Capítulo 6

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O lugar adequado nesse momento para se estar era uma cama quentinha, o Canadá não estava tão legal quando aterrissamos, a pista estava escorregadia e o céu fechado como se alguma tragédia tivesse acontecido como nos filmes, as garotas e eu tivemos de trocar de roupa porque em Chicago o frio era um tanto quanto mínimo, eu nem me preocupei muito, ainda tinha sol, só não estava escaldante.

— Por favor Dielly levanta essa cara e sorri um pouco, parece até que alguém morreu. — Olhei um pouco que furiosa para com Taila e a vir revirar os olhos para mim, Dielly precisava sentir sua dor, não ser perturbada, mas por um lado eu sabia que Taila estava irritada por seu namorado ter ficado para trás, na verdade eu me pergunto se é mesmo isso que ela quer da vida, se ela não preferia ficar na faculdade de Chicago com o namorado e se casar por lá, é como se ela estivesse fazendo esse favor a mim, mas eu não comentaria nada, deixaria passar para saber se ela estava mesmo querendo aquilo, ou se só eu tenho esse sonho.

Minha amiga loira veio, abalada, chateada mas com brilho nos olhos, parece que o sermão de Taila pelo menos a fez apreciar as grandes letras de cada lojinha, mas eu não sei se ela pensava em comprar algo, por enquanto nossa situação financeira é zero, mesmo que o meu pai e os pais de Taila nos banque até o final do mês de julho, até lá com certeza estaremos empregadas e até mesmo acostumadas.

A morena no meu lado esquerdo cutucou meu braço me fazendo olhar para ela, a mesma tinha uma foto no celular de seu namorado com uma plaquinha já escrito "Saudades do meu amor", não precisei mencionar, estava estampado na cara de Taila que ela ama de mais Ryan e que ele realmente é o cara certo, mas ninguém sabe o futuro, mas eu espero que dê certo.

— Olha um pôster gigante do Justin! — Arregalei os olhos e puxei as garotas do jeito que pude mesmo com as malas na mão direita, elas estava meio furiosa como se eu tivesse feito besteira, mas eu sentia tanta saudade do meu príncipe, precisava de notícias urgentemente, ou morreria ali mesmo, saber o que se passava com ele era minha preocupação número dois.

— Estou com fome e com sono. — Tai resmungou depois que voltamos a caminhar, o cheiro de comida vindo de um restaurante pequeno dentro do aeroporto me chamou e com certeza a Taila também, mas estava com pressa e poderíamos comer qualquer coisa depois, eu acho.

— Vamos para casa primeiro por favor, depois pesquisamos pelo fast-food algo para comer. — Concordamos e adiantamos os passos para fora daquele lugar imenso, do lado de fora havia milhares de filas com táxi estacionado e saindo, estávamos seguindo o fluxo que o pessoal do desembarque fez, e meu pai disse exatamente para não parar em lugar algum ou falar com ninguém, então esperamos na fila e aguardamos a nossa vez, uma vez ou outra perguntavam alguns coisa e eu sempre respondia de uma forma sem interesse, ou dizendo que não a qualquer pergunta que fosse pessoal, eu assistir o filme Busca implacável e pode se dizer que criei um trauma meio bobo, eu não quero ser deportada do país e vendida para traficantes e virar prostituta, que horror.

— Vamos Cassidy! — Finalmente apareceu um táxi e fomos até lá, o carinha nos ajudou com malas e entramos enquanto eu passava mensagem para meu pai e dizia que estava tudo bem, Taila ligava para o namorado, e exatamente desde que chegamos estavam se falando.

— Eu não sei se vou aguentar essa melação. — Dielly fez careta sussurrando apenas para que eu ouvisse e eu rir da sua forma de falar, na verdade eu também não sei se iria suportar.

— Não sei como aguentam, todo dia é a mesma coisa. — Falei com os olhos em Taila revisando algumas vezes para que ela não percebesse que falávamos dela.

— Não é saudável um namoro meloso, fica chato e enjoa fácil sabe? — A loira deu michocho entortando a boca quando Taila fez cara de boba apaixonada.

B. F. F ⭐ Amigas ⭐3Onde histórias criam vida. Descubra agora