Capítulo 22

199 27 3
                                    

Naquele momento eu já estava nervosa, passando de lugar em lugar para procurar o dono do casaco, era tão difícil achar aquela galera que em minha mente encontrar uma alma viva conhecida seria impossível, Taila e Dielly não sabia da história louca que tive numa certa madrugada, uma ou duas pessoas perguntavam se eu fui na fraternidade e eu sempre negava, ficava com vergonha de confirmar, sendo que não fiz nada a não ser conversar com um estranho e me juntar a um grupo diferenciado.

Eu deveria ter desistido de encontrar alguém que não vejo a semanas, mas então lembrei de Daniel, o irmão de Carla, que a essa hora sempre está ao lado de uma turma, provavelmente amigos, ou colegas, e ele poderia me ajudar, caso contrário, ficaria com o casaco de lembrança, e entregaria quando finalmente o menino resolvesse aparecer, não é roubo, até porque até agora não tive queixa.

A galera que estuda moda é sempre popular por aqui, na verdade, são bons, sempre criam os figurinos da peça, e ajudam na roupa de muitas pessoas famosas como por exemplo a dolce e Gabbana, uma marca famosa e bem conhecida por toda a América, coisas desse tipo, toda jornalista deve saber.

"Boa tarde, estou procurando Daniel, aluno de moda!" Paro uma menina que vinha do andar de cima e escuto com atenção quando ela sinaliza o caminho perfeitamente.

Eu conseguir fazer tudo o que ela mandou sem me confundir, e me restava treze minutos de intervalo para coletar uma grande informação, ou não, entretanto lá estava o garoto, com um gorro bem bonito na cabeça conversando com uma idosa bem vestida.

"Boa tarde, Daniel, tem um minuto?" Me senti uma velha falando assim, a moça que o acompanha me olhou friamente e se afastou sem falar nada.

"Aconteceu alguma coisa?"

"Talvez você não lembre, mas eu sou a Cassidy."

"Ok, a garota da festa."

"Sim, ham... estou com o casaco do Justin, mas não tenho como entregar, pode dar a ele?"

"Eu não o vejo desde aquele dia, ele viajou com o primo pra organização do casamento da mãe, só volta mês que vem."

"Que pena!" Que droga... "Obrigada então, mesmo assim..."

"Disponha... " Ele se retirou indo por outro caminho e eu fiz minha caminhada em silêncio até minha sala, me sentindo péssima porque tinha uma certa esperança de o ver novamente, poder conversar com ele e sei lá, eu me sinto tão bem com aquele garoto que ele não parece ser mais um estranho, por outro lado, sinto que nos conhecemos a anos, é uma conexão que eu só criei com Tyler, falando nele, sinto tantas saudades, mas eu sei que se ele se importasse de verdade não teria se afastado totalmente de mim.

* * *

DIELLY SCOTT

Deixo toda a papelada em cima da mesa para poder revisar os matérias necessárias para começar a separar os equipamentos, não é tão fácil quanto parece, mas nas maiorias das vezes desenhar a planta de uma casa compromete toda minha paciência.

"Que sorriso bobo é esse Maia?" Encaro a morena entrando na sala enquanto a loirinha simpática digitava algo em seu celular, era sempre assim nesse horário, Maia estava sorrindo enquanto olha o celular, em certos momentos eu tinha inveja.

"Lynn" A namorada. Ela quis dizer. " Vamos jantar hoje..." E outras coisas.

"Só jantar? Sei." Dayane respondeu com seu típico tom irônico, toda vez que escutava a conversa delas sentia como se eu ainda fosse uma adolescente, ultimamente me sinto velha nessa saia e camisa social, nada agradável, ou sexy.

B. F. F ⭐ Amigas ⭐3Onde histórias criam vida. Descubra agora