Delegado Sedutor - Livro 1 (Repostagem)

Capítulo 56

Laila

Algumas semanas se passaram, hoje é o dia que o médico iria trocar o gesso. Como isso pinica, eu estou louca para tirar isso. Minha mãe e meu pai, me deram um baita esporro ao saberem o que eu fiz e o motivo por qual quis ir embora. Analicia havia assumido um romance com meu irmão e Jennifer começou a trabalhar, tem pouco tempo.

Lizandra fez um curso para entrar numa faculdade na Rússia. E eu a apoio seu sonho. Estou de castigo até o final dos tempos. Tia Glória viria para cá hoje com Leonel. Não estou nem um pouco ansiosa pelo que ela vai falar da minha atitude.

Mas apesar da tranquilidade que agora reina na minha vida, meu coração parece estar morto. Desde daquele dia, não vejo mais André, eu ligo e só cai na caixa postal. Já fui na delegacia procurá-lo, mas ele insiste em dizer que não se encontra por Daniel.

Isso me machuca, eu não entendo. Cristina, deu a vida porque quis. Talvez, se eu tivesse dado a minha vida em seu lugar, ele estaria chorando no meu túmulo. Mas, devo esquece-lo, já que ele prefere não me ver.

Eu nunca teria chance com ele, disso eu sei, mas ele não pode me tratar feito um lixo, como se eu não existisse. Eu quero muito esquecer ele e este sentimento que não é recíproco. Pela maneira como ele ficou, depois que a loira se atirou na sua frente.

Só acho que ele devia se encontrar e saber discernir o que é melhor para ele ou não. Mas, não vou ficar discutindo mentalmente sobre um cara que nem quer saber se estou viva. Hoje, é dia de churrasco na Lage e é um dia, ensolarado e quente como sempre é em época de verão.

Finalmente eu vou poder sorrir sem me preocupar com nada. Rio de Janeiro continuava maravilhoso como sempre. Jennifer iria chegar mais tarde, Analicia está sentada ao lado do Matheus, a felicidade entre os dois é visível e algo admirável, quem sabe um dia, eu possa ter uma felicidade assim.

Convidei Daniel e sua esposa para virem, que aceitaram o convite. A campainha soa, e minha mãe vai atender. Mas fico, preocupada com as escadas de ferro que estão se degradando pelas laterais. Seguro seu braço e sorrio.

- Deixa que eu vou, ajuda o papai.

Ela sorri de volta, dá leves tapinhas em meu rosto. Desço com cuidado, e rapidamente chego a sala e corro para a porta. Abro-a e vejo Glória e Leonel.

Abraço a minha tia, sei que tenho que me desculpar por aquela noite. Olho para Leonel que só me olha e abro um sorriso. Ele revira os olhos e entra na frente de nós duas.

Fico um pouco sem jeito e munha tia me abraça.

- Tia, me desculpe ter ido embora daquele jeito, eu só...

Ela sorriu como se estivesse entendendo o que eu vou dizer. E entrou me puxando com ela.

- Não se preocupe, querida. Por amor somos capazes de fazer qualquer  coisa.

- Mas como você sabe? Quero dizer, não...- digo e sinto minhas bochechas arderem.

Ela riu alto.

- Sua mãe me contou da sua aventura!

Assinto e diminuo o passo e a vrjo subir vagarosamente as escadas até que me vejo sozinha com meus pensamentos. Após refletir por dez minutos, a campainha soa de novo e volto para abri-la e vejo Daniel e Alice na porta bem vestidos. A protuberância redonda em sua barriga havia se volumado mais e sorrio. Quem dera isso fosse acontecer comigo.