Bônus: Lilian

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Lilian: Mãe do Adam e Patrick.

Audrey: Mãe da Louisa

Henry: Pai da Louisa.

Atenção: Esse é apenas um capítulo bônus, portanto, Adam, Patrick e Louisa ainda não sabem sobre essa história. Está na hora de vocês descobrirem um pouco sobre o passado das mamães <3

Ps: Me desculpem por qualquer erro, o capítulo ainda não foi revisado.

Essa não é uma história de amor. 

Essa é a história de como eu conheci o amor e como ele foi arrancado de mim da maneira mais suja. 

A maioria de vocês não sabe, mas eu e Audrey crescemos juntas. 

Desde criança, eu tive que aprender a tratar Audrey como uma rainha, afinal, era a família dela quem sustentava a minha. As regras eram claras: Eu deveria sempre fazer qualquer coisa que ela mandasse, e deveria sempre exaltá-la, caso contrário, toda a minha família iria para a rua. 

Meu pai era o mordomo da casa dos Smith's, enquanto minha mãe era a cozinheira. Meus irmãos também cresceram sobre esse lar, porém, a responsabilidade de ficar sempre com Audrey era minha, pelo fato de termos a mesma idade. 

Por um tempo, eu achei que Audrey era minha melhor amiga. Ela sempre me ajudou em tudo e me dava tudo. Foi ela quem pediu para seus pais me matricularem na mesma escola chique que ela, e era ela quem me dava todo material e roupas de rico. Por um tempo, ela também me tratava como uma rainha, da mesma maneira como eu a tratava. Portanto, isso só durou até o auge da da nossa adolescência, até ele aparecer. 

Outra coisa que eu também sempre soube era que os Smiths eram a segunda família mais rica e poderosa de Lake Charles, a primeira era a Evans. 

No primeiro ano do ensino médio, ele voltou de Nova York e começou a estudar na mesma classe que eu e Audrey. Henry Evans era o que todas garotas chamavam ''deus grego'', afinal, ele era mesmo.  No instante que eu o vi, eu tive a mesma reação que as demais garotas de todo o colégio: Eu fiquei babando. 

Porém, diferente delas, eu sabia que jamais poderia me apaixonar por ele, e que ele também jamais olharia para alguém como eu, a capacho de Audrey Smith. 

Muito clichê, eu sei. 

Por mais que eu tentei evitar, eu não consegui. Aos poucos, eu estava me rendendo ao charme de Henry. Aos poucos, eu me pegava encarando-o e tentando saber algo sobre a vida dele. Audrey não estava muito diferente, ela estava completamente obcecada por ele. 

Mas então teve um dia que Henry veio até mim. Eu estava sozinha, estudando algo na biblioteca, quando ele veio até mim. Ele se sentou ao meu lado e nós ficamos conversando a tarde inteira, e no final, ele ainda me ofereceu uma carona e uma parada para tomar sorvete, mas eu recusei no mesmo instante. Sabia que Audrey ficaria furiosa se soubesse que eu troquei meras palavras com ele. 

Com o tempo, eu vi Audrey piorando e se tornando uma pessoa horrível. Henry tentou vir atrás de mim várias vezes, mas eu sempre dava um jeito de fugir. Logo Audrey percebeu que ele estava interessado em mim e que eu nutria o mesmo sentimento, e foi então que minha vida começou a virar um inferno. Além de me ameaçar, ela também ameaçava meus pais, e fora isso, ela fazia questão de me humilhar na frente de todos da pior maneira possível. Me lembro bem de suas palavras rudes e de suas atitudes egoístas, enquanto todos riam de mim.

Para mim, estava sendo difícil esconder meu amor por Henry e resistir ao mesmo, e foi por isso que eu expliquei tudo para ele. Ele nunca me julgou por eu ser quem eu era, diferente de Audrey, que era mimada e egocêntrica demais, e eu sempre achei que os dois seriam parecidos. Henry se declarou para mim inúmeras vezes, e então nós começamos a nos encontrar escondidos de todos. Tudo estava sendo perfeito. Henry sempre fora perfeito comigo, e até hoje guardo minhas boas lembranças que tenho com ele. Todas as minhas primeiras vezes foram perfeitas e foram com Henry. Com o passar do tempo, já estávamos até planejando nossa fuga e nosso futuro perfeito longe de ameaças. Entretanto, com o passar do tempo, Audrey também acabou descobrindo sobre nós, e então todas as ameaças voltaram. 

Ela estava completamente enlouquecida e obcecada, e não aceitava o fato de eu e Henry estarmos apaixonados. Ela me fez ameaças terríveis, mas eu nunca acreditei que ela fosse capaz de concluir alguma delas, mas a verdade é que eu nunca deveria ter duvidado dela. 

Certo dia, depois de passar uma tarde com Henry, eu cheguei na casa dos Smiths e tudo estava silencioso demais. Não estranhei, afinal, minha mãe havia saído para fazer compras e os pais de Audrey estavam viajando. Mas foi então que minha vida perdeu o rumo. A partir do momento que eu vi meu pai desacordado e jogado na escadaria, minha vida perdeu todo o seu rumo.

Eu entrei em desespero. Tentei acordá-lo a qualquer custo, mas nada adiantou. Comecei a gritar e chorar por ajuda, mas ninguém apareceu. O único barulho que ouvi foi o da voz de Audrey falando com alguém no telefone. Ainda desesperada, me lembro bem de ter chamado a emergia e de ter escutado sozinha a notícia de que meu pai havia falecido. 

Depois desse ocorrido, minha vida nunca mais foi a mesma. Eu nunca aceitei o fato de que Audrey havia feito aquilo comigo e minha família. Nunca aceitei o fato de que nunca foram encontradas provas para incriminá-la. Nunca aceitei o fato de que Henry fora obrigado a se casar com ela. Eu nunca superei a dor e a falta que meu pai fazia. Nunca consegui entender como Audrey fora capaz de fazer tamanha crueldade. 

Eu e minha mãe saímos de imediato da casa dos Smiths e ficamos morando de favor na casa de uma conhecida dela, até termos dinheiro suficiente para pagar algum aluguel. Eu comecei a trabalhar em um bar e minha mãe como empregada em outra casa. No bar, acabei conhecendo Peter, um cara que aparentava ser uma boa pessoa, e mais tardar ele acabou virando meu marido e pai dos meus filhos, mas mesmo assim, eu ainda não estava feliz. A única coisa que me fazia feliz eram meus filhos. Eu gostava de Peter, e ele me colocou em boas condições, mas jamais conseguiria amá-lo.

Quando eu achei que estava restabelecendo minha vida, afinal, havia conseguido um bom emprego como secretária, tudo começou a decair novamente. Peter começou a beber com frequência, até se tornar um alcoólatra e um viciado em drogas, e mais tardar, eu acabei me tornando uma vitima de violência doméstica. Eu pensei que o show de horrores nunca acabaria, pois além de me agredir, ele ainda ameaçava agredir meus filhos. 

Por um tempo, ele conseguiu voltar a ficar sóbrio, mas foi só os meninos crescerem que ele voltou para os antigo vícios. Adam, que era o maior, sempre tentou proteger e defender Patrick e eu. Sempre tentou manter Patrick afastado de todos os problemas. Sempre fora muito corajoso e enfrentou tudo por nós, como continua fazendo até hoje. 

Mas teve um momento que Peter começou a fazer mal a todos nós, e quando eu estava desacreditada e pronta para fugir mais uma vez, ele simplesmente foi embora. Eu fiquei sem reação, mais uma vez, até perceber que isso fora o melhor para todos nós. Foi a única oportunidade que eu, Adam e Patrick encontramos para recomeçar, e estamos tentando seguir em frente até hoje. 

Eu nunca contei isso para os meus filhos, pois nunca quis que eles soubessem, mas a partir do momento que Louisa apareceu na vida deles, tudo mudou, e então eu comecei a sentir medo novamente. 

Espero que tenham gostado ♥

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Com amor, Louisa.Onde histórias criam vida. Descubra agora