Capítulo 13

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Corri para o banheiro e pus tudo para fora, o gosto da comida ainda estava na boca e por motivo disso não conseguir segurar no estômago, o cheio ruim do vômito estava forte que até Dielly vomitou, talvez por causa da comida, ou porque estava muito nojento, e droga, no meu cabelo!

— Dielly! — Botei tudo para fora outra vez, mas já não tinha nada no estômago, só os pedaços de resto de comida no meu cabelo que me deixou mais enjoada.

— Desculpa, desculpa, caramba tenho que sair daqui, tomar um ar. — Ela sumiu por entre o meu quarto e eu me levantei indo logo pra debaixo do chuveiro tirando as roupas e tudo mais lavando todo o meu corpo.

— Cassidy? — A cabeça de Diego apareceu e eu me tapei ao máximo, mas não deu certo. — Não há nada ai que eu não tenha visto. — Sorriu sapeca, do mesmo jeito que costumava sorrir quando ainda estávamos juntos.

— Sai daqui Diego, por favor. — Me virei e fechei os olhos, quando sentir estar sozinha voltei ao meu banho.

Nada disso teria acontecido se ele não decidisse cozinhar, graças a Deus Gabriel não estava, pois poderia ter passado mal, e meu Deus, o que tem naquela comida que embolou meu estômago de jeito.

Na próxima a comida será feita por mim, ou não... Dielly comeu... uma colher... minha menstruação era pra ter chego que dia, porque faz dois meses que eu não tomo anticoncepcionais e infelizmente eu não ando fazendo nada de mais, só que na festa, eu meio que não lembro, eu dormi com alguém, quer dizer, eu fiquei com Alencar, mas tem dias que eu ando entranha, eu sempre estou com sono, tonta, mal humorada, e enjoada.

Não Cassidy, é só coisa da sua cabeça, é simplis, a menstruação vai descer e você vai ficar chata como sempre é, ta tudo bem, você não está grávida, não há com o que se preocupar. Se pelo menos eu anotasse a merda do dia, se eu soubesse organizar essa merda, que droga e se eu tiver grávida?

Vestir umas roupas, peguei meu celular e liguei para Taila, assim que ela atendeu pedir total sigilo e descrição. Quando ela chegou minhas mãos estavam suadas e a pele do meu rosto enrugadas de tanto chorar, só não sei o motivo do choro, mas em fim eu fiz o teste, e esperei exatos minutos até ver a canetinha mostrar dois palitinhos, e no rótulo dizia que um palito é negativo e dois é positivo.

O que me parece estranho é que Taila está feliz, me parabenizando, e eu estou tão calada, não só pelo choque como pela surpresa, que merda, o que eu vou fazer com uma criança? Quem é o pai?

— Você é mamãe! — Bateu palmas e sorriu, pulou e me abraçou.

— Você esta louca! — Revirei os olhos. — Eu não posso ser mãe, que louco, deu erro!

— Que erro o que, só aceita, você vai ter um bebê!

— Um bebê?

Encarei o quarto vazio, escuro e engoli em seco suspirando, era apenas um sonho afinal, ao meu lado está meu afilhado dormindo com o dedão na boca como um bebê fofo, seu rosto demonstrava que ele estava tendo bons sonhos então fiz de tudo para não o acordar depois que me levantei.

Fui na ponta do pé até a cozinha, e abrir a geladeira procurando a jarra de água, peguei e levei comigo para alcançar os copos, quando eu já estava bebendo a água uma mão tocou meu ombro e por pouco o copo não se espatifou no chão.

— Caramba! — Ela disse assustada e não tão diferente de mim, meu coração chega bombeava mais rápido.

— Você é idiota, como é que chega assim, porque ficou calada? — Encaro ela furiosa e suspiro tentando me acalmar.

— Eu achei que fosse Taila, eu fiz isso na intenção de assusta-la mesmo. — Um sorriso apareceu no seu rosto me fazendo revirar os olhos e guardar as coisas que estavam na minha mão. — E então, não conseguiu dormir? — Ela pegou a fruta que estava na fruteira e comeu.

— Não Dielly, se estou aqui é porque não consegui dormir. — Revirei os olhos outra vez, talvez eu deva parar com isso.

— Ata. Calma sua grossa, eu só quis saber. — Ela fez careta e saiu da minha frente andando como um flash.

Talvez eu me desculpasse, quer dizer eu devo me desculpar, e ela tem os problemas dela não tem porque eu ficar fazendo grosserias com ninguém, aquilo foi apenas um sonho, um sonho no qual se tornou o meu pesadelo, mesmo que minha menstruação atrase, já tem muito tempo em que eu tenho relação com alguém e os sintomas teria aparecido a dias, e também eu não sinto que estou grávida.

Olhei para trás de mim, e não havia ninguém, olhei para a minha barriga e fechei os olhos colocando a mão ali e acariciando, esperando para ver se eu sentia qual quer coisinha, mas não, além do silêncio eu só sentia minha barriga roncar, e era fome.

* * *

Sorrir ao sentir duas mãozinhas na minha bochecha, sua voz parecia estar sonolenta e suas pernas estavam em cima de mim.

Eu abrir os olhos, encarei o ser em minha frente e sorrir abraçando o mesmo, sentirei saudades quando ele for embora, vai demorar anos para eu ve-lo outra vez.

— Madinha, a senhora ainda gosta de meu padrinho? — Ele continuou passando as mãos no meu rosto e na minha boca, até tocar em meus cabelos.

— Um pouco.

— Porque um pouco? — Ele alisou meu cabelo e sorriu.

Como eu poderia explicar para uma criança a confusão que é a minha vida, eu não sabia se dizia alguma mentira ou dava a verdade, mas poderia acontecer algo, talvez Diego tenha pedido que ele me dissesse isso, aquele idiota.

— Eu e seu padrinho, não podemos ficar juntos porque a gente não combina mais. — Encarei ele procurando qualquer resquício de dúvida, eu não gostaria de magoa-lo.

— Mas a tia Didi disse que vocês se amam assim oh. — Ele abriu os braços definindo o tamanho do "nosso" amor.

— Sim eu amo muito ele, mas agora como amigo... — Parei apenas para vê o rumo da conversa, e do porque de estarmos nela.

— Então a tia Blair pode casar com o meu Padrinho? — Ele faz cara de triste.

— Não sei querido, só se seu padrinho quiser. — Por dentro meu coração acelerava, Diego sempre foi e vai ser o amor da minha vida então falar dele só me desconcerta, mas somos tão errados.

— Eu não quelo, a Blair é insuplortável, ela não vai casar com ele. — Seus olhinhos estavam furiosos, eu apenas suspirei e o abracei forte mas com cuidado.

— Ela não vai. — Foi tudo o que eu disse, com a certeza e convicção, apesar de tudo, eu sempre vou estar aqui com ele, e se ela o maltratar eu arranco aquele aplique loiro que ela chama de cabelo.

Levanto com ele ainda em meus braços e aproveito para dar-lhe banho e o fiz escovar os dentes, quando ele terminou saiu correndo em disparada, mas eu fiquei apenas o para me arrumar, hoje eu iria trabalhar o dia todo porque não tenho aula na faculdade, prendi o meu cabelo em um coque bem feito e vestir a roupa uniforme do restaurante.

Quando sair do quarto e cheguei a cozinha, meu nome estava rolando solto por lá, e a vaca da Dielly estava dizendo muitas coisas ao meu respeito como: Ela não está namorando ninguém; Cassidy te ama rapaz. Então eu, esperta do jeito que sou entendi todas as referências, a minha amiga, trouxe Diego para cá, essa cobra.

— Falando de mim? — Eles se calaram e se olharam, Diego fingiu não ter acontecido nada, mais Dielly já se entregou com o famoso "engolir em seco".

B. F. F ⭐ Amigas ⭐3Onde histórias criam vida. Descubra agora