Dix-sept

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No hospital. Ruby acabava de acordar, não sabia onde estava só sabia que onde estava era tudo branco, olhou para baixo e viu uma agulha injetada em seu pulso e uma roupa azul. Alguns flashes da noite passada passavam pela sua cabeça e lembrou de tudo.


Phoebe a dopou.


Não queria mais pensar naquela mulher mas como a vida é ela estava em sua frente com a cabeça baixa. Ruby se levantou um pouco pela dor de cabeça e Phoebe a viu tomando um susto.


- Você acordou - fala a loira baixinho. Ruby revira os olhos e responde. - Porque está aqui? - sua voz não era convidativa e sim furiosa.


- Olha eu sei que eu errei em ter feito aquilo com você... E-eu posso explicar... - Ruby interrompe a fala da loira. - O que você pode explicar? O fato que me dopou? Ou quase cometeu abuso sexual? - Ruby fala e se levanta.


- É-é que... - a fala de Phoebe se perde e Ruby dá um risinho vitorioso. - Agora estamos quites não é? - Ruby comenta, a loira a olha sem entender com medo de que vai ouvir.


- E-eu não e-entendi.


- Você me ameaçou de ir contar a polícia de que estava abusando de minhas alunas e ás molestando... Mas você fez uma coisa muito mais grave, me abusou sexualmente e me dopou. Isso dá quantos anos de prisão? Hmm... Uns 6 anos ou mais? - Ruby diz indo mais para perto de Phoebe.


- Você não ousaria! - exclama Phoebe com seus olhos agora vermelhos de raiva. - Sim, me atreveria, só que estou disposta a fazer um contrato com você - brinca a professora.


- Então o jogo virou - fala Phoebe olhando para o chão por estar perdendo.


- Totalmente - responde Ruby. - Este contrato é eu ficar com qualquer um, QUAL-QUER um e não faço um boletim de ocorrência contra você ou algo mais grave como processo, eu sei que de baixo desse seu luxo, você não tem nada - acrescenta. Phoebe a olha e assenti, Ruby para se gabar mais estende seu braço para ela cumprimentar. - Agora fechamos esse negócio, e nada de me procurar de novo - Phoebe sai batendo seus grandes saltos pelo chão e Ruby se vê livre, agora poderia ver seu amor, seu bem precioso, sua babygirl.


Uma médica entrou e falou para Ruby se deitar, ela fez o que ela pediu e adormeceu. Do outro lado da porta era Demi, que vinha com um sweater azul claro, uma legging cinza escrito na coxa direita, ''for lolitas'' e uma bota preta. Estava esperando sua vez para ver Ruby.


- Demetria Devonne? - o médico chamou, a garota levantou o braço e ele acenou para entrar no quarto onde Ruby estava. - Ela está bem, adormeceu agora pouco, mais tarde eu posso mandar ela para casa - afirma o doutor.


- Obrigado - Demi agradece. Agora que o médico foi embora ela estava só com sua professora. Se sentou em sua frente e a ficou olhando, não sabia o que fazer.


- Olha eu sei que você não está em coma e nada disso, só está dormindo... M-mas queria falar muitas coisas para você só que tenho muita vergonha, eu sei que agora você me odeia ou eu não sou importante para você... Só que eu s-senti muitas saudades de você, você cuidava de mim, me beijava e fazia carinho e eu amava seus beijinhos - os olhos da garota já estavam marejados, mas não queria parar agora. - eu não sentia isso que estou sentido, é igual estar com dor de estômago mas uma forma boa, meu coraçãozinho não batia tão rápido igual quando estou com você e minhas bochechas não ficavam tão vermelhas. Eu perguntei para Laur o que era isso que estava sentindo, e ela disse que era paixão, não sei o que é isso, mas quando você acordar quero que você me explique sobre isso, para eu entender melhor e para eu passar para você, porque quero que você se sinta igual a mim, uma confusão. - Ruby não estava escutando isso pois estava cansada demais e estava dormindo profundamente por causa dos remédios, mas se estaria em sã consciência ali, escutando a menor falaria que se sentia assim, mesmo com sua idade se sentia assim, como Demi falou. Uma confusão.


Minha juventude, minha juventude é sua
Passeando pelos céus, bebendo água em cachoeiras
Minha juventude, minha juventude é sua
Vamos correr agora e pra sempre


Porque nós não temos tempo para envelhecer
Corpo mortal, almas eternas
Cruze os dedos, aqui vamos nós.


O tempo de visita de Demi já tinha acabado então foi para casa, ficou assistindo programas com sua irmã para passar o tempo, pensou em ligar para Lauren ou para as garotas mas elas estavam em aula, foi para o seu quarto e ficou mexendo no computador.


***


Pov Ruby


Acordei com um senhor de meia idade me chamando, ele era segurança do hospital pelo seu cracha.


- Com licença, eu acho que você devia ver uma coisa - o senhor fala com sua voz cansada, Ruby não estava entendendo mas assentiu e seguiu o homem. Eles chegaram em uma cabine que tinha várias imagens do hospital inteiro, o senhor apertou em uma pasta e Ruby estava no vídeo. Era a filmagem de mais cedo quando foi dormir, chegou um médico e viu uma garota entrando também. Era Demi. Ficou surpresa e sorriu. Ela sentou em seu lado e ficou a olhando, e então começou a falar algumas palavras, o homem aumentou mais o volume e se emocionou, sua garotinha estava crescendo.


''Não sei o que é isso, mas quando você acordar quero que você me explique sobre isso, para eu entender melhor e para eu passar para você, porque quero que você se sinta igual a mim, uma confusão.'' - essas eram as palavras de sua garota.


- Eu também te amo minha princesa - murmurou secando algumas lágrimas que haviam caído. O vídeo acabou e o senhor estava sorrindo, não era mais um daqueles nojentos, que só cirticam o amor dos outros, era um homem de coração bom. - Muito obrigada por me mostrar isso - Ruby responde.


- Que nada, só encontre essa garota o mais antes possível - o homem chamado Paurl responde.


E isso que Ruby ia fazer.

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