5 - O baile

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Abri os olhos com relutância, e tive uma visão privilegiada de cílios longos e negros. Hector estava muito próximo, de modo que eu podia sentir sua respiração calma, como se estivesse dormindo há um bom tempo. Ele estava sem camisa, o que me fez ficar com medo de ter feito algo do qual não me lembrava. Tentei me recordar da noite passada, e ao que me pareceu, ele havia cantado, e eu acabei dormindo. Respirei fundo e o olhei novamente. Toquei seu rosto para acordá-lo, e depois de alguns segundos, o demônio sorriu de um jeito terno.

— Bom dia. — Desejei-lhe, assim que vi seus olhos azuis esverdeados.

— Que bela maneira de começar o dia...

Hector fechou os olhos e sorriu novamente.

— Vamos, Hector, levante...

Eu me levantei e caminhei até a janela, abrindo a cortinha para ver o movimento do castelo, lá embaixo. Ao me virar, notei que o demônio me encarava dos pés à cabeça, corei na mesma hora, pois estava apenas com uma camisola fina.

— Só para constar, prefiro você vestida assim.

— Só para constar, você não tem que preferir nada. — Retruquei, e arqueei uma das sobrancelhas. — Agora, levante.

— Não, aqui está bom.

Hector fez uma careta e deitou-se novamente.

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Então, calmamente eu fui até a cama e subi ao seu lado, toquei seu ombro, fazendo-o abrir os olhos, fingi que lhe daria um beijo e o empurrei, foi muito fácil derrubá-lo, uma vez que o demônio galanteador estava com a guarda baixo. Comecei a rir ao vê-lo espantado, como se não tivesse entendido o que havia acontecido. No entanto, quando ele percebeu, seus olhos me encararam com malícia, e num impulso, levantei-me da cama e corri para a porta, mas já era tarde demais, ele me alcançou, e pegando-me no colo, jogou-me na cama, posicionando-se em cima de mim, prendendo-me embaixo dele, e eu fui obrigada a receber cócegas, não conseguia parar de rir, eu odiava aquilo, mas ao mesmo tempo, fazia-me bem. Tentei sair várias vezes, mas foi inútil, ele era mais forte do que eu.

— Hector! — Consegui dizer entre risos. — Pare!

— Aguente as consequências de seus atos, Leãozinho.

Então, em meio às cócegas, sua mão desce um pouco mais, parando em minha coxa, ele a apertou e encarou-me intensamente, deitando-se sobre mim em seguida. Sua mão quente continuava a alisar minha perna, e seus lábios foram de encontro ao meu pescoço, depois, desceram até o meio dos meus seios. Minha respiração já estava entrecortada, e ele sorria. Passei minha mão por seu rosto, em seguida, toquei seu lábio com o polegar. Hector se abaixou e depositou um beijo em minha testa, depois no nariz, e quando seus lábios estavam prestes a encontrar os meus, alguém bateu à porta. Ele se levantou rapidamente, e passou as mãos entre os cabelos escuros.

Herdeiros (livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora