André
Quando acordei dentro da área de serviço dos funcionários e vi Luís morto a queima-roupa, entendi tudo. Cristina é uma das mensageiras do Cloyd. Mas não é possível, na minha cabeça, ele está preso no FBI, está na sua cela de penitência máxima. Eu o vi ser algemado e colocado na viatura da Polícia Civil. Mas o que está acontecendo?
Pego meu celular caído no chão e vejo a tela trincada com apenas um risco, mas ele funciona perfeitamente. Disco duas vezes o número de Daniel, que não atende. Fico enfurecido e não vejo o meu carro onde deixei. Por quanto tempo fiquei desacordado?
Ligo para Carlos, e explico o ocorrido e ele disse que já vinha resolver o caso.
Tempo depois, quatro viaturas cjegam com os agentes que checam o local do crime, Carlos se aproxima de mim e franze as sobrancelhas ao ver o sangue escorrendo da minha cabeça.
- O que houve? - pergunta ele.
- Eu estava resolvendo algo com uma garota que ameaçava minha vida, quando levei uma coronhada na cabeça e ainda acordei ali...- digo e aponto.
- André, abre teu olho, isso ainda vai resultar no fim da tua vida. - alertou ele.
- Agora, Daniel sumiu e eu não sei o que pode ser isso.
- Já tentou ligar?
- Sim...
- Tenta de novo.
Pego meu celular e por sorte ou coincidência, Daniel está ligando.
- Alô...
- Onde você está? - pergunto furioso.
- André...
- Onde você está?
- Na rodovia interestadual, preciso te contar uma coisa...
- Ta bom, me aguarda aí.
Olho para Carlos com a sobrancelha arqueada. E ele nega com a cabeça.
- Não está fácil demais?
- Não sei, mas ele é meu melhor amigo, se ele precisa de mim eu quero ajuda-lo.
- Cuidado, rapaz.
Assinto e penso em correr, mas me lembro que meu carro foi roubado pela loira raivosa e olho para Carlos.
- Leve o meu carro! - diz e me joga a chave e sorrio em agradecimento. - Boa sorte, vai precisar.
- Valeu!
Corro até o carro e destravo o alarme e vejo um Palio vermelho encostado. Entro nele e dou prosseguimento na direção.
Chegando na interestadual que dá acesso ao Paraguai. Peguei muitos transportadores de cocaína aqui, por isso a reconheci e vejo Daniel no acostamento sentado, lia alfo em um papel pequeno e franzo as sobrancelhas.
O que ele está fazendo aqui é o que está me agoniando. Estaciono o carro e vejo que não há carro nenhum na estrada, afinal caminhão de transporte não iria passar por essa hora, estou tranquilo. É início da madrugada e o céu estava escuro com alguns raios da luz prateada da lua.
Desço do carro e ele se levanta rapidamente com um sorriso maior que o próprio rosto. Continuo confuso e ele junta as mãos nos quadris.
- Sabe quem voltou?
- Quem?
- Cloyd.
- Não, eu o prendi e o extraditei para o Estados Unidos. Se falasse Cristina eu até acredito.
- Ele nunca foi preso, André. - diz Daniel firmemente.
- Não é possível! - exaspero. - Ele vai atrás dela.
- Tenho que te contar uma coisa...
- Fala...
Ele suspira e passa a mão no cabelo e me olha de uma certa forma, triste. Ele nunca foi assim, sempre brincalhão. Mas nunca foi de mentir, sei que ele pode estar falando a verdade, até então é ver para crer.
- Minha mulher foi sequestrada e está grávida. Recebi uma notificação anônima que se eu quisesse salvar o meu anjo eu tinha que seguir conforme o que ele mandasse.
- Por que não contou isso quando te perguntei?
- Não podia, arriscar a vida da minha mulher para você se envolver seria o pior de tudo. Quando encontrei com ele, vi de quemvse tratava e me pôs contra a parede.
- Encurta...
- Ele queria que eu o traísse para atrair a Laila até aqui. Mas, no caminho vi Cristina apanhar feio dele...
- Até concordo com ele...
- André!
- Continua...
- Ele muda os planos como troca de cueca. Ele queria que eu te chamasse aqui. Para te levar para um lugar a qual ele me daria as coordenadas e quando Laila chegasse eu te mataria na frente dela e depois ele a mataria.
Eu estou boquiaberto com aquela revelação. O pior de tudo não é saber ele ele faria isso, mas não ter confiado em mim o suficiente para ajudá-lo. Não se dá mais para confiar em ninguém.
Dou as minhas costas sem acreditar no que ele acabou de falar.
- Pelo menos sabe onde ela está?
- Agora sei, graças a Cristina.
- E acha que é tão fácil assim? Eles vão deixar você encontrá-la sem nenhum empecilho?
- Não sei, só quero salvá-la.
- Mas isso fica longe pra caralho!
- Eu sei...mas tenho que tentar...
- Você iria cumprir a promessa?
- Claro que não. Eu ia dar um jeito.
Balanço a cabeça positivamente ainda desconfiando de suas ações. Sigo em frente e Daniel me acompanha no pocesso lento de entrar na mata do acostamento e pego minha linda apontando para o chão, o verde escuro atrapalha um a visão, nos deixando com certa dificuldade.
Uma cabana abandonada no meio do mato, não é boa coisa. Eu posso sentir o ar sombrio que aquele lugar passava. Eu sinto que vai acontecer alguma coisa, porém não consigo tirar conclusões assim, para isso um delegado serve, para criar hipóteses e juntar as provas que incriminam o suspeito indiciado.
Meu trabalho árduo é algo que não consigo mesmo entender porque fui escolher logo a profissão mais difícil do planeta, porém, gosto de sentir o perigo e ver a adrenalina percorrer minhas veias como nitrometano.
Avançava lentamente mais a fundo daquela mata sombria e só via verde escuro e nada de cabana. Eu sei que está escuro e isso é muito longe. Temos que arranjar os detalhes para que nenhum dos dois percam a vida.
- Vamos voltar não podemos alcançar a cabana nessa escuridão. Estoy cansado, com dor e uma forte enxaqueca, podemos voltar amanhã d manhã com alguns homens.
Ele suspira triste.
- Vamos salvar a sua mulher.
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Delegado Sedutor - Livro 1 (Repostagem)
RomanceLivro 1 - Trilogia Farcoland • Contém linguagem imprópria, violência e cenas de sexo explícito. +18. PROIBIDO PARA MENORES DE 18. André Farcoland, é um jovem de 29 anos, bem doutrinado de origem humilde e sempre sonhou em seguir carreira na polícia...