Capítulo 19

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2007

Dia após dia a minha vida se resumiu em ir para a empresa, ir trabalhar no bar a noite e cair exaurido na cama , a semana passou num borrão com as tentativas de manter a minha mãe sem os sedativos e a mente mais ocupada. Marcos tem sido excelente para ela e o Miguel consegue arrancar alguns sorrisos com as brincadeiras de criança dele. Eu e a Nina pouco nos vimos, a não ser no café da manhã e jantar. Depois do nosso último beijo ela me olhava com raiva extrema nos olhos, mas conforme os dias foram passando sua ira foi abrandando. Amanhã será seu aniversário e eu já havia preparado tudo.

Assim que o Sol raiou em nossa janela levantei e fui até o quarto da Nina, sua porta estava entreaberta, então eu entrei. Ouvi o barulho do chuveiro e deduzi que ela estava no banho, não bati na porta, simplesmente entrei.

Excelente escolha!

Apesar da grande nuvem de vapor que havia ali, eu pude vislumbrar sua silhueta por alguns segundos enquanto ela estava de costas tirando o resto de xampu de seus longos cabelos, uma visão privilegiada para deixar o meu dia memorável. Apoiei-me no balcão da pia e esperei que ela se virasse e quando ela o fez, minha visão foi ainda mais graciosa.

— Merda, Alex! Que susto! O que você está fazendo aqui? — perguntou desajeitada, tentando cobrir os seios fartos e sua intimidade.

Apontei para o vidro embaçado do boxe onde eu havia deixado uma mensagem de parabéns e sua testa franzida se transformou em um lindo sorriso.

— Você poderia ter esperado eu sair do banho.

— Não gosto de esperar muito, aliás, alguém me ensinou que o banheiro é um dos lugares mais interessantes para se iniciar uma conversa. — falei, caminhando até ela levando uma toalha.

— Obrigada.

— Por nada. — respondi, envolvendo-a na grande toalha felpuda e beijando as gotas que escorriam pelo seu ombro causando arrepios em sua pele.

— Eu estava ansioso por esse dia, só não imaginava que ele começaria com uma visão tão extraordinária. — disse, pressionando meu corpo contra o dela e beijando o lóbulo de sua orelha.

— Por que você estava ansioso pelo meu aniversário, Alex? — perguntou em um sussurro, dando acesso ao seu pescoço enquanto eu deslizava meus dedos por toda a sua extensão.

Virei-a para mim lentamente e percebi nossa respiração já acelerada. Toda vez em que nos tocávamos era instantâneo e incontrolável o fogo que subia por todo o nosso corpo. Puxei com delicadeza a sua cintura fazendo com que se encostasse completamente em mim, levantei seu queixo e toquei de leve seus lábios, espalhando beijos ternos e lentos pelos cantos de sua boca. Nina mantinha seus olhos fechados, suas bochechas já estavam avermelhadas e sua boca entreaberta implorando para ser explorada, mas eu tinha outros planos para hoje.

— Eu tenho dois presentes para você, um deles está em cima da sua cama. — revelei, deslizando minha língua pelo seu lábio inferior e minha mão por cima do seu seio esquerdo, fazendo-a apertar a minha blusa com força.

— Posso saber qual é o outro presente? — conseguiu dizer.

— Eu! Eu sou o seu segundo presente e hoje farei absolutamente tudo o que você quiser. Só precisa pedir.

Seus olhos se abriram e ela soube, naquele momento, que se quisesse que eu a beijasse ou tocasse não dependeria apenas da minha intensa e constante necessidade de fazê-lo, ela teria que pedir. E essa era uma ótima forma de eu saber o quando a Carina me desejava.

— Alex, isso é alguma forma de me castigar?

— De maneira alguma, Nina. É a sua chance de abusar de mim, estou em desvantagem e adoraria fazer todas as suas vontades.

Diante de todas as possibilidades que eu poderia imaginar que a Nina vingativa fosse capaz de usar contra mim, desde comer a comida do cachorro, nunca pensei que ela escolheria jogar a toalha aos seus pés me dando a completa visão e acesso a suas curvas.

— Tem certeza que eu vou precisar pedir que você me toque, Alex? — Nina falava e andava em minha direção quando comecei a caminhar para trás, analisando cada pedaço de pele que eu estava desesperado por lamber, até me prender entre o balcão da pia encostando seus mamilos rijos na minha camisa.

Engoli a seco.

Comecei a me arrepender no mesmo segundo de ter dado essa vantagem para ela, não poderia imaginar que pudesse ser tão maquiavélica e se viraria contra mim da maneira mais cruel.

Controlei minhas mãos apertando forte o mármore da pia, enquanto todo o meu corpo pulsava de excitação. Mas uma coisa eu já tinha certeza, Nina me desejava tanto quanto eu a ela.

— É grandão, temos um grande problema por aqui. — falou ela, beijando o canto da minha boca.

Como eu queria puxá-la pra mim e fundir meu corpo ao dela.

Nina é orgulhosa, não irá pedir nada!

— Resolvemos isso mais tarde, vou pensar no seu caso, Alex!

Então, ela virou as costas andando de forma lenta e absurdamente sexy em direção ao quarto.

A segui.

Nina vestiu uma lingerie de renda preta, colocou um sutiã combinando com a sua calcinha e tive uma grande inveja daquela peça íntima.

— Pode fechar aqui pra mim, Alex?

Ponto pra mim!

Coloquei seus longos cabelos para o lado, deslizando meus dedos de propósito em sua pele, fazendo-a se arrepiar. Levei muito mais do que o tempo necessário para encaixar o fecho. Aproximei meu nariz de seu pescoço deixando que a minha respiração quente tocasse a sua pele e depositei um beijo em seu ombro para depois me afastar, permitindo que o ar frio preenchesse o espaço que nossos corpos ferventes haviam deixado.

Nina terminou de se vestir para então abrir o pequeno pacote que havia em sua cama e, por mais que ela mereça joias caras, o meu presente não se tratava disso, mas tive certeza de que ela gostou quando seus olhos brilharam ao abrir a pequena caixa. Era uma pulseira de couro para enrolar em seu pulso delicado, com um pingente do infinito na ponta e uma placa de aço fina contendo uma pequena inscrição — "Para Sempre".

Eu não precisava gravar ali um texto me declarando, só queria que soubesse que independente do que acontecesse, ou os caminhos que nossos destinos nos impusessem, eu sempre a amaria e duvidava que pudesse sentir algo tão forte, intenso e verdadeiro por outra pessoa que não fosse ela. Nina teria sempre um pedaço meu, eu sempre pertenceria a ela e ela seria para sempre minha.

Ela esticou o braço para que eu pudesse ajudá-la a colocar a pulseira.

— Obrigada, Alex, é perfeita!

— Não tem o que agradecer, mas eu também a achei perfeita. Eu te amo, Nina, e quero que leve o meu amor com você para sempre.

— Alex, me beija, agora!

Puxei seu rosto cravando meus dedos em seus cabelos e colando meus lábios nos seus, saboreando, invadindo e explorando sua boca. Nina puxava minha camisa prendendo-me mais em seu corpo. Não fosse o fato de todos estarem a esperando para o café, eu teria quebrado a minha palavra e a feito minha naquele instante. Mas, por mais que o meu instinto predador estivesse ativo, eu não queria que fosse de qualquer jeito, não queria ser interrompido. Pretendia amá-la com calma e aproveitar cada segundo, além disso, eu tinha a absoluta certeza de que esse momento estava mais próximo de acontecer do que eu imaginava.

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