Capítulo 28

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André

Acendo a luz e vejo o que todo homem odiaria ver. Meu coração se ardeu em chamas, eu pareço um vulcão em erupção no Havaí. Me dói internamente ao ver o quanto esta menina sofreu. Se eu tivesse sido mais dedicado a este caso, teria a salvado logo daquele infortúnio.

Agora que eu imagino o quanto essas meninas sofrem por não fazerem o que ele quer, estou furioso com isso e me levanto de um pulo e soco o espelho que pende na parede o quabrando em fendas. Sinto um líquido espesso escorrer pelos meus dedos, sei que é sangue mas não ligo.

Minha única vontade e de pôr uma rohpa e ir para os Estados Unidos esmurrar a cara daquele desgraçado.
Quando iniciei a penetração,  percebi que ela era virgem e logo me veio a confusão.

Como uma pessoa consegue ser sequestrada por seis anos e ainda sim evitar que qualquer homem a tocasse? Eu fui seu primeiro, me sinto até lisonjeado. Mas eu não esperava por isso.

Acendo a luz do quarto mesmo e a olho furioso.

- Me conta detalhe por detalhe como isso acontecia com você.  - digo, entre dentes.

Não estou com raiva dela, e sim do doente lá que causou isso nela. Vejo que ela fica um pouco desconfortável com isso. Mas eu quero saber, porque se algum dia, ele voltar e vier atrás dela. Eu o mataria sem pensar duas vezes.

- André...

- Sem André, eu quero saber o motivo de cada uma. - digo seco.

Ela se ajeita incomodada e vejo lágrimas caírem de seus olhos.

- Quando fui sequestrada tudo o que eu pensei era que ia morrer. Me preocupei com minhas amigas, se tiveram o mesmo destino que o meu, meus pais. Mas, eu queria era morrer mesmo. Quando eu acordei num kugar estranho e desconhecido, me lembro de chorar como nunca chorei na vida...

Ela se encolhe no meu lençol e abraça os joelhos, eu sei que ela ainda srnte os traumas daquele inferno. Eu não me segurava a cada palavra que ela dizia.

- Eu só me lembro na minha quinta noite de Cloyd me obrigar a dançar na barra de metal, como uma roupa ridícula para os homens pôr o dinheiro. E de repente, tudo começou a mudar, eu atraía mais olhares que as outras garotas e elas me odiavam muito por isso...

Ela me olha e continuo sério, sentindo o ódio me corroer por dentro.

- Aí começou meu martírio, ele me fazia ir a encontros particulares, porque alguns clientes lhe pagavam uma fortuna para dormirem comigo.

Ela faz uma careta e as suas lágrimas descem sem nenhum impedimento. Está doendo nela falar sobre isso e está doendo em mim também. A cada palavra de seu relato, olho para uma das cicatrizes e tenho vontade de quebrar algo.

- Eu sdmpre arranjava um jeito de fugir e quando eles reclamavam da fortuna gasta sem ter aproveitado a noite. Cloyd, irrompia em meu quarto, me tirava da cama à força e me batia o caminho todo até a sala de castigos. - seu rosto perde a cor ao se lembrar da cena. - Ele tinha um fino cabo de metal, tirava minha roupa, e prendia meus braços acima da cabeça...

Me viro de costas ao imaginar a cena, aperto os olhos fortemente sem acreditar na tortura que ela passou.

- E os pés amarrados. Ele esquentava em uma pequena fogueira e passava no meu corpo. Uma cicatriz para cada centavo perdido da fortuna que lhes pagavam...

- Ele fez algo mais além disso? - pergunto de costas.

- Tinha vezes que ele usava uma palmatória para me castigar, auebrei meu pulso seis vezes, já tive sérios hematomas por todo meu corpo... - sua voz saía falha por contabdo choro que dominava seu corpo, ela soluçava. - A penúltima vez foi com o Lance, um homem bom que tentou me ajudar a escapar. Cloyd descobriu e o matou sem piedade.

- E o que ele fez com você?

- Eu prefiro não continuar mais...

- O que ele fez Laila?

- Me espancou até eu apagar e só acordei três dias depois num quarto de um hospital.

Eu não penso em mais nada e taco qualquer coisa na minha frente no chão de raiva, dou um grito estridente e passo as mãos no cabelo desarrumado e ando de um lado para o outro. Vejo que ela está assustada com as mãos tampando os ouvidos e chorando.

Apesar da raiva que sentia, sentia pena dela, ela preferiu sofrer tudo isso do que se entregar sem vontade para um bêbado qualquer por aí. Se eu fosse ela, teria me matado na primeira oportunidade. Suspiro fundo para aliviar a raiva profunda que preenchia meu peito e me aproximei dela cautelosamente.

A puxo para um abraço apertado e aliso seus cabelos.

- Calma, não estou com raiva de você e sim dele...

- Me perdoa...eu não conseguia...eu sou suja, uma pessoa sem vida, você está se arriscando por minha causa...Não...

- Shhhhh, você não é suja, não fala isso de você. Você lutpu contra os abusos doentios desse cara até o final e ainda assim, conseguiu suportar a dor que ele impôs para não perder sua pureza. - conforto-a. - Você não tem que sentir vergonha de você mesma, ele que deve sentir vergonha e medo.

- Ele não tem...

- Não tem? Passou a ter, vou ser o seu inimigo número um agora. Isto não é mais questão de justiça, agora é pessoal.

- André, por favor, me escuta...

- Nada vai te acontecer e eu não vou perdê-la, você está sobre minha proteção agora. - digo sério e convicto.

- O problema não é esse...eu não posso arriscar a sua vida. - diz ela chorando.

- Eu te prometo que sempre vou estar lá.  Eu vou te proteger, eu vou voltar para você.

Ai esse delegado, até eu estou apaixonada por ele agora kkkkj

Que amorzinho...

Ai Luh pra tu... ahaha

Delegado Sedutor - Livro 1 (Repostagem) Onde histórias criam vida. Descubra agora