Capítulo 12

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Just

Give me a reason to be a woman

I just want to be a woman

Glory Box - Portishea

Meu carne estremeceu perante a imagem deste homem estonteante, agasalhado somente toalha amarrada em sua cintura, seus cabelos molhados derramam água em seu abdômen e as pequenas gotículas escorridas se perdem na dimensão de sua virilha. É um cena fatal, é imprescindível evitar molhar meus lábios com o desejo de passar a boca por cada centímetro daquele corpo imensamente lindo. Mesmo sabendo o quão proibido e errado é cobiçar algo que não é seu. Possivelmente estou me sentindo suja, impura com meus ocultos pensamentos perversos. Mas eu ligo? Claro que não.

Deixo o celular de lado e levanto da cama. O vontade gritava dentro de mim e estou lutando bravamente para não transparecendo em meu corpo, meus olhos, em meu jeito. Embora eu tenha certeza de que está mais do que visível. Eventualmente, faço mensão de ir em sua direção de forma decidida. Querendo pegar aquele corpo de um jeito egoísta: só pra mim. E essa atitute não passa despercebida por seus olhos fixos e atentos.


_ Problemas, senhorita Zadath? - põe sorriso arrogante em seus lábios. Ele sabe o que se passe aqui, com esse clima de tensão, cheirando a tesão acumulado.

_ Nenhum! - rebato.

Ele dá de ombros, dando insignificância. Se aproxima de sua mala, alcança algo e novamente adentra o banheiro. Nesse meio instante, sinto como se meu corpo pegasse fogo, naquele acúmulo de libidos não gastos, na ansiedade que grita com ódio, como se meu sistema nervoso estivesse entrando em colapso. Estourou o pavíl da minha psique. Caminho feito louca de um lado para o outro no quarto, agonizando com a ideia de que irei dormir na mesma cama que ele.

Para me salvar, meu celular toca.

Amor. Ainda bem. Preciso muito de uma ajuda sua e nem tente me negar. - suplico - Oque a gente faz para um homem cometer o erro de agarrar a gente? Se bem que não é bem um erro, já que estou querendo muito.

_  Um conselho? - ouço sua risada. - Tudo bem. Provoque ele até tira-lo do eixo. Mas faça bem feito. Ele irá resistir por medo de você se afastar, nesse momento, você tem que mostrar que quer! Tem que saber como jogar e quando jogar. Se for atirada demais, ele vai se assustar, pensar que você é fácil e deduzir que está com a bola toda. Se for difícil demais, tem a possibilidade de ele largar de mão por achar que não está interessada.

_ Ah fala sério! Não me importo com provocações. Eu só quero alguém que para me satisfazer. Me arrombar. - brinco, rindo. E passo as mãos por meu cabelo, frustrada com aquela situação. - Eu só queria colocar minha boca naquela montanha de nervos coberta por aquela capa rosada. - mordo meus lábios, imaginando. - Não aguento mais!

_ Então se joga nos braços do primeiro que encontrar e reze para ele ter a pica grande o suficiente para lhe arrombar. - ele ri.

_ Para de rir da minha situação. Eu quero um pau grande, largo, rosado e com uma cabeça apetitosa. - falo compassadamente, suspirando ao sentir gotículas de saliva se juntando em minha boca. 

_ Parabéns pela imaginação fértil e descritiva. Todos queremos isso. Agora é só ir procurar. - diz ele calmo. Parecendo nem ligar para minha situação, levando tudo na brincadeira.

_ Preciso ir. Antes de que meu chefe me pegue falando coisa que não deve. Beijos. Te ligo quando voltar. - desligo.

Aciono o modo silencioso no celular, para que não incomode meu sono, tentando evitar mais incomodo para essa noite. Pouco depois me viro, sem tempo de me assustar, Lucker está parado na porta do banheiro com uma expressão divertida. Com cara de quem ouviu sorrateiramente a conversa anterior.

_ Algo a mais para dizer? - pergunta entre risos.

_ O quanto você ouviu? - indago, trêmula. Um súbito desespero bate em meu peito, apenas na possibilidade de ter sido totalmente exposta.

_ O suficiente para saber que está ansiando por um sexo selvagem. - ele resume, mordendo os lábios de forma ligeiramente sexy.

_ Meu Deus! Que vergonha! - sinto minhas bochechas queimar e enfio o rosto em minhas mãos. Não posso acreditar de passei um vexame dessa proporção.

Estou certa de que não era para ele ter ouvido se estivesse permanecido no banheiro, entretanto, não posso tirar minha parte da culpa, onde eu deveria ter prestado atenção e ir falar desses assuntos extremamente explícitos em outro lugar. Ainda em devaneios, ouço os passos ficando mais próximo e, em sequência suas mãos quentes tirando as minhas alocadas no rosto. Abro os olhos para buscar entender o que está havendo e me deparo com aquelas esferas verdes me olhando como se quisesse penetrar minha alma.

_ Eu até te daria tudo oque você anseia mas creio que o seu "amor" não iria gostar. - ele fala tão próximo que chega a roçar seus lábios nos meus enquanto nossas mãos formam um empecilho para a proximidade dos corpos.

_ Deveria se preocupar se eu tivesse um amor. - indago. - Contudo, o amor em questão é meu melhor amigo, gay. - digo suspirando. Ele parece repreender toda a minha falação com seu olhar. - Tudo que eu quero é uma noite. Sem compromisso, sem nenhum sentimento além do prazer.

Não tinha nenhuma certeza de que isso ia dar certo, mas eu precisava tentar. Eu estava ansiando pelo corpo dele e ele parecia corresponder. Basta saber se ele irá concordar.


Apenas

Me dê uma razão para ser uma mulher

Eu quero apenas ser uma mulher

Glory Box - Portishea

𝙹𝚘𝚐𝚘 𝚍𝚘 𝙿𝚎𝚌𝚊𝚍𝚘Onde histórias criam vida. Descubra agora