Capítulo 31

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6 meses atrás
— Você sabe não é? — Tia Rebecca estava irreconhecível, minha amiga estava na sala do delegado enquanto estamos aqui fora a esperando, mas quando Diego apareceu ela ficou estressada e furiosa. — É culpa sua minha filha ficar no estado que está, a sua família de bandido quase matou ela!

— Calma Rebecca. — Seu Otávio segurou o braço dela não deixando que ela avançasse em cima de Diego.

— Me desculpa, eu não sabia — Ele tentou se defender, mas ela nem o deixou terminar de falar.

— Some da vida de minha filha, você é um demônio e só esta atrasando o lado dela, saia das nossas vidas. — Tia Rebecca começou a chorar, até seu marido começar abraça-la.

Eu vi Diego extremamente triste, ele estava prestes a ir embora quando eu decidir correr atrás dele, o acompanhei em silêncio e tive que para-lo quando ele ia sair da delegacia.

— Você não pode ir, Cassidy vai querer te ver quando for liberada.

— Não importa Dielly, ela estará melhor sem mim

— Cala a boca, ela estará melhor com você, ela precisa de você, você a abandonou durante três meses por causa de um luto idiota e agora que tem a hipótese de fazer tudo certo quer afastar, não posso permitir!

— Eu não vou me afastar, mas ela não vai querer me ver, principalmente por causa da minha mãe e de Carter.

— Você não está na cabeça dela para dizer o que ela pensa, ela morreria por você, mas e você Diego Peres?

— Eu amo ela caralho. — Os olhos dele já estavam vermelhos.

— Então prova filho da puta!

— Eu não posso, a mãe dela

— A Cassidy lutou por você e na primeira tu vais desistir?

— Por que você esta fazendo isso?

— É a minha melhor amiga, e prezo pela felicidade dela, e não me teste a paciência Diego, ou você fica, ou você fica.

— Mas eu não posso ficar aqui e agora, sei que você quer que nós fiquemos juntos, mas passando por cima da mãe dela não é minha opção.

Vi Diego sair de vez pela porta e andando para longe, eu ouvir a voz de Dona Rebecca, Cassidy estava logo atrás de mim, olhando Diego ir embora, sem nem olhar para trás, não foi exatamente a visão que ela deveria ter, eu não podia deixar ela pensar que ele é o vilão.

1 semana atrás

— Você percebe que tudo de ruim que acontece com a minha filha, é por culpa de sua família? — Diego me encarou já preparado, foi exatamente o que aconteceu a 6 meses atrás.

— Senhora Rebecca, sugiro que se mantenha calma. — Taila com seu jeito de tentar amenizar a situação se pronunciou. — Nada poderia acontecer a não ser que fosse culpa das causadoras disso.

— Não, ela esta certa. — Diego disse fazendo o pai e a mãe de minha amiga terem a atenção só para ele. — A culpa é minha, por ter continuado com Cassidy e não ter me afastado quando a senhora me expulsou da delegacia naquela época, mil perdões, mas eu não me arrependo um segundo de ter voltado para ela, eu amo ela, e se ela quiser vamos casar, e ai não haverá uma pessoa que nos separe.

— Você acha mesmo que nos afrontar, passar por cima do que pensamos ser melhor para nossa filha vai te ajudar? — O senhor Miller disse com raiva.

— Não acho, tenho certeza, mas com todo respeito, só a sua filha pode me mandar embora, e todos sabemos o que ela quer comigo.

— Meu Deus! Meu amigo evoluiu. — Taila sorriu com o meu sussurro, mas ficou séria assim que o médico-cirurgião apareceu.

— Família da senhorita Miller? — Todos nós o olhamos e os pais dela se pronunciaram.

­— Como minha filha está senhor Michael? ­—Dona Rebecca estava totalmente vermelha, não se era de preocupação ou de medo.

— A filha de vocês... foi submetida a uma experiência com um certo medicamento de paralisia do corpo que prejudicou os músculos, os resultados dos exames deram que a senhorita Miller está com caquexia, uma doença bastante perigosa.

— Então ela esta correndo risco doutor? — Diego foi o único que parecia ter coragem de perguntar.

— De certo modo sim, a droga que foi injetada diretamente na veia da moça paralisou seu corpo durante horas a fazendo ficar inconsciente, seu nervo e organismo foram afetados drasticamente desacelerando hormônios entre outras coisas mais, ela sofreu de perda excessiva de proteína, seus músculos enfraqueceram e os ossos estão prestes a amolecerem.

— O que isso significa?

— A senhorita Miller corre um grande risco de não andar — Eu senti tudo girar se não fosse por Taila atrás de mim eu teria caído, todos na sala de espera ficaram chocados, Diego não tinha expressão no momento, mas sei que ele está se culpando.

— Não seria possível ela fazer uma fisioterapia?

— Você é o namorado da paciente?

— Sim senhor.

— Bom é possível, mas ela nunca voltara a ser a mesma, fazer exercícios como correr ou levar uma pancada forte nos joelhos causaria uma perda total, então o quando mais ela se preservar melhor.

— Sim, entendido.

— Bom, ela foi liberada da cirurgia nesse instante, foi transferida para um quarto de visita, mas ela estará desacordada por 24 horas, é necessário e recomendo que marquem um tratamento quanto antes para ela, as feridas e marcas no corpo mostram que a senhorita Miller sofreu agressão, e em várias partes do corpo sinalizam como tortura. — Era difícil de acreditar que isso estava mesmo acontecendo e de como esta parecendo que não temos paz.

A faculdade, o emprego, a família, amigos era tudo que se tornou importante para nos, e do nada algo meio doido, insano, mais possível aconteceu, já vi tantas notícias ultimamente de pessoas que foram sequestradas, espancadas, e a maioria nunca voltou, e a minha amiga sim, não sei se esse é o ponto bom, se devo ficar feliz, mas estou com certeza feliz por ela estar viva, no momento só isso me importa, é o que importa a todos, que minha melhor amiga não tenha voltado em um saco preto.

— Tenho que ligar para Tyler, explicar que ele precisa vir para o Canadá e

— Calma, vai ficar tudo bem certo?

— Certo — Eu o abracei até que ele estivesse menos tenso, estávamos bem, ela está aqui, ela está conosco."

B. F. F ⭐ Amigas ⭐3Onde histórias criam vida. Descubra agora