Capitulo 11

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2007

Por alguns segundos, só se ouvia o som dos grilos escondidos no jardim, enquanto eu encarava os lindos olhos arregalados e incentivadores da Nina para que eu colocasse para fora tudo o que sempre senti, mas nunca percebi. Antes que a minha coragem me abandonasse, resolvi continuar:

— Eu te amo, como nunca imaginei antes possível. Na verdade, acho que sempre te amei, mas por nunca ter tido um verdadeiro exemplo de amor entre um homem e uma mulher presentes na minha vida, nunca fui capaz de ter a certeza. — continuei, reunindo coragem de onde eu não imaginava ter e olhando firme em seus olhos, para que ela acreditasse em cada palavra. — Quando a vi entrar naquele hospital correndo em minha direção, algo dentro de mim se aqueceu e eu não soube o que era, mas a minha vontade e necessidade de estar perto de você, de tocar e beijar começou a se tornar insuportável de aguentar. Eu sei que você pensa em outro cara, mas permita que eu prove o quanto posso fazê-la feliz, Nina? — falei, vendo seus olho começarem a marejar, ao mesmo tempo em que parecia incrédula e, por alguns segundos, eu achei que ela fosse chorar. Não acreditava que tinha conseguido dizer tudo o que sentia olhando no fundo dos olhos dela, mas mesmo que ela não me aceitasse, eu já me sentia um pouco aliviado por ter dito o que queria. Lidar com a abnegação seria outra etapa da qual eu não estava preparado.

— Quem disse que eu estou a fim de outro cara?

— Você, Nina! — respondi confuso, debruçando em cima dela.

— Alex, o idiota pegador que eu falei é você! Eu não acredito que esse tempo todo estava achando que eu era apaixonada por outro cara?! De imbecil já basta você! — manifestei incrédula.

Sinceramente, eu não sabia se me sentia ofendido por ser chamado de idiota e imbecil, ou se ficava feliz por ser esse cara.

Nossos olhos se encontraram e, embora ainda quiséssemos dizer muita coisa, nossas bocas se calaram, selando em um beijo o quanto amávamos um do outro. Apesar de não ter dito com todas as letras, eu ainda a faria confessar o quanto a Carina Max Pires era apaixonada por Alex Alencar Campos.

Eu a beijava e acariciava seu rosto, deslizando meus dedos sobre sua pele. Nina puxava a minha nuca me prendendo a ela, mas eu não pretendia ir a lugar nenhum — nem agora, nem nunca. Quando nossas bocas se separaram, eu me apoiei em um dos meus braços e fiquei parado, observando-a. Seu rosto continuava delicado como há sete anos, quando estávamos aqui nessa casa da árvore, casados de mentirinha. A diferença era que agora não éramos mais crianças, nada disso era mais brincadeira.

— Vou começar a ficar corada com esse olhar tão intenso, Alex. — falou tímida.

Sorri.

— Você fica linda corada, fica linda quando está com raiva, mesmo que eu precise ser humilhado na frente dos meus amigos. Ok, essa parte não é muito legal, mas se for pra você vir fazer as pazes comigo dessa maneira, então está valendo. Eu pago o preço!

— Você nem é maluco de chegar a tal ponto só pra me provocar! Se aquela Barbie Malibu chegar perto, eu juro que furo o silicone dela, Alex!

— Não aconteceu nada, Nina! Ela me pegou desprevenido, desculpa! Não quero nada com a Rebeca, mas — quero muita coisa com você. — falei, deslizando meu dedo pela corrente que descia pelo seu pescoço e se encaixava no decote da sua blusa do Guns N' Roses. Seus olhos se prenderam aos meus e meu corpo se acendeu de imediato, ambos tomados pelo desejo.

Nina mordia o lábio inferior, me deixando ainda mais extasiado, eu a queria tanto que não precisava ver muito da sua pele exposta para perder o controle. Deslizei as pontas dos dedos pela bainha de sua blusa erguendo-a, lentamente, até passar pela sua cabeça, sem nunca tirar meus olhos dos dela. Eu sabia que ela estava com medo e pararia caso pedisse. Beijei sua têmpora e retornei para os seus lábios, queria transmitir o quanto a amava. No início, foi um beijo lento, nossas línguas juntas dançando um ritmo próprio, logo foi ficando mais urgente e ávido, eu não queria parar de beijá-la — nunca.

Nina começou a soltar pequenos sussurros abafados na minha boca, enquanto eu deslizava minha mão por cima de seu sutiã de renda preta e abria o fecho frontal para ter uma das mais lindas visões da minha vida. Seus seios eram lindos, do tamanho perfeito, seus mamilos se enrijeceram com o contraste entre brisa leve que soprava e a quentura da minha mão. Desci meus beijos pelo seu pescoço até seu seio direito, enquanto acariciava suavemente o outro. Nina puxava meus cabelos e sussurrava meu nome com a respiração entrecortada, sua pele começando a ficar rosada com a quentura que emanava.

— Você é linda, Nina! — consegui dizer. Eu estava louco de desejo, mas precisava ir devagar.

Desci minha mão aos poucos para alcançar o cós do short do pijama e fui tirando, lentamente, pelas suas pernas torneadas. Alcancei seu centro por cima da renda fina que a cobria, fazendo Nina estremecer, sabia que ela estava quase no ápice. Voltei a beijar seus lábios, me posicionei entre as suas pernas e inclinei meu corpo em cima do dela, deixando meu peso sobre os braços ao lado de sua cabeça.

Nossos corpos pareciam brasas e Nina deslizava seus dedos pequenos pelo meu peito, puxando as minhas costas de encontro a ela, pressionando a minha ereção contra o tecido fino. Eu ainda estava de bermuda e só a tiraria quando ela se sentisse segura o suficiente. Por enquanto, eu só queria lhe dar prazer — o prazer dela seria o meu. Voltei a descer meus lábios pelo seu peito, tocando e brincando com seus mamilos, deslizei a minha língua pela extensão de sua barriga e, então, comecei a abaixar vagarosamente a calcinha fina que a cobria, revelando a tatuagem completa. Perdi alguns segundos admirando o desenho e pasmo pelo o que eu acabara de ver.

— Alex, acho que eu... — gaguejou.

Nina me tirou do meu estado de admiração profunda com sua voz ofegante. Eu sabia que ela havia ficado envergonhada por eu ter descoberto que a tatuagem era o desenho do nosso anel de casamento — o símbolo do infinito com as letras "C. A".

Se a Nina tinha aquilo gravado na pele, então ela sentia muito mais do que eu imaginava.

Tornei a beijá-la com todo o amor que eu poderia demonstrar e voltei com mais calma até o ponto que queria tanto chegar. Beijei sua tatuagem enquanto ela se contorcia nas minhas mãos.

— Alex!

— Nina, permita que eu faça isso, prometo que não vou te machucar.

Então, beijei seu centro. Brinquei com a minha língua no ponto que lhe dava mais prazer, fazendo-a alcançar o ápice em pouco tempo, gemendo o meu nome. Essa era, definitivamente, a maneira mais deliciosa de ouvir o meu nome. Alcancei seus lábios mais uma vez, tentando acalmar um pouco do meu coração e protegendo seu corpo da brisa que anunciava a vinda de uma frente fria.

— Alex, eu não sei se consigo.

— Não tenho pressa, Nina, quando estiver pronta ficarei imensamente honrado em ser o seu primeiro. — assegurei, alisando sua bochecha e deixando um selinho no seu lábio inferior. — Mas, por mais que seja um grande pecado me privar dessa visão que é o seu corpo, acho melhor você se vestir porque parece que o tempo vai mudar.

As estrelas já estavam encobertas por nuvens pesadas, mas ainda permanecemos ali mais algum tempo. Nina estava sentada entre as minhas pernas com a sua cabeça deitada no meu peito enrolada em uma manta que eu mantinha dentro da casinha, feita pela mãe dela. Os olhos dela lacrimejaram ao ver que a manta de tricô ainda estava intacta e lavada, é claro. Aproveitei para apertá-la ainda mais contra mim. Agora que a tinha tão perto, não conseguia imaginá-la longe.

— Fica comigo, Nina. — pedi, beijando o topo de sua cabeça.

— Alex, você sabe que as coisas são complicadas.

— A gente descomplica, Nina, eu prometo!

Uma trovoada forte ressoou iluminando todo o céu e nos impedindo de continuar a nossa conversa, pois logo a chuva cairia nos ensopando no pequeno espaço que precisaríamos percorrer.

— É melhor entrarmos, Nina. A casa na árvore não é o local mais seguro para nos protegermos da chuva que vem por aí. — Por mais que eu relutasse em tirá-la dos meus braços, tive que permitir.

Naquela noite, mesmo que ela não tenha dado certeza sobre nada, dormi o sono mais tranquilo dos últimos tempos.

Pessoas lindas do meu coração, espero que vocês tenham gostado do capítulo!!!!! Não deixem de comentar, amo vocês !

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