Capítulo 62

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Laila

Dois meses depois, André e eu não desgrudamos um do outro. Eu esqueço que agora tenho minhas amigas e uma faculdade para dirigir e semana que vem, tenho relatório para entregar para a professora de publicidade. Não é o curso que planejei ou queria. Mas, eu acabei optando por ela, simplesmente por reprisar matérias, cuja, reprisam sobre o tráfico humano.

Quero deixar essas garotas que saem à noite, e sobre as noites escuras e traiçoeiras que as espreitam. André descobriu mais três brasileiras que foram sequestradas por aquele monstro, Mariela, uma carioca sequestrada há um ou dois anos, foi a única sobrevivente. Ela contou que ela vivia em Roma todo esse tempo.

Mas, por aversão as fortes e dolorosos castigos que Cloyd a submetia, ela cedeu aquela vida. E, não pretende voltar para casa dos pais. As outras duas, viviam juntas no Japão. Cloyd matou uma e a outra não aguentou e se matou.

André ficou triste, mas me olhou dentro do seu carro e abro um sorriso caloroso para ele e aliso o monstro do seu braço. Ele, volta a se concentrar na estrada e logo chegamos ao nosso destino. Ele abre um sorriso de parar o trânsito e minhas pernas ficam bambas e perco o foco da minha atenção. Ele desce do carro e dá a volta às pressas.

É noite e com ela as estrelas brilhantes em tom  faiscante, brilhavam no céu.
E

le abre a porta para mim e fico confusa com tanto mistério. Ele diz apenas que eu tenho uma supresa e que é para eu ficar quieta. Mas, está estranho. Muito estranho. Estamos na varanda dos pais de André, eles moram agora em um condomínio chique na Barra da Tijuca. Haviam se mudado recentemente. O gramado é lindo e bem verde, amparado e tudo cheio de pompa. A mansão de dois andares é linda. É aberta apenas na lateral da casa, onde fica a sala de entretenimento dos integrantes. Uma mesa enorme de sinuca tomava o centro da sala bem iluminada.

Ela é de dois andares e bem trabalhada na estrutura lisa e forte da mansão. As janelas são blindadas e lindas de aro arredondado. É toda pintada a creme, mas por dentro variava as cores, especialmente escolhidos pelo gosto da mãe de André.

Ele segura forte a minha mão e me puxa morro abaixo que preciso correr para me manter ao seu lado. Tudo está apagado e num silêncio mortal, o que me mata por dentro. Meu coração lateja dolorosamente dentro do peito e vejo, que André está mais ansioso que eu.

Damos a volta no amplo jardim e chegamos à frente da mansão. O horário, não ajuda a me sentir melhor, pois são nove horas da noite, obviamente, a mãe de André está cansada de camisola feita à seda ou simplesmente dormindo ao lado do marido. Aperto a mão de André, na tentativa de fazê-lo desistir de importunar sua mãe a uma hora dessas. Me sinto mal. Como se tivesse violando a privacidade deles ou algo tipo. Só sei que isto está muito errado.

E nem estou vestida para ocasião, estou com chinelos de dedos, o esmalte se desfazendo e estou apenas usando uma calça jeans clara cano alto e uma camisa branca de algodão e um colar que ganhei do André, quando iniciamos o nosso oficial relacionamento. É apenas uma corrente com a letra inicial do seu nome "A". E ele usa uma com a letra inicial do meu "L".

Ele gira a chave na maçaneta e todo corredor está um breu escuro e assustador. André, já teve provas do quanto eu odeio terror. André, mantém sua mão firme na minha e me puxa o vão abaixo. De repente, ele reduziu seus passos e soltou a minha mão.

- André? André? Acho que não preciso ter outro ataque de pânico para você me salvar não né, superman? - pergunto, mas o eco da minha voz me apavora. -André?

Dou um passo vacilante e depois outro e tento encontrar um lugar para apoiar minha mão, encontro a parede. Meu coração bate descompassado e sinto um medo sobrehumano.

Delegado Sedutor - Livro 1 (Repostagem) Onde histórias criam vida. Descubra agora