Capitulo Oito

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Victoria

Entrei na sala revestida, fechando a porta com cuidado. Puxei a cadeira me sentando em frente ao homem misterioso de olhos azuis e cabelos loiros.
Seus olhos me avaliaram devagar e ele me encarou com um sorrisinho cafajeste.

- Se acha que eu vou falar alguma coisa, está perdendo seu precioso tempo. - falou firme.

Dobrei minhas mãos sobre a mesa, soltando um suspiro cansado.

- Eu tenho certeza que você vai falar. - sorri e ele bufou.

- Sem chances! Quero meu advogado aqui o mais rápido possível! Eu tenho esse direito! - gritou agitado.

- Já que você conhece tão bem os seus direitos, o que acha de ser apresentado aos seus deveres. - falei calma, retirando alguns papeis da minha pasta.

Ele me olhou desconfiado.

- Eu não vou assinar nada!

- Calma. Eu só vou te fazer umas perguntinhas...

- Já disse que não vou falar nada! - esbravejou me fazendo quase perder a paciência.

- Você trabalha para as White? - ele riu encarando a parede e não me respondeu.

- Pra quem você trabalha?! - bati com força na mesa chamando sua atenção.

Ele me lançou um olhar de desdém e continuou em silêncio.

- Okay. Você quer fazer esse joguinho, então vamos lá. Se você não abrir o bico, não vai chegar nenhum advogado aqui. - ele pareceu pensar por um instante.

- Já disse que não tenho nada pra falar. Vocês não são tão espertos!? Por que não descobrem sozinhos? - zombou desafiando.

Levantei irritada, deixando a cadeira cair no chão.

- Eu vou te dar cinco minutos pra pensar. E aí eu volto para ouvir a história que você tem pra me contar. - dei um tapinha em seu ombro.

- Vai perder seu tempo. - murmurou.

- Isso é o que vamos ver.

Sai batendo a porta com força. Inspirei mantendo a calma. Esse desgraçado estava testando meus nervos. E eu precisava de uma maneira para fazê-lo falar.
Fui até Megan, pedindo para ela procurar informações sobre ele no banco de dados.
Ela conseguiu puxar sua ficha criminal completa e seus dados pessoais, incluindo conta no banco. Essa era o seu ponto fraco.
Voltei para a sala depois de verificar o relógio e constatar que seus cinco minutos acabaram.
Sorri, enquanto lia as informações sobre ele.

- Adam Jonhson. Vinte sete anos. Portland, Washington.

- Vocês são rápidos. - debochou.

- Nem imagina o quanto. - falei soltando os papeis com informações de sua conta em cima da mesa.

Ele me fitou confuso mas o pegou e leu. Enfim percebeu do que se tratava e ficou pensativo.

- Como vocês conseguiram isso?

- Ah, isso? É só porque somos muito espertos. - fui irônica, fazendo-o me olhar irritado.

- Vocês são a merda de uns invasores! É isso que são! - reclamou.

- Sim. Somos. E você tem dois minutos para começar a contar sua historinha antes que um dos nossos melhores invasores retire todos os dígitos maiores que Um da sua conta.

- O quê? Como... Vocês não...

Joguei o pequeno pedaço de papel a sua frente.

- A senha é essa não é? - perguntei.

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