2007
Eu mal podia acreditar que a festa tinha acabado, e fiz questão de que carregassem a Rebeca o quanto antes! Eu só queria poder ficar em paz a sós com a Nina, mas a noite caiu e eu não a encontrava em lugar nenhum.
— Marcos, você viu a Nina por aí? Eu não a encontro em canto nenhum. — perguntei.
— Ela disse que ia dar um volta por aí, mas já deve estar voltando. — respondeu.
— Volta? Sozinha? Seminua? — interroguei, esquecendo até que estava falando com o próprio pai dela, que não parecia estar tão preocupado como eu.
— Calma, Alex, ela está com o Michael. Disseram que iriam até a praça aqui do condomínio tomar um sorvete. Ele pareceu ser um cara educado, até veio me pedir para levá-la. Relaxa, já devem estar voltando.
— WTF! Com o Michael? A Nina saiu na garupa de uma moto com o Michael?! Ele é educado até poder comê-la, Marcos! — bradei, deixando-o com os olhos arregalados. Acho que peguei pesado com o "comê-la", afinal, o Michael sempre me respeitou e já estava avisado sobre não tocar na Nina, mas eu precisava especificar que andar de moto também não podia. Virei as costas para pegar a chave da minha moto quando ouvi o barulho do motor de outra entrando no estacionamento.
— Eles chegaram! Se você não se acalmar vai enfartar e a Nina não terá ninguém que possa a defender dos seus amigos. — Marcos alertou, arqueando as sobrancelhas.
Caminhei até eles a passos largos só para ver uma Nina sorridente, tirando o capacete para entregar ao Michael, que também sorria — até me ver.
— Nina, entra agora pra casa! — pedi, apontando para a entrada principal. — E você! Quem deu permissão para andar com ela por aí, Michael? Eu não falei que era pra ficar longe dela?
— Alex, quem você acha que é pra decidir quem pode ou não me levar pra sair? — Nina perguntou, apontando o dedo para o meu peito, furiosa.
— Nina, deixa isso pra lá, ele só está nervoso. Não aconteceu nada entre a gente, Alex, só tomamos um sorvete e batemos um papo sobre música. Fica tranquilo! — explicou Michael, na tentativa de me tranquilizar.
— Eu sou, eu sou... Aaah! Você tem razão, Nina, eu não posso cobrar nada de você porque eu não sou nada seu, peço desculpas. — justifiquei, abaixando a cabeça.
O que estava acontecendo comigo? Por que as palavras que gritaram na minha cabeça não saíram da minha boca? Depois dessa cena de ciúmes patética eu não tive coragem para dizer que ela é MINHA!
— Acho bom você se arrepender, Alex! Apesar de eu não lhe dever satisfações, eu estava na sorveteria do condomínio apenas batendo papo, ao contrário de você, que não respeita a própria casa e estava quase trepando na despensa da cozinha! Agora, que fique bem claro uma coisa; se você diz que não é nada meu, então não se meta nas minhas amizades, ou em quem eu decidir beijar. — advertiu ela.
Dito isso, — como se já não bastasse toda a humilhação e sapateio em cima do meu ego e coração — a Nina lascou um beijo no Michael, deixando tanto ele quanto eu sem reação. Meu amigo colocou as mãos para o alto com olhos arregalados de medo, na espera por um soco meu, mas isso nunca aconteceu.
Ela tinha todo o direito. Se eu fosse homem suficiente, ao invés de um covarde, já teria a carregado dali e demonstrado o quanto a amo. Tudo o que eu precisava era destravar. Porque esse Alex nunca havia sentido, muito menos dito, algo sequer parecido com um "eu te amo".
Virei as costas e fui embora. Era insuportável vê-la beijando outro, cerca de 1000 vezes pior do que levar socos repetidos no estômago.
Entrei no meu quarto e me enfiei embaixo do chuveiro, a fim de tentar lavar toda a desgraça que estava sentido. Escutei a porta do quarto dela bater e deitei na minha cama, mas o sono não veio. Desci as escadas e fui até o jardim, olhei em volta, respirei fundo em busca de ar puro que pudesse refrescar e limpar a minha alma. Ao olhar para frente avistei a casa da árvore e, de repente, eu queria ter de volta aqueles 11 anos, onde tudo era incrivelmente mais fácil. Decidi subir.
A casa estava, exatamente, a mesma coisa. Sempre a preservamos e limpamos por dentro. Havia várias fotos da Nina e eu pequenos, brincando no jardim. Muito mais da Nina do que minhas até. Depois que ela se mudou, eu revelei várias fotos que havia tirado dela e distribuído em quadros pendurados pela casa, passava horas aqui em cima, relembrando cada momento nosso registrado. Deitei na pequena varanda da nossa casa da árvore e fiquei ali observando as estrelas no céu. Eu e a Nina passávamos horas olhando o céu em busca de uma estrela cadente, meteoros ou coisas do tipo.
— Será que vai aparecer algum meteoro essa noite? — sua voz surgiu atrás de mim.
Permaneci na mesma posição e respondi:
— Acredito que não, mas só o brilho das estrelas essa noite já são um espetáculo por si só.
— Posso deitar aqui com você? — perguntou, hesitante.
— A casa sempre foi sua, fique à vontade para deitar ou mudar o que quiser.
— Eu não sabia que você tinha tanta foto minha por aqui. — disse, deitando-se ao meu lado. — Você não sabe muita coisa a meu respeito, Nina, mas eu sempre disse a você que sentia a sua falta nas milhares de cartas que escrevi depois que você foi embora.
— Eu sei, Alex. Olha, peço desculpas por mais cedo, eu não devia ter feito aquilo.
— Você não tem que se desculpar, Nina. Tem razão, eu não posso lhe impor ou proibir de nada.
— Shhhh! Não fala nada, Alex, só me beija, por favor! — pediu baixinho. Mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, Nina colou os lábios dela nos meus, me beijando com calma, como se nunca mais fosse sair dali. Era tudo o que eu mais queria naquele momento, então correspondi seu beijo. Puxei seu rosto delicado, fazendo com que se deitasse parcialmente em cima de mim. Prendi uma mecha de seu cabelo que pendia do seu coque frouxo e pousei minha mão em sua cintura, segurando sua nuca com a outra, impedindo que se afastasse de mim cedo demais. Eu queria poder beijar aqueles lábios doces todos os dias! Seu sabor era viciante e inebriante, eu poderia passar horas provando-a, sem me importar com mais nada. Nina era a minha base, era tudo de melhor que eu tinha, Nina era minha! Agora eu sabia que ela sentia algo a mais por mim, porque nossos corações estavam batendo no mesmo ritmo acelerado como se ambos pudessem se tocar através de nossos peitos.
Nina foi se afastando lentamente para tomar ar, deitando-se ao meu lado em seguida. Ela segurou a minha mão e permanecemos assim por um tempo, em silêncio, encarando o céu. Foi então que pensei ter visto uma estrela cadente e, nesse momento, as palavras que tanto queria dizer começaram a sair, naturalmente:
— Eu te amo, Nina!
Ahhhhhhh surtem comigo nesse capítulo porque até eu fiquei com borboletas no estômago! Finalmente!!!!!!!
Povo lindo do meu coração, tenho novidades!!!!!!
Primeira:
Saiu meu book trailer!!! Assistam e me digam o que acham, por favor!
Segunda notícia:
O e-book será lançado agora dia 24/08 na Amazon com bônus exclusivo!!!! Gente, está tão lindo!!!!!!! Estou doida pra mostrar a capa completa de Para Sempre pra vocês, está quase pronta.
PS.: Irei postar aqui todos os capítulos até o epílogo.
Terceira notícia:
Eu já falei que amo vocês?
EU AMO VOCÊS!!!!!!!!!!!
Obrigada por todo o carinho e mensagens lindas que tenho recebido, vocês são fantásticos!
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Para Sempre
RomanceAlex e Nina tiveram em suas vidas danos irreparáveis e lutaram para superar a dor apoiando um ao outro, mas será que essa grande amizade poderá durar com a revelação de um sentimento imensurável? O que fazer quando o seu grande amor volta...