bittersweet;; jikook

kagune.

eu sei q eu disse q ia att naquele dia lá mas aconteceu q eu comecei a reescrever o cap pq não tava gostando, enfim... aproveitem

Jungkook P.O.V

O fato de eu estar desesperado para salvar meu amigo, me permitiu arriscar-me no mundo dos humanos um pouco.

Olhei outra vez para Jimin, que agora se encontrava em minhas costas e pedi para que o mesmo se segurasse mas forte, ele o fez; apertando mais o abraço por trás.

Então minha velocidade fez todo o trabalho, o fato de eu estar ansioso, fez com que minha velocidade ficasse ainda mais rápida do que já era.

Quando chegamos na frente da casa de Taehyung, Jimin desceu de minhas costas, parecia meio tonto. Queria rir, mas estamos no meio de uma situação aqui. Então dei uns tapinhas nas costas do mesmo e depois de um tempo, parecia menos tonto.

—Jimin, vamos!— disse e o ruivo assentiu, segurando minha mão. Andamos em direção à porta dos fundos, não seríamos burros o suficiente para entrar pela porta da frente.

Tentamos ouvir alguma coisa, mas como não ouvíamos nem ao menos um ruído, decidimos entrar. Coloquei o dedo indicador em frente aos lábios, para indicar que Jimin ficasse calado; ele então assentiu.

Entramos tentando fazer o menos de barulho possível, como não parecia haver nada acontecendo na cozinha(que era onde estávamos), Jimin gesticulou para que sobissemos.

O ruivo foi na frente e fui seguindo-o, enquanto ficava atento à qualquer barulho.

Olhava pra baixo em quando subia as escadas, mas logo em seguida um barulho veio de onde Jimin estava e meu rosto virou-se imediatamente.

Ah não...

—Olá, Jeongguk... Sentiu minha falta?— nunca pensei que fosse ouvir aquela voz arrastada de novo. Yoona estava com uma faca no pescoço de Jimin, olhei-a com os olhos arregalados.

—Sua...— riu, me fazendo parar de falar.

—Creio que me xingar não vai ajudar seu namoradinho...— disse. Me fazendo olha-la com mais ódio, se é que é possível. Ela apertou mais a faca no pescoço do ruivo, me fazendo morder o lábio inferior, nervoso.

—Solte-o!— exclamei meio que sem perceber, desesperado.

—Com uma condição...— disse, arqueando a sobrancelha. Odeio as condições dela, mas ao olhar para o rosto de Jimin, que se encontrava preocupado: assenti.

—Diga, então.— falo. Deu de ombros e soltou Jimin, jogando-o no chão. Fui até o mesmo e antes que eu pudesse pelo menos perguntar se ele estava bem, a morena me puxou.

—Você vem comigo!— disse, olhei para Jimin com as sobrancelhas franzidas, ele fazia que não com a cabeça, para que eu não fosse...

Eu não poderia lutar com ela, lembro da vez em que vi pela primeira vez... Sua mão pesava dez vezes mais que a minha.

Eu, pelo menos, não.

Espero que Taehyung também tenha pensado nisso.

—Vamos.— digo, olhando para meu namorado e piscando em seguida. Quando terminamos de descer as escadas, me afastei quando ouvi um som vindo da cozinha.

Yoona parecia não ter ouvido nada.

Ouvi um uivo, e em seguida um lobo completamente negro entrou no cômodo onde estávamos. Era maior do que um lobo normal, e seu focinho era um tanto quanto menor.

Seus olhos? Verdes.

Lembrei do dia em que estávamos no prédio do conselho, e Hobi ficou com os olhos nessa mesma tonalidade.

Sorri de lado olhando-o, enquanto o mesmo se aproximava. Nunca pensei que fosse ver um lobisomem de verdade, em plena luz do dia.

Lobisomens tem uma força excepcional, sim... E a Yoona parecia estar bem intimidada, possuía uma expressão um tanto quanto pávida na face; seus olhos estavam levemente arregalados.

Mas então a mesma descansou os olhos, acho que ela estava querendo parecer forte. Agora tinha um olhar intimidador, enquanto o Hoseok, agora transformado, se aproximava. Tinha que ajudá-lo também, sozinho ele não conseguiria derrubá-la. 

Mas assim que tentei me aproximar dela o Jung parou. Continuou me olhando, parecia implorar para alguma coisa; acho que para que eu me afastasse... Eu só não entendia o porquê.

—Ele é um lobisomem, não pode machucar um inocente... Acho que está com medo de que te machuque.— uma voz rouca disse... Taehyung. Sua voz vinha de cima, ele estava na escada. Assenti enquanto o olhava, me afastando. 

Fiquei do outro lado da sala, e então, o moreno desceu as escadas num segundo, se aproximando de Hoseok, que ainda estava transformado. O moreno sussurrou alguma coisa que fez o lobo assentir. Olhei enquanto Taehyung vinha em minha direção.

O lobo tomou distância para atacar a mulher, conseguiu apenas morder sua mão... Mas a morena, apenas usou a mesma mão que ele atacou para jogá-lo do outro lado da sala. 

—Vocês acham mesmo que um simples lobinho vai acabar comigo?— diz, enquanto olha para eu e Taehyung de canto de olho, sorrindo. Franzi o cenho enquanto a mulher se aproximava do lobo, que agora estava no chão, ferido.

Olhei para a parte de cima da escada, Jimin estava descendo, olhei-o enquanto gesticulava para que ele subisse novamente.

O que vimos à seguir aconteceu rápido demais.  

Taehyung se desesperou quando a mulher começou a chutar o Hoseok, sem parar. Então, sem nem hesitar, correu em sua direção... 

Mas então, vimos algo que antes meus pais apenas descreviam para nós, algo que nem eles haviam visto.

Em questão de segundos, das costas da mulher, surgiram duas coisas vermelhas... Kagunes. Têm uma aparência semelhante à tentáculos e é liberado na parte de trás ao redor da cintura.Meus pais descreviam como uma arma, que cada ghoul tinha dentro de si. 

"Elas fluem como sangue,mas podem se tornar tão sólido como os dentes." lembrei das palavras do meu pai, num dia em que ele estava me explicando o que eram os ghouls.

Os olhos da mulher, de brancos, ficaram pretos, e suas orbes; vermelhas. 

Um grito de horror escapou de minha boca e da de Jimin, quando a kagune atravessou o corpo de Taehyung. O lobo então, que se encontrava machucado no chão, uivou o mais alto que pôde.

Jimin foi em direção à Taehyung e olhei-o aflito. Comecei a gritar para que o mesmo corresse mas ele parecia não me ouvir... Acabei caindo fraco no chão, enquanto olhava o menino de cabelos laranja de canto de olho, minha visão estava embaçada pelas lágrimas... Mas mesmo assim pude ver o que aconteceu à seguir...

O ruivo levantou-se vindo em minha direção, mas enquanto vinha... Só pude ver seu rosto, agora que cuspia sangue... E a kagune, que havia atravessado seu estômago.

Olhei-o enquanto o mesmo caía no chão, e da minha boca, só pode-se ouvir o maior grito que eu já havia dado.

Eu não perdi o Jimin...