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O despertador toca pela segunda vez, acordo com uma preguiça que nem consigo descrever. Como um palpito lembro-me de todo o clima entre eu e Thomas ontem, um sorriso se mostra em meu rosto e a ardencia nas minhas bochechas se faz presente, porém não posso demorar mais, levanto e vejo que Raquel não está em casa. Me arrumo super rápido e saio.

Chegando na Versart a primeira pessoa que vejo é Amara.

 Oi Violet, estava te esperando  murmura animada  Por que não veio ontem? Ainda vai ser uma das modelos do evento?

 Sim  respondo seca, não estou afim de conversar hoje.

 Me conta, como conseguiu isso?  Seu olhar brilha ao perguntar.

 Não sei, foi totalmente inesperado pra mim.

 Então você não fez nada mesmo?  Questiona franzindo o cenho.

 Não. Bem, agora eu tenho que ir. Até a hora do almoço  mostro um sorriso e sigo para minha mesa.

Quando finalmente consigo sentar um pouco, Mary pede que eu vá até a sala dela no mesmo instante.

No momento em que eu entro ela começa a me dar instruções para organizar a sala de reuniões, ouço tudo com atenção e tento ficar calma, já que meu coração não para de palpitar quando a cada segundo em sua frente me faz lembrar o que eu presenciei naquele dia, entre ela e Marcos. Anoto tudo o que preciso na agenda para que eu não esqueça.

Assim que ela termina sigo para a sala determinada que fica no sétimo andar, do lado leste da loja, é uma área que fui apenas uma vez com a Amara no meu primeiro dia aqui, mas como foi rápido eu não cheguei a entrar nessa sala.

Abro a porta e fico impressionada. A sala é enorme, janelas de vidro em todo o comprimento da sala e uma enorme mesa oval com várias cadeira aparentemente confortáveis ao redor, existem duas telas enormes nos lados anterior e posterior da sala, alguns vasos com plantas e dois ar condicionados centrais.

Rapidamente começo a arrumar a sala, após meia hora está tudo organizado. Papéis do plano da reunião na mesa, águas, vídeos e planilha na tela.

Poucos minutos depois que termino, chegam dois importantes diretores da Versart. Sei que são os diretores por que vi as fotos deles no mural de diretores da empresa, também vejo Gordan que me cumprimenta e em seguida Mary. Estranho, não vejo Thomas, ele mais do que ninguém deveria estar aqui. Afinal ele é o dono e presidente da organização.

Sento-me ao lado da Sra. Mary e assim que todos os representantes chegam, a reunião começa. Ficamos completamente atentos a explicação do representante da empresa de buffet. Então logo começa as discussões sobre o que será servido.

A reunião já está acontecendo a quase uma hora e apenas trinta por cento do evento foi inteiramente combinado. Está demorando mais do que eu pensei, todos aqui são muito minuciosos.

Antes que o representante da agência de garçons termine de expor suas ideias a porta abre, então volto minha atenção para lá e vejo Thomas entrar, congelo na hora, tento parecer o mais indiferente possível, todavia não consigo parar de olhar pra ele. Logo seu olhar encontra o meu, me sinto ainda mais nervosa. Como ele é lindo! Está vestido com um terno preto aberto, uma camisa branca por dentro e calça social também preta. Sem demora todos se levantam para cumprimenta-lo, saio do transe e faço o mesmo, ele passa apertando a mão de todos e quando chega minha vez, estendo a mão para cumprimenta-lo mas o idiota apenas acena com a cabeça e se senta ao meu lado. Estou estarrecida. Ontem ele foi tão gentil e carinhoso comigo e hoje finge que nem me conhece. Recobro minha sanidade e com o resto de dignidade que me sobrou sento rapidamente, totalmente envergonhada ao ver que todos já estavam em seus lugares me observando. Posso jurar que vi um leve sorriso cínico em seu rosto. Em meio a todos os palpites e ideias para o evento, me pego pensando no almoço onde estive com Thomas, fiz algo errado? Não, claro que não, ele que é um babaca presunçoso. 

SRTA VIOLET - Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora