Capítulo 3

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''Sad eyes. Bad guys. Mouth full of white lies.'' - desconhecido.

Peter dirigiu por aproximadamente uma hora até chegarmos na cidade em que ele morava e que seria minha nova casa também. Ele estacionou seu carro em frente a uma casa grande o suficiente para que morasse uma família inteira com direito a bichos de estimação, só pela visão da garagem externa era possível ver que caberia mais do que apenas um carro ali. Olhei para o lado de fora e depois voltei minha visão para meu irmão. Ele trabalhava em um escrito de advocacia como o chefe da contabilidade e tinha certeza que não lhe pagavam mal, mas ainda assim não era o suficiente para manter uma casa daquela por mais que ele fizesse alguns trabalhos por fora.

Algo não estava certo.

- Tem certeza de que não errou o endereço? – questionei sem nem ao menos tirar o sinto de segurança ainda em volta de mim.

- Tenho – afirmou ele olhando para o lado de fora como se para ter certeza – Por que?

- Nada – dei de ombros – É só que... Essa casa é maior do que eu imaginava, como você pode morar aqui?

Analisei o rosto de Peter em busca de algo.

Ele respirou fundo se voltando para mim.

- Existem algumas coisas que você precisa saber antes de nós entrarmos – disse ele com calma esperando alguma reação da minha parte.

Permaneci calada a espera de que ele continuasse.

- Eu vivo aqui a algum tempo antes mesmo de me formar na universidade – ele me olhou com cautela enquanto eu prestei ainda mais atenção em suas palavras – A casa é de um amigo meu e nós dividimos as despesas.

- A quanto tempo?

- Desde o segundo semestre – ele deu de ombros.

Ele me pegou de surpresa e tenho certeza que nossa mãe também ficaria.

Todo aquele tempo pensávamos que Peter havia passado seus anos na universidade morando no campus, pagando o próprio quarto enquanto estudava através de uma bolsa de estudos que sua habilidade com futebol americano tinha proporcionado a ele, e agora eu estava descobrindo que na verdade ele passou menos de um ano daquela maneira.

Um nó se formou no meu cérebro.

- Bem, você tem um amigo um tanto quanto generoso não é – analisei a casa através da janela do carro.

- Na verdade ele ganhou a casa no testamento do avô.

- E então ele te chamou para morar com ele? – ergui as sobrancelhas um tanto quanto intrigada.

- Sim – Peter deu de ombros casualmente analisando minha expressão – Espere. O que você quer dizer com isso?

- Tem certeza que não está escondendo mais nada de mim?

- Eu não estou te entendendo Katherine – ele me olhou confuso.

- Peter você é gay?

- Deus Kat não! – ele soltou uma gargalhada abrindo a porta do carro.

- Você sabe que pode me contar se você tiver algo com esse seu amigo, certo? – sai do carro fingindo compaixão e contive uma risada.

- Muito engraçada você – ele riu pegando minhas malas – Alias de gay Matthew não tem nada melhor ficar longe dele apenas por precaução.

Suas ultimas palavras soaram como uma ordem em tom de aviso. Quem ele pensava que eu era?

- Eu sou uma garota comprometida não precisa se preocupar não vou roubar seu namorado – brinquei deixando a mostra o anel em meu dedo.

GREETINGS FROM CALIFOURNIAOnde histórias criam vida. Descubra agora