Capítulo 33

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" Querido, segure minha mão Oh, por que não segura minha mão? Pois eu não quero andar mais sozinha Você não entende? Eu não quero andar sozinha..."

~ Hold my hand - Jess Glynne.

Laila

Preparo o prato de André com todo amor que sinto por ele. Eu gosto de cuidar dele. Confesso, que senti medo ontem a noite daquela fúria insana que tomou conta dele, com meu relato. Eu guardaria pro resto da minha vida aqueles anos de puro inferno.

Ainda é um pouco estranho, saber que agora ele sabe do meu tenebroso passado. Mas o importante é que ele agora sabe e eu estou livre das mãos daquele crápula. Levo o prato em uma mão com um pano para não me queimar já que está pelando. E talheres na outra. Vejo ele sorrir e ansioso para experimentar mais um dos meus quitutes, ensinados pela minha mãe.

Deposito à sua frente e vejo ele estalar a língua e gritar "itadakumasu". Começo a rir e me sento numa cadeira ao seu lado e fiquei o observando, ele se deleciava a cada garfada e suspirava.

Sua degustação foi lenta e saborosa, acho que ele não comia assim faz décadas.  Começo a rir e ele observa meu gesto e me acompanha, em pouco tempo, ele termina seu prato e deposita a mão na sua barriga em sinal que está cheio e me olha com os olhos semicerrados.

- Sua comida me derrubou! -diz ele, em um tom brincalhão.

- Ah é mesmo? Que bom, você está precisando dormir. - digo.

- Preciso mesmo, Laila...

Me levanto para recolher seu prato e o olho.

- Fala, André...

- Obrigado por ter ficado e ter feito este delicioso almoço pra mim.

Sorrio.

- De nada, eu gosto de cuidar de você. Bem, como você vai descansar, eu acho que vou embora.

- Ah não vai, não!

Ele faz bico e começo a rir, seus olhos azuis imploravam para que eu fique, como não ficar?

- Ta bom, mocinho, só mais um pouco, amanhã tenho trabalho.

- Eba! - exclama ele alegre, como se tivesse ganhado na guerra.

- Você não existe, André!

- Eu sei, sou incrível!

Levo o prato para a louça e lavo. Após algum tempo, vejo ele deirado no sofá, de barriga para cima, ele dormia tranquilamente no sofá. Não tirou nem os sapatos. Sorri negando com a cabeça e retirei seus sapatos e suas meias.

Me ajoelho ao seu lado e aliso seu rosto e aprecio a vista tão linda.

- Ah se você soubesse o quanto te amo, que eu sofreria tudo de novo para te conhecer...- digo baixinho. - Pena que não sou mulher para você. Mas você é o sonho, o meu sonho, meu amigo, protetor. Meu mais secreto amor.

Deposito um leve beijo em sua testa e vejo ele abrir meio sorriso, como se estivesse sonhando.

Deixo um bilhete avisando da munha partida e que voltava logo. E fui no quarto colocar a minha camisa e pego minha bolsa e saiu em seguida de seu apartamento. Fecho a porta devagar. Dou um passo e depois mais outro lembrando a noite anterior. Deixo um sorriso boba escapar por meus lábios quando esbarro num corpo fino e delicado.

Delegado Sedutor - Livro 1 (Repostagem) Onde histórias criam vida. Descubra agora