phone call.

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Ligação ON
Jimin P.O.V

Alô?” disse cerca de três vezes, mas a pessoa na outra linha continuava calada. Repeti mais uma vez a palavra, acrescentando um “Quem é?”, dessa vez.

Eu ouvia apenas um barulho, parecia como quando gravamos algo num lugar com muito vento, e ficam certos ruídos no áudio. Enquanto pensava sobre isso, a pessoa desligou, e logo pode-se ouvir apenas “beep-beep”.

Passei um tempo pensando sobre essa ligação, mas logo fui dormir, pois já estava ficando tarde.

Acordei cerca de 2 horas depois, o celular tocando novamente. Atendi com certa raiva.

—Quem é? Dá pra responder?— quase gritei. Ninguém merece ser acordado por alguém passando trote. Senti um leve arrepio na espinha quando ouvi soluços.

Alguém estava chorando.

Pensei rápido demais e disse;

—J-Jungkook?— e a ligação foi terminada.

Eu sei onde ele está.

Corri até meu closet e peguei um casaco bem grosso, era de madrugada por isso o frio estava de matar. Em seguida saí correndo, mal fechei a porta.

Espero que eu esteja certo.

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Quando já estava perto o suficiente do farol sorri, ao ver uma silhueta de costas para mim, num casaco cinza. Não tenho certeza se é ele, mas ainda tenho esperanças.

Subi as pequenas escadas do farol e quando me aproximei do moreno, meu sorriso se desfez.

—J-Jungkook... Porque seus olhos estão dessa cor... Porque suas presas... O que está acontecendo?— disse com a voz falhando, enquanto lágrimas ja tomavam conta do meu rosto.

Ele estava chorando, seus olhos estavam num tom de azul surreal, ele tinha presas... Parecia surpreso ao me ver, e começou a chorar ainda mais devido à minha presença.

—Você sabe, Jimin, você sempre soube.— ele disse se aproximando da cerca do farol, se pulasse dali, cairia direto no mar e, se não soubesse nadar, era morte na certa. Queria pedir para ele se afastar dali, mas não conseguia pronunciar uma palavra, devido à frustração, e o nó que se formava na minha garganta.

—Pense... Você sabe que você sempre soube, você só não queria acreditar... Você só não queria acreditar que...— o interrompi, numa voz embargada.

—Não diga isso!— o puxei pela gola da camisa, mas ele logo afastou minha mão e sentou-se no chão.

—Jimin... Não adianta querer ignorar a verdade, ela vai sempre estar aqui... Pra tirar o sorriso do rosto de qualquer um.— disse, quase inaudível, sua voz fica baixa quando chora.— Olha nos meus olhos.— ele pediu e eu o fiz. —Eu te amo.— entrei em choque quando o mesmo disse isso, Jungkook nunca dissera que me ama, eu apenas disse que o amava enquanto ele estava dormindo, por isso ele nem deve ter ouvido...

Ele se aproximou de mim e tocou meu rosto, foi como se uma rajada atingisse meu corpo, Jungkook tinha esse efeito sobre mim. Colocou uma mão em cada lado de minha bochecha e se aproximou.

Não sabia se deveria deixa-lo fazer aquilo ou não mas, quando vi, já estávamos com os lábios juntos. Não foi algo que durou muito, logo Jungkook estava na minha frente, de costas para a cerca, e enquanto olhava pra mim, sorriu, dizendo:

—Eu sou vampiro.— e se inclinou para que caísse, me aproximei dele, o puxando, mas nisso, acabei trocando de lugar com ele e assim, caindo.

Eu não sei nadar...

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bittersweet;; jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora