Com o carro em movimento, William pede o endereço dela seguindo para a casa de Lia.— Você não devia ter saido nessa chuva.- ele diz num tom sério, ainda estava um pouco desconcertado ao lembrar que queria beija-la.
— Eu não podia ficar lá.- ela diz baixinho.
Liana estava constrangida e com muita vergonha. O momento de antes não saía da sua cabeça.
— Vai acabar ficando resfriada, esta toda encharcada. Esta com frio?.- ele pergunta, desviando um pouco seu olhar pra ela.
— Não, eu estou bem.- responde, mas era mentira, ela não estava bem, suas mãos doíam, estava com muito frio e estava molhada e suja.
Não convencido da resposta dela, ele liga aquecedor para diminuir o frio.
— Desculpa por esta sujando o seu carro, eu estou imunda.- ela diz, mexendo nos seus cabelos de leve.
— Não tem problema.- ele diz.
Logo em seguida outro trovão é ouvido, o que faz Liana se encolher mais ainda no acento e fechar os olhos com força, levando sua mão ao seu peito.
O sinal de trânsito havia fechado, então ele à olhou.
A blusa branca dela estava encharcada e colada no corpo dela, os seus cabelos negros cacheados, estavam grudados no pescoço dela, a pele dela era uma mistura, o que o fez lembrar de café com leite.
Ele estava fascinado com a beleza simples e natural dela.
— Tem medo de tempestades e trovões?.- ele quis saber, fazendo ela abrir os olhos e virar-se para ele.
— Não me trazem boas lembranças.- ela diz, e a sua voz sai arrastada. Ele notando isso, prefere não aprofundar no assunto.
O sinal ainda estava fechado, então ele à olhou novamente.
A verdade era que ele queria guardar cada detalhe dela pra ele, mas então ele notou as mãos dela.— Eu já disse que você precisa de outra cadeira.- ele diz, e segura as mãos dela, ela o olha surpresa com a atitude.
Esse ato faz com que ambos sentisse uma eletricidade com o toque, uma eletricidade conhecida por ela, que o amava e, desconhecida por ele que, não sabia o que sentia.
Mas mesmo assim ele continuou mantendo o toque, começou a analisar as mãos dela, percebendo o quanto estavam cheias de calos e descuidadas.
— Estão muito machucadas, como aguenta empurrar sua cadeira de rodas?.
— Não tenho muitas opções.- ela diz.
— Perdão.- ele pede, ao notar que foi indelicado com a pergunta.
— Sem problemas.- ela diz, ele ainda segurava as mãos dela.
— Por que ainda não comprou outra cadeira de rodas?.- ele à questiona.
— por que não dá.- ela responde, tirando suas mãos das dele, o sinal abre, e ele põe o carro em movimento.
— O que você recebe por acaso é pouco?.- de novo ele pergunta, por que o salário que ela recebia não era muito mas não era pouco e, ele sabia disso.
— Não.- ela responde.
Ela nunca poderia imaginar, que algum dia estaria no carro do seu chefe, conversando normalmente com ele.
Talvez isso seja sorte.
Ela pensou, dando um sorriso.
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Proposta De Amor(Completo)
RomanceEstá História é totalmente fictícia! Ele sofreu a dor da perda de um grande amor, trancando o seu coração para não amar de novo. Ela é insegura de si, por mais que se mostre forte por fora, por dentro é uma garota frágil. Além de viver com pessoas p...