bittersweet;; jikook

my bestfriend.

Jungkook P.O.V

Não sei onde estou.

Minhas mãos foram de encontro ao tecido onde estava deitado, estava numa cama. Mordi o lábio inferior, provavelmente numa cama de hospital.

Mas não havia vozes como da última vez.

Estava um silêncio completo. Pode ser que, talvez, eu não esteja no hospital. Abri os olhos lentamente para finalmente, ver onde estava. Minha visão estava bem embaçada, devo ter passado um tempo aqui.

Pisquei várias vezes até que minha visão se acostumasse com o ambiente e sentei-me na cama. Estava num quarto, a cama era de solteiro, talvez seja um quarto de hóspedes. Mas de onde?

Meus pensamentos foram interrompidos com lembranças da noite passada. 

Jimin...

Taehyung.

Não é possível que só eu tenha sobrevivido. 

Olhei para meu braço e tirei a agulha, que parecia estar me alimentando com sangue. Fiquei fraco no mesmo momento, mas não me arrependi. Em um segundo, já estava a abrir porta do quarto. 

Nunca estive aqui.

Franzi o cenho quando vi Dahyun aparecer no corredor, ela então veio em minha direção sorrindo. Por que ela estava sorrindo?

  — Você acordou! — disse. Em seguida tentou me abraçar, mas desviei.

  — Jimin? Taehyung? — perguntei e a morena pareceu se desanimar um pouco. Olhou para baixo e murmurou:

— É melhor vir comigo.

Seguimos pelo corredor até parar numa porta branca, deve ser outro quarto de hóspedes.

— Ele ainda não acordou... Acho que você não vai gostar muito do que... — a interrompi.

— Ele? Taehyung? — indaguei. Deduzi que era TaeTae pelo fato que não sentia o cheiro doce do sangue de Jimin, mas...

  — Não.— disse ela. Olhei-a com a testa franzida. — É Jimin. Eu disse que você não ia gostar porque...— não esperei que Dahyun terminasse e abri a porta num movimento brusco, entrando em seguida.

Parei observando Jimin na cama. Passei os olhos pela sala e mordi o lábio inferior ao ver que o mesmo estava tomando sangue pelas veias, assim como eu estava antes.

Eles transformaram Jimin em um de nós.

Não sei se acho isso bom ou ruim... Não importa, Jimin está vivo, bem, de uma certa forma...

Me aproximei do mesmo e sorri enquanto tocava seu rosto. Toquei seus lábios, que agora eram gélidos, com o polegar.

Dahyun entrou na sala e resolvi perguntá-la, só para confirmar:

— Taehyung... Realmente...— minha voz saiu fraca, trêmula; era quase impossível evitar. A garota não respondeu na hora, apenas me olhou e abaixou a cabeça. Agora olhando para Jimin.

  — Chegamos tarde demais, Taehyung já estava muito fraco, as lesões foram bem piores do que as de Jimin, sabe? A Yoona partiu ele no meio. — explicou. Olhei-a assentindo, estava tentando ser forte, mas as lágrimas começaram a escapar dos meus olhos.

  — Como vocês sabem que Jimin está vivo? Quero dizer, não dá pra saber...— ela me olhou e deu de ombros. Pegou o braço esquerdo de Jimin, me mostrando algumas mordidas, provavelmente feitas por ela.

— A esperança é a última que morre, não?— sua voz soou angustiada, enquanto forçava um sorriso. Assenti enquanto enxugava as lágrimas que insistiam em molhar minhas bochechas.— Ele pelo menos se curou, a fratura não era tão grande também, quer dizer... Ele pode estar vivo, mas não sabemos se ele vai acordar. 

Minhas mãos foram de encontro as de Jimin, que estavam tão geladas quanto as minhas. Com a outra mão, acariciei seu cabelo, que estavam num tom rosa claro.

 — Pintaram o cabelo do Jimin?— perguntei.

— O laranja estava todo desbotado, e ele já comentou comigo há um tempo atrás que gostaria de pintar de rosa...— justificou a garota. Assenti enquanto continuava acariciando os cabelos macios do mesmo. — Vou deixá-los à sós.— agradeci me curvando minimamente e a menina então se foi.

Assim que a mesma fechou a porta do quarto minha ficha caiu.

TaeTae... Meu melhor amigo... Está morto.

Minhas pernas ficaram bambas e eu logo tratei de me sentar na cama, ao lado de Jimin.

Agora que Dahyun não estava aqui, podia chorar. Se Jimin estivesse acordado ele choraria comigo também.  Me deitei ao lado do menino de cabelos rosa e desabei, enquanto segurava sua mão, entrelaçando nossos dedos. 

  — Tenho chorado muito esses dias, Jimin.— comecei a conversar com o mesmo, na esperança que ele abrisse os olhos de repente. — Por favor, não demore para acordar...— pedi, mesmo sabendo que o mesmo não estava ouvindo nada.

Me sentia um tolo de conversar com ele quando o mesmo nem ao menos estava acordado. Mas ao mesmo tempo não me importava, isso me ajudava a afastar pensamentos negativos. 

Elogiava o cabelo rosa de Jimin enquanto olhava para o teto quando ouvi batidas na porta. Não pude evitar revirar os olhos, o que é dessa vez?

Me levantei e abri a porta para... Hoseok?

— O que faz aqui?— perguntei e o moreno não me respondeu, passando bela brecha da porta e entrando no quarto. Olhou para Jimin e logo em seguida veio para cima de mim, sem mais nem menos, começou a me bater...

— Você transformou o Jimin em um de vocês?— parecia desesperado, seus socos não doíam; ele estava fraco. Não parecia machucado fisicamente, é claro... A dor emocional deve estar o afetando.

— Não fui eu.— respondi rapidamente, desviando de outro soco do mesmo. Então ele parou, olhando-me sério, então foi até Jimin, se sentando na ponta da cama. 

— Então quem... Dahyun?— perguntou, com uma sobrancelha arqueada. Assenti.  — Imaginei que ela faria isso.— disse ele, sua voz estava rouca e seus olhos inchados... Provavelmente estou assim também. 

— Pelo menos ele sobreviveu, isso é o que importa.— o moreno fez um som com a boca, olhei-o esperando uma resposta para o motivo do ato e o mesmo deu de ombros.

Hoseok tocou a barriga de Jimin, procurando ferimentos e em seguida olhou para as mãos, que não se encontravam molhadas de sangue, como era de se esperar.

— Isso não quer dizer muita coisa, Jeongguk.— obrigado pelo apoio, Hoseok...  — Desculpe.— ele disse, percebendo minha expressão triste. — Esses dias acho que não estou pensando muito antes de falar ou agir... Afinal, não estou bem.— assenti.

 — Tudo bem, entendo.— disse e ele mexeu a cabeça, negando.

— Não, você não entende, Jeongguk... O Jimin pode ainda estar vivo. E eu... Vi o Taehyung morrer na minha frente e não pude fazer nada! — gritou Hoseok, ou pelo menos tentou, sua voz estava demasiada fraca. 

Não respondi Hoseok, ele estava num momento delicado e o que menos queria era que seu amigo brigasse com ele.

— É estranho te ver sem sorrir.— comentei, tentando fazê-lo parar de chorar e o mesmo apenas esboçou um sorriso de lado. — Hobi, O que aconteceu com Yoona? Não consigo me lembrar...— perguntei, enquanto me sentava ao seu lado. O garoto apenas me lançou um olhar... 

Que fez com que uma série de flashes da noite que tudo aconteceu passassem pela minha cabeça. 

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eai gnt rs

poucos caps pra bittersweet acabar trist n qro me despedir

tenham um bom dia flw