for quem eles esperam? E se eles não forem quem eu imagino? Plágio é crime História iniciada em: 11/06/2016 História finalizada...