Capítulo 14

6.6K 761 37
                                    

André

Ela não tinha dito nenhuma mentira, realmente eu havia a perdido de vista porque vi uma morena bem gostosa e quando virei, ela não estava lá e asseguro que naquele momento me preocupei como nunca havia me preocupado com alguém na vida.

Pensei em mil coisas que pudesse ter acontecido e na verdade não havia acontecido nada. Eu fiquei com raiva de mim mesmo por isso. E quando ela disse aquilo, foi como uma faca em brasa queimando toda a minha carne a transformando em carne de churrasco.

Eu sei que ela não tem culpa e que não gosta de ter uma babá, mas se ela quisesse se manter viva teria que ficar aqui. Acho que o que mais me incomodou foi o fato de ter sido ela que falou aquilo. Me senti muito mal.

De alguma maneira sua presença me deixava atordoado, eu a desejava como um louco. Eu queria possuí -la, mas não queria de jeito nenhuma passar dos limites. Ela sofreu muito nas mãos desse desgraçado chamado Cloyd e eu queria passar para ela que eu poderia lhe dar uma segurança.

Taquei o copo de vidro na parede, vendo os estilhaços cair no chão. A maior culpada dessa minha prisão é a Lorena. Sinto tanta raiva que não consigo expressar direito tudo o que estou sentindo.

Eu mesmo estou confuso com tudo isso, antes eu pegava todas sem sentir remorso. Mas desde que Laila apareceu me sinto desconfortável e impotente, só podendo exercer meu trabalho em protegê -la.

Saí em direção a sala e me sento, ligo a tv e nada tá passando. Troco de canal e um jornal local passa algo sobre o Cloyd.

"Hoje estamos informando que o maior traficante humano, denominado Cloyd foi pego essa manhã transportando mais dez garotas nas faixas de dezesseis a dezenove anos. Seu cúmplice fugiu, mas a Polícia civil não conseguiu pegá -lo. "

- Ele...foi preso? - pergunta uma voz fina e trêmula atrás de mim. Vejo Laila apenas enrolada na toalha branca e abaixo a minha cabeça tampando o rosto.

- Será que dá para botar uma roupa? - pergunto.

- Ah! Desculpe.

Ela corre pro quarto e logo volta com um vestido floral justado no corpo.

- Isso é verdade?

- Não sei, eu vou ligar para a Central. Talvez seja um canal falso. Caso assim, não tem envolvimento da polícia civil. Só um instante...

- Mas por que? Eles não são Polícia também?

- Quando um caso não consegue ser solucionado por eles, repassam para polícia federal que fica encarregada do cargo. Eles só consegue resolver casos simples e não de grande repercussão como o caso Cloyd.

- Então pode ser mentira?

- Sim, pode ser que o Cloyd esteja armando para te ver longe daqui, o que significa que ele já sabe que você está aqui. Só um instante.

Fui em direção ao meu fixo com bina e digito o número da Central. Chama algumas vezes até que Daniel atende, ofegante e com voz arrastada.

- Daniel?

- Sim...

- Cloyd foi pego mesmo?

- Pelo que eu saiba não...

- Deu na tv que...

- Espera estão trazendo ele...

- Tô indo para aí.

- Ta bom, delegado.

Desligo e olho para Laila um pouco triste.

- E? - pergunta animada.

- Parece que é verdade e eu vou ter que ir...

- Posso ir junto?

- Não, melhor ficar aqui. Não sabemos o que pode acontecer e não dá para eu agir e te proteger ao mesmo temp...

Não tive tempo de terminar a frase, quando senti seu corpo colado ao meu. Retribuo o abraço sem jeito e a vejo pular de felicidade. Sorri, estou feliz por ela.

Pego minhas chaves e vou em direção a porta.

***

Chegando perto da delegacia encontro três carros da polícia civil pegando fogo. E a frente da delegacia destruída. Parece que houve uma guerra aqui, mas o que aconteceu? Salto do carro e retiro minha 40 das costas e a mantenho em minha fronte.

Me mantenho alerta para caso de ataque e com cuidado entro na delegacia com arma em punho apontado para frente.

Estava tudo quebrado mas nao javia sinal de corpo, ele realmente deve ser bom, para sumir com uma delegacia inteira. Ando pé ante pé, encostado na parede olhando atentamente para todos os cantos, cadê o Daniel?

Minha sala estava destruída e a porta entortada e amassada. Tudo revirado de maneira violenta. Já sinto a raiva subir quando vejo tudo desse jeito.
Ouço um urro de dor abafado vindo dos fundos, a voz parecia feminina.

Vou cuidadosamente aos fundos e a sala vazia que costumava ficar apagada e fechada, estava acesa.

- Não! Por favor! Eu não sei onde ela está! Por favor...não! - outro grito.

Era armadilha, sabia! Mas cadê Daniel?, penso.

Sinto alguém apontar a arma na minha cabeça por trás e penso que seja ele.

- Solte a arma, André. - pede a pessoa com voz grossa.

- Cadê o André e o Cloyd? - pergunto.

Tenho que conseguir tempo, para ssir vivo daqui.

- Ora, devia procurar se preocupar com sua vida e não com a dos outros.

- É? Por que então você está apontando essa arma pelas costas? Sinal de que é um covarde medroso que só obedece ordens de um ilegal.

- Ah, delegado. Engraçadinho você não? ! Acho que vou acabar o serviço.

- O que você quer?

- A garota e a sua vida!

- Então Cloyd, vai ter que me matar!

- Não é o Cloyd! Solte a arma, Sr. Farcoland.

Solto e levanto as mãos.

- Bom garoto! Agora vire-se devagar...

Me viro devagar e fico surpreso e espantado com que vejo. Mark Longaster na minha frente. Não me admiraria termos sido enganados. Ele armou para o Brian e agora estava armando para mim.

Delegado Sedutor - Livro 1 (Repostagem) Onde histórias criam vida. Descubra agora