25 - Adam

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Revisado por Maryane Filgueiras

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• Avisos importantes na nota final •

Saio da casa de Louisa, dessa vez pela porta, já que ela jurou que realmente não tinha ninguém ali, e chego em casa antes mesmo da meia-noite.

O que fizemos essa noite foi incrível e extremamente gostoso, e tenho certeza que foi um grande passo para Louisa. Quando ela me mandou aquela mensagem, eu não hesitei e fui correndo para a sua casa, achando que o que ela queria era resolver as coisas entre nós. Jamais imaginei que ela estaria pronta para se entregar para mim daquela forma. Fiquei com receio de fazer algo que ela não gostasse, confesso. Lidar com garotas como Louisa é algo novo para mim. Digo, eu nunca tirei a virgindade de ninguém, mas sei que precisa ser um momento especial e delicado. Fiquei feliz com a escolha dela de ir com calma e ir se descobrindo aos poucos, ao invés de ir direto para o sexo. Louisa se demonstra ser uma mulher delicada na maior parte do tempo, mas há momentos incríveis em que ela se torna extremamente confiante e corajosa, e isso é uma das coisas que eu mais admiro nela. Saber que ela confia em mim dessa maneira, faz com que eu tenha mais vontade de insistir na nossa relação, apesar de saber que é algo quase impossível. Droga, isso tudo só faz com que eu fique ainda mais viciado nela.

Chego em casa e encontro minha mãe gargalhando em frente a TV enquanto assiste um de seus programas de culinária favoritos. Fecho a porta e me jogo ao lado dela no sofá.

- Eu tenho uma coisa para te perguntar. - Escuto minha mãe falar e solto um suspiro, já me preparando para o maldito interrogatório.

- O que foi? - Pergunto.

- Você está com cara de quem aprontou e gostou, mas eu não quero saber sobre isso agora. Quero saber se você sabe se o Pat está saindo com alguém. - Ela dispara, me surpreendendo.

- Ele saiu com alguém esses dias, mas não sei de nada além disso, por que? - Pergunto curioso.

- Porque a camisa dele estava suja de batom e estava cheirando a perfume feminino. - Ela diz, quase em um sussurro, como se estivesse me contando a grande a fofoca do ano. Encaro-a e começo a rir da sua reação.

- Isso é bom, não é? - Falo.

- Claro que é. Eu achei que ele ia ficar para sempre na friendzone com a Louisa.

- Friend o que? De onde você tirou esse termo, mãe? - Pergunto incrédulo e ela ri.

- Como você é chato, Adam. Eu aprendi com a nossa vizinha que você insiste em dizer que é tarada.

- Ela é tarada mesmo, você que não quer notar. Falando nisso, o dinheiro que eu te dei deu para suprir todas as contas pendentes?

- Deu sim. Me desculpe por isso, filho.

- Pare de falar besteiras, mãe! Nem tente discutir sobre isso novamente. - Falo irritado. Detestava quando minha mãe queria recusar meu dinheiro.

- Você precisa ter um pouco desse dinheiro para você, filho. Eu já lhe disse que essas lutas não oficiais são perigosas, e se algo acontecer...

- Mãe. - Digo calmamente e seguro suas mãos. - Nada vai acontecer, ok? Infelizmente é isso que eu gosto e pretendo fazer pelo resto da minha vida.

- Eu sei, meu filho. Eu sei e quero ver você fazendo o que gosta. Eu só me preocupo demais.

- Vai ficar tudo bem, mãe, não tem porque se preocupar. - Digo, tentando tranquiliza-la.

Decido não comentar nada sobre Louisa, afinal, isso só irá deixa-la mais preocupada. Apesar de saber que ela gosta da Louisa, eu sei que no fundo ela tem receio de que nós dois tenhamos alguma relação. Eu não sei o que aconteceu entre minha mãe e a mãe da Louisa, mas ainda vou descobrir. Isso não pode ser apenas uma questão de classes sociais.

Com amor, Louisa.Onde histórias criam vida. Descubra agora