Marcados pela dor

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Por Benjamin.

Estou na sacada do meu quarto no hotel, minha cabeça está a mil, tantas coisas passam por ela.

Antes de sair do shopping eu passei no setor de segurança e exigi que me mostrassem as imagens das câmeras de segurança, para constatar o que havia acontecido de verdade.

E qual não foi a minha surpresa ao constatar o que havia ocorrido.

Eu comecei a assisti a partir do momento em que a Clara deixou minha filha –sim estou começando a me acostumar com esse termo.- no espaço infantil. Vejo que ela conversa com algumas recreadoras e algum tempo depois, parecendo relutante ela sai e deixa minha princesa lá.

Após alguns minutos de brincadeiras vejo minha menina engatinhar pelo espaço entre as animadoras do lugar, até que ela senta e parece observar um lugar atrás do que parece ser pufes para as crinças sentarem.

Ela observa as pessoas distraídas, então sorri e vai engatinhando em direção a um espaço aberto que há ali, saindo em seguida para o meio do shopping.

Quando para de engatinhar e senta no chão, observa os movimentos das pessoas ao seu redor, caminhando a leias a sua presença.

Ela olha para os lados e inclina a cabecinha quando percebe a loja de brinquedos, então seu sorrido lindo se alarga e ela volta a engatinhar, indo para dentro da loja, passando por todos sem ser percebida.

E o resto eu sei o que houve.

Eu fico encantado com a inteligência da minha filha. Ela é tão pequena. Ainda não tem nem um ano, mas é extremamente esperta e astuta.

Descobrir um espaço aberto que dava acesso a parte de fora de onde ela se encontrava, enquanto todas as crianças estavam distraídas com jogos e recreadores, e engatinhar até a loja de brinquedos sem que ninguém a percebece, sendo ela um bebê tão lindo. É coisa de cinema, isso parece coisa de criança mais velha, não de um bebê de quase um ano.

É realmente minha filha é um bebê e tanto!

Eu rio feito um idiota vendo as imagens das câmeras que agora estão no meu cecular.

Paguei um pequeno suborno ao segurança para que ele me passasse essas imagens, na verdade, o que eu queria mesmo, era observar com mais calma minha filha e a mãe dela.

Ver como a Clara ficou desesperada ao ser informada do sumiço da filha fez meu coração se apertar, não resta dúvidas que ela é uma mãe superprotetora, e carinhosa.

Clara...

Solto um suspiro cansado, e pauso em sua imagem, agachada falando com minha filha, assim que chegaram ao shopping.

Ela está tão linda, seus olhos brilham ao falar com a filha.

Seus cabelos, seus olhos, sua boca, seu sorriso...

Meu Deus, o sorriso! Isso minha filha puxou a ela, o mesmo sorriso com covinhas encatadoras, o mesmo sorriso que derrete qualquer coração de pedra.

Eu achei que estaria imune a ele, até ver essa imagem, e perceber que daria qualquer coisa para ter esse sorriso direcionado a mim novamente. Esse sorriso que iluminou meus dias, que fez minha vida ter sentido, que aqueceu meu coração que por tanto tempo permaneceu frio.

Absolutamente Entregue a Você Onde histórias criam vida. Descubra agora