Capítulo 2

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"Se você apagasse todos os erros do seu passado, você apagaria toda a sabedoria do seu presente."


Deixei me levar pela música ensurdecedora daquela festa, faz três minutos que cheguei e já havia bebido uma tequila e vodka pura, não sei porque fiz isso mas, a minha vontade é de beber até cair, a única pessoa que está me controlando nessa festa é Alencar, eu disse pra ele que estou pouco me fodendo com o que vão pensar, essa é minha última noite no Brasil, e eu estou pensado em me divertir apenas isso.

Desde que Diego foi embora e começou a me esquecer, eu aos poucos fui reconstruindo minha vida, nada de relacionamento e me focar no mais importante, universidade. Mas então uma briga horrível entre Bruna e Alencar aconteceu e os dois se afastaram dramaticamente, ele a ama de mais, assim como eu amei ou amo Diego, mas a cabeça dura da Bruna decidiu que era melhor se manterem separados por perceber que os dois não estariam ou teriam futuros juntos, e agora? Alencar e eu temos uma amizade colorida sem compromissos, só muita pregação.

Me aproximo do bar man que me pareceu muito interessante, ele até que me olhou malicioso, mas eu não estou afim de ter relação sexual com ninguém que eu não conheça.

— Eu quero tequila, mas dessa vez com limão e sal por favor. — Digo com um sorriso maldoso no rosto, eu estou visivelmente sóbria, nenhuma dessas bebidas fortes me faria perder a linha tão cedo.

— Aqui está. — Ele piscou para mim e foi atender aos outros adolescentes.

— O que pensa que está fazendo? — Uma mão segurou o meu braço quando eu já estava virando a tequila mesmo sem o limão, a bebida quase caiu em minha roupa.

— Bebendo, ou você está cego? — Ainda de costas pro cara, coloquei o sal debaixo da língua e depois chupei o limão bebendo a tequila logo em seguida.

— Cassidy, você é louca? — Ele grita perto do meu ouvido e eu finjo não ouvir.

— Me deixa porra. — Viro a bebida mais uma vez logo sentindo um arrepio pelo meu corpo, a sensação que essa droga me dar me faz querer mais.

— Você quer virar uma viciada é isso, o que vai dizer para sua mãe quando chegar em casa bêbada? — Que droga quem ele pensa que é pra me chatear?

— Que porra me deixa. — Pego a garrafa e coloco mais um pouco da tequila, o garoto que estava me enchendo o saco já se foi.

* * *

Meu corpo todo já estava em chamas, eu me balançava no ritmo da música com ice na mão, várias mãos haviam passado pelo meu corpo mas eu fiz questão de me afastar, o que eu menos quero é ficar com alguém e duvido muito que role algo essa noite.

Olho pra cima sem nenhum medo, e vi Dielly beijando um qualquer, olhares maldosos são postos em mim e uma mão grossa é posta em minha cintura colando bruscamente minha bunda em algo ereto, olho pra trás e vejo Diego me comendo com o olhar, como se fosse um leão faminto caçando sua presa, mas não era exatamente ele ali, é apenas um maluco querendo se aproveitar de mim, realmente já não estou sóbria.

Me solta caralho! — Tento me afastar mas é em vão, um pouco da bebida que está na minha mão molha o seu peitoral e eu deixo a garrafa cair da minha mão sem querer. Bati diversas vezes em seu corpo e quando ele é jogado violentamente no chão me afasto com a respiração acelerada, vi um garoto esmurrar o tarado que me agarrou e quando veio mas outros para separar a briga eu pude ver quem era, me senti mas segura e protegida, todos da festa pararam para ver o que estava acontecendo e a música tinha parado também.

— Me solta porra! — Soltaram Alencar e logo levaram o garoto que queria abusar se mim, ele estava bem machucado pelos muros. — Tá tudo bem? — Nem percebi quando ele parou em minha frente.

B. F. F ⭐ Amigas ⭐3Onde histórias criam vida. Descubra agora