Capitulo Vinte e Dois

6.6K 461 9
                                    

Nathan


Despertei encarando o céu nublado pela janela. Apertei os olhos por causa da claridade e encarei o lado vazio da cama.
Eu sentia falta dela.
Fazia um mês que eu não à via.
Sorri saudoso, lembrando da nossa última noite juntos. Eu me perdi em seu corpo durante horas... Me pareceu ter acontecido há uma eternidade.
Meus pensamentos foram interrompidos por uma batida na porta.
Era ela!
Levantei pegando a calça de moletom e desci apressado para abrir a porta e me afundar no cheiro bom dos seus cabelos.
Contornei a poltrona e destranquei a porta, dando de cara com o rosto sorridente de Tyler.
Decepção preencheu meu peito e encarei ele com desânimo.

- Olá irmão! Bom ver sua felicidade em me receber aqui. - zombou entrando sem minha permissão.

- Como você me achou, Tyler?

- Ah, eu sou seu irmão, eu te acharia em qualquer lugar. Sabe como é né? Esse negócio de sangue e tal, blá, blá, blá... - fez um gesto com a mão se jogando no meu sofá.

- Foi a Ária que te mandou aqui?

- Foi. Ela quer que venha com a gente.

- Lógico que não. Não tenho mais nada a ver com vocês. Estou fora do FBI, não posso mais ajudar.

- Ela sabe. Mas insiste em sua presença mesmo assim.

Neguei.

- Não, não. Sem chances.

- Isso não é discutível, Nathan. Vamos. - chamou levantando até a porta.

- Qual o seu problema, Tyler. Eu me ferrei por sua causa! Em que mundo você vive? - ele me olhou com calma, dando de ombros.

- Oh, eu sinto muito mas agora você precisa vir com a gente.

- Eu já disse que não vou! - gritei me estressando e ele sorriu debochado.

- Ária quer te ajudar, Nathan.

- O que? Ela tem um trabalhinho sujo para me oferecer? - debochei.

- Ela se preocupa com você sabia?

Gargalhei ao ouvir essas palavras.

- Oh, claro que sim. Mas isso era antes, quando eu ainda tinha serventia pra ela. Agora não.

- De alguma maneira estranha ela sente algo por você, Nathan!

- Eu dispenso! - revidei gritando.

Ele apertou os punhos, ficando nitidamente nervoso.

- Bom. Não vem por bem, então... - se aproximou querendo me imobilizar, mas eu me desviei dele com um pontapé.

Outra investida e eu o empurrei com força.

- Vai embora, Tyler, antes que se machuque. - avisei desviando dele.

- Não sem levar você. - falou entredentes. - Eu cumpro as ordens que recebo. Não sou um traidor como você. - acusou ressentido.

Joguei o sofá de encontro a ele, que o empurrou fazendo bater com força na parede, abrindo um pequeno buraco.

- Quer brincar de joguinho de gato e rato, Nate? - sibilou irritado. - Eu tô ficando sem paciência! - berrou vermelho.

- Eu também. - retruquei com calma.

Ele disparou para cima de mim, resolvendo atacar pra valer. Senti seu soco me desequilibrando e o encarei aturdido.

- Eu avisei. - resmungou.

Revidei sem pensar, com outro soco que atingiu seu nariz o fazendo urrar, apertando o local.

Jogo DuploOnde histórias criam vida. Descubra agora