Capítulo 9

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I can't talk right now,

I'm looking and I like what I'm seeing

Got me feeling kinda shocked right now

Ain't my fault - Zara Larsson.

Lucker Phoukon!

A imagem dela apenas de toalha circulava minha mente, era como uma assombração. A cada três pensamentos que devaneio, ao menos um trás novamente a ansiedade de ver aquele corpo sem empecilho algum. E não ajuda o que eu vejo a seguir, como se ela ouvisse tudo oque se passa em minha cabeça, ela emerge como um sorriso lindo no rosto,  trajada com uma roupa que deixava aparecer suas curvas desenhadas, seus seios lindos, sua cintura fina e logo mais abaixo seu quadril mediano e sua bumbum empinado. Impossível não correr o olho com luxúria naquele modelo alinhado de contornos. 

Após meu interesse ter sido descoberto, me recomponho com um olhar frio e indiferente a sua presença ali. Bruscamente me levanto e avanço em sua direção, tomo as malas de suas mãos e sigo para a porta, seguro a mesma aberta como sinal de educação, para deixar ela passar.

_ Vamos logo. Não quero me atrasar. - digo firme e frio.

Ela passa por mim e posso sentir seu perfume doce misturado com seu shampoo com cheiro de rosas. Luto contra a vontade de agarra-la e voltar para dentro daquele apartamento, para saciar toda a minha agonia. Não tem palavras para explicar, nesse pouco tempo, todas as reações que ela causa no meu corpo é como ir jogando pequenas gotículas de gasolinas em uma fogueira recém acessa. Ela me intriga e me descontrola como nenhuma mulher. Como um magnetismo doentio e sem esclarecimento.

{...}

Já havia passado metade do caminho para o Canadá, durante o trajeto ela permaneceu em total silêncio, focada em um livro que parecia de romance. Num instante, o piloto anunciou que teríamos que parar em Iowa para abastecer e logo voltaria a voar. Assim foi feito. Pousamos e Mayu foi a primeira a sair, deixando a impressão de que ela estava odiando ficar no mesmo ambiente que eu. Não que eu me importe com isso. Só acho deselegante e descuidado deixar isso tão claro.

{..}

Para gastar o tempo que ainda sobrava, entrei em uma das lojas conveniência do aeroporto e comprei diversas coisas para comer, a atendente que me recepcionou faltou me comer vivo e por alguns segundos isso me fez ficar desconfortável. Mas passou quando retornamos para o avião e o mesmo decolou novamente. O silêncio pairou no ar. De novo.

Ao dar 2hrs27min, o avião pousou em Ottawa, capital do Canadá. Como havia sido tudo organizado por minha secretária, um carro com motorista já nos aguardava e nos transportou para o hotel onde íamos ficar. Por infelicidade do destino ou coincidência, o quarto anteriormente reservado tinha sido ocupado por irresponsabilidade do hotel, neste bendito dia: havia 1 quarto vago somente. 

_ Isso é alguma brincadeira? Havia uma reserva, não podem desconsiderar esse fato. É uma irresponsabilidade sem tamanho. - disse Mayu indignada, ela passava as mãos em seu cabelo de nervoso e eu estava tendo quase certeza de que grudaria no pescoço da recepcionista.

_ Senhorita, eu sinto muito. O segundo quarto reservado foi ocupado às pressas, deixamos esse quarto vago com uma mínima esperança da sua chegada, já que o senhor Phoukon não costuma demorar. - dispara a falar.

_ Tudo bem. Vamos ficar neste quarto. Precisamos descansar de qualquer modo, amanhã será um o longo e agitado dia. - digo calmo. - O voo foi cansativo, já está tarde para ficar rodando a cidade atrás de quartos, pela manhã, peço para secretária providenciar novos lugares.

Mayu me analisou com uma dúvida em seu olhar, como se não acreditasse nas intenções de minhas palavras. Porém, com um suspiro, sua feição cansada surgiu e mesmo desgostosa com a ideia, não lutou mais. Nos organizamos e fomos ao nosso destino. Entretanto, ao entrarmos no quarto sua expressão de cansada mudou para um carranca de furiosa, sua indignação queimou em minha pele. 

_ Parabéns! Depois desse voo exaustivo, quase 4hrs da manhã, em um quarto que só tem uma fodida cama de casal. - exclamou quase gritando, bateu a porta com força e jogou sua bolsa em direção ao estofado.

_ É um problema para você? - perguntei cinicamente com calma, vendo-a ficar ainda mais irritada. Não posso evitar um breve sorriso curvar o canto de minha boca. E fica ainda mais linda quando brava: suas bochechas ganham um toque avermelhado e seus olhos diminuem, deixando ela com um biquinho lindo.

_ LÓGICO! EU POR ACASO ESTOU PARECENDO QUERER DORMIR DE CONCHINHA COM VOCÊ? - ela esbraveja, logo suspirando fundo para se recompor, prende seus cabelos em um coque frouxo - Você dorme no chão!

Não tive tempo de argumentar sua decisão, como um furacão cheio de ódio, a mulher de língua afiada entra no banheiro batendo a porta e me deixa com uma cara de paisagem, olhando para o quarto. Não entendo porque tanto rancor, era um lugar espaçoso e tinha uma vista linda da sacada para as luzes da cidade, onde o céu era cinza. Esse aconchego me faz agradecer mentalmente, pois eu vou precisar muito algo confortável.

Prevejo uma longa noite pela frente!

Não posso falar agora, estou observando

E gosto do que vejo

Você me deixou um pouco chocada, agora.

Ain't my fault - Zara Larsson.

𝙹𝚘𝚐𝚘 𝚍𝚘 𝙿𝚎𝚌𝚊𝚍𝚘Onde histórias criam vida. Descubra agora