Carona Parte II

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Gente desculpem a demora das pastagens. Eu estava em época de provas na faculdade, por isso não consigui postar antes. Mas agora vai mais um capítulo para vocês se deliciarem.

Prometo postar pelo menos mais dois nesse feriado.

Bjus meus amores!

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Ele tirou o carro do estacionamento e seguimos rumo a direção que eu havia informado. O Cearázinho tratou logo de se acomadar no meu colo. O senhor todo poderoso  ligou o som do carro e para a minha surpresa estava tocando a música de Zé Ramalho, garoto de aluguel. Eu comecei a cantorola e ele começou a dividir a sua atenção entre mim e a estrada o que me deixou vermelha de vergonha.

-Você fala português? - ele fala em um português meio italianizado. Eu rio do seu sotaque.

-Sim. A propósito eu sou brasileira! - eu falo.

-Agora está explicado!- ele fala e eu não entendo.

-Explicado? O que?

-A sua beleza! As mulheres brasileiras tem uma beleza ímpar, assim como a sua. - se eu não estivesse sentada eu teria caido agora! Peraí ele disse o que eu acho que ele disse? Que eu sou bonita? Pronto! agora ele deu um laço no nó que já estava na minha cabeça!

-Eh... no Brasil as mulheres são muito bonitas realmente. -eu falo me sentindo nervosa. Ele  para o carro no sinal, e vira olhando diretamente para mim.

-Nenhuma é tão bonita quanto você!- ele fala me olhando nos olhos. Eu não consigo respirar é como se tudo ao meu redor estivesse sumido e só restado eu e ele.

Somos tirados no nosso transe pela buzina do carro que estava atrás de nós. Ele simplesmente da partida no carro, e o silêncio se estala pesado no meio de nós. Meu Deus o que acabou de acontecer aqui? Ele realmente estava dando em cima de mim? Não, não, não, isso é coisa da minha cabeça! Ele só fez um eleogio e mais nada! Nunca que alguém como ele olharia para alguém como eu!

-Pronto está entregue!- ele fala me tirando dos meus pensamentos.

-Ahã... Obrigado, pela carona. - um silêncio se instala novamente, então como para ser notado o Cearázinho despertou e tratou de pular no colo do Benjamin.

-Eiii garotão...- ele começou a acariciar o cãozinho,  mas seus olhos não saiam de mim, o que estava me deixando nervosa.

-Ehhh... Acho melhor irmos andando... Vem cá Cearázinho! - eu peguei o cãozinho do colo do Benjamin,  e nossas mão acabaram se tocando, o que fez eu sentir aquele arrepio chato! Como se tivesse levado um choque eu abro a porta do carro para sair.

-Obrigada novamente professor- tento recuperar minha postura, não quero sentir essas coisas por ele. Não posso, ele é apenas meu professor e eu sua aluna. Alguém como ele deve ter milhões de mulheres ao pés dele, dispostas a fazerem qualquer coisa para ter um mísero olhar de atenção. Mas eu não quero ser uma delas!  Quando me preparo para saltar do carro ele segura meu braço.

-Espera Clara! - Droga! ele falando meu nome desse jeito faz eu sentir borboletas no estômago. Eu tenho que ser forte!

- Pois não senhor. - foi como se eu houvesse dado um tapa na cara dele, pois ele me soltou e sua postura ficou ereta, seus olhos não estavam mais em mim, agora ele olhava para algum ponto à frente.

-Não é nada! Apenas gostaria de saber se você irá a festa do Rogers no sábado. - ele volta a postura séria de antes.

-Provavelmente não,  por que? - eu fico surpresa com a pergunta dele.

-Apenas curiosidade senhorita Montenegro! - Pronto está de volta o módulo Ogro!

-Boa Noite então! -Ele fala me dispensando! Idiota!

-Boa noite! - respondo igualmente fria.  Saio do carro com meu amado cãozinho latindo para aquele imbecil.

Agora é certo! Eu tenho que tirar esse homem da minha cabeça. Não sei o que me deu para achar que aquele troglodita, podesse estar me elogiando. Se é que ele é capaz de fazer isso com alguém.

Entro no meu apartamento, coloco o Cearázinho no chão, que por sinal já vai avaliando o território, os meus livros vão para a mesa, vou direto para a cozinha, minha cabeça está fervendo com os acontecimentos dessa tarde. Tento espantar esses pensamentos,  preciso focar nos meus estudos, e agora na bolinha de pêlo que está nos meus pés latindo e abanando o rabinho.

-Oh minha bolinha de pêlo. Hoje você vai tomar o seu leitinho e amanhã eu saio para comprar sua ração. - eu coloco o leite em uma tigela e deixo ele se fartar.

Vou para o banheiro tomar um banho, é disso que eu preciso depois desse dia tão louco.

Estudei até tarde, por volta de 01:00 da manhã vou para a cama, e tento deixar o sono me levar, quando o bendito chega,  vem povoado de sonhos com aqueles olhos azuis e com o dono deles.

Até quando esses sonhos vão me perseguir? Ou será que sonhos podem se tornar realidade?


Absolutamente Entregue a Você Onde histórias criam vida. Descubra agora