Absolutamente Entregue a Você

De volta ao Amor.

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***************************************************************************************Descupem a demora e os errinhos.

E vamos que vamos!

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Por Benjamin

Ter tudo esclarecido foi um baque forte para mim. Passei quase dois anos achando que a Clara havia me traído.

Que o filho que ela carregava não era meu. Que ela não me amou como eu havia amado- a.

Porém tudo não passou de um engano. De uma mentira infame, que destruiu nossos sonhos, nosso futuro. Tudo o que tinhamos.

Eu achei que nunca mais fosse ser feliz. Eu vivi em um inferno interno por achar que a Clara não me amava.

E agora descubro que tudo não passou de uma armação da Cora e daquele filho da puta do Kurt.

Como eu pude ser tão burro? Tão cego? Todos me disseram. Me alertaram que a Clara era inocente. E o que eu fiz? Dei as costas para ela e a nossa filha.

Se arrependimento matasse, eu com certeza estaria morto agora.

Estou agora na sala brincando com a minha filha e minha família. A verdade é que meus pensamentos estão longe.

Estão nela!

Queria apagar toda a dor que ela está sentindo agora. Apesar de tudo eu pude ver que ela gostava daquele maldito.

O que me dá raiva, não nego! Mas que direito eu tenho de exigir algo? Se apesar do que ele fez, ele sempre esteve ao lado dela quando ela mais precisou.

Me dá raiva admitir isso mas é verdade. Não só o fato de ela ser apegada a ele. Mas o fato de ele ama-la.

Eu pude ver nos olhos dele. Conheci o Kurt em uma época que ele não passava de um playBoy mimado que apenas a desejava.

Mas hoje...Hoje ele é um homem apaixonado. Devotado a Clara e a minha filha. E isso me assusta. Por que por mais que eu queira negar sei que a Clara o ama.

Não como homem. Graças a Deus. Mas ela o ama. E tudo isso pela devoção que ele dedicou a ela e a nossa filha todo esse tempo.

Talvez você esteja se perguntando, por que não estou agora com a Clara?

Primeiro porque ainda não tenho coragem de encara-la. Apesar de ter pedido perdão várias vezes. A dúvida da traição ainda estava lá, bem no fundo do meu coração.

Como uma praga que deixou a lavoura superficialmente, mas suas larvas venenosas ainda habita no interior da plantação.

Assim estava a sombra da desconfiança em meu coração. Mas hoje ao descobrir a verdade me dei conta da dimensão do meu erro.

Não o de ter abandonado a Clara. Porque disso eu já havia me dado conta.

Mas do fato de tê- la acusado, sem permitir que ela se defendesse. De tê- la humilhado como se ela fosse um verme. De tê- la maltratado, quando tudo que ela deveria receber era o meu amor.

Agora não adianta chorar pelo leite derramado. Eu passei o dia na biblioteca imerso em pensamentos e sentimentos.

Precisava de um tempo, precisava pensar. E sei que a Clara também. Ninguém nessa história sofreu mais do que ela e minha filha.