Absolutamente Entregue a Você

Ela na minha vida

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Por Benjamin Bennallie.

Hoje é um dia daqueles, parece que o céu vai desabar em Vancouver, o transito está um inferno, e para piorar eu estou morto de cansaço, o domingo eu passei saindo de uma cirurgia e entrando em outra. Precisava de algo que distraísse meus pensamentos. Algo que me fizesse parar de pensar nela.

Inferno! Essa mulher vai ser a minha morte! Eu não paro de pensar no beijo dela, naquela boca doce e macia como o pecado, que me convidava a ter mais e mais dela. A pele suave como a seda, arrepiou-se quando eu a toquei. Posso sentir suas mãos pequenas e delicadas na minha pele. Sinto um formigamento onde ela me tocou.

- Benjamin cara, você tá maluco! Esquece essa garota ou você vai pirar.

Eu não sei explicar, por mais que eu queira ficar a quilômetros de distância dela, eu não posso. A vontade de estar perto parece mais forte do que a de estar longe.

O seu jeito doce, seu olhar inocente e meigo, me inquieta, eu sinto como se ela fosse de cristal e a qualquer momento fosse quebrar. Não entendo esse instinto de proteção que toma posse de mim em relação a ela.

Quando lembro dos gritos de agonia dela, por trás de toda aquele barulho da festa meu coração se aperta.

Ela tinha dançado tão lindamente, parecia uma deusa, com toda a sua pureza e sensualidade em evidência, me convidado a possui-la ali mesmo.

Precisei de muita força de vontade para reprimir meus instintos mais primitivos de arrasta-la dali e fazer amor com ela até não ter mais forças. SIM! Eu à Desejo! Droga!

Enquanto ela dançava, eu estava hipnotizado, o seu balanço, o seus cabelos voando, suas expressões sensuais, eu estava duro de tanto tesão.

Ao terminar a dança me dei conta de que eu não era o único ali que a desejava, e isso fez meu sangue ferver nas veias.

Estava vendo tudo em vermelho, quando sinto meu rosto sendo puxado e uma boca esfomeada se apossar da minha, eu fiquei sem reação. Foi tudo muito rápido.

A visão da Clara dançando, os outros aplaudindo e gritando coisas inapropriadas, e para completar sou atacado por aquela garota Janine alguma-coisa, que garota mais safada!

Achei que ela fosse sugar minha alma com aquele beijo. Eu a afastei o mais rápido que pude de mim droga!

Olhei para onde a Clara estava, e para a minha decepção ela não estava mais lá. Merda! Será que ela viu essa sugadora de almas me beijando?

- Que foi gatinho? - ainda lembro daquela voz enjoada perguntando com um cara de falsa inocência, como se nada demais tivesse acontecido.

Eu a agarrei pelos braços e falei olhando nos seus olhos, para deixar bem claro que aquilo nunca mais se repetiria.

- Nunca mais faça isso EU SOU SEU PROFESSOR, não um de seus coleguinhas. Então procure beijar alguém da sua idade! - dei bastante ênfase em "seu professor" para ela não ter dúvida de que ela para mim não era nada mais que um aluna. Seus olhos foram de assustados para uma expressão de puro ódio, foda-se!