Capítulo 23

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Laila

Minha mãe chorava rio de lágrimas ao me ver, é uma saudade muito grande. Mal posso respirar. Meu pai, minha mãe e meu irmão aqui para me ver.

Minha mãe quis saber tudo o que se passou comigo, tenho medo de contar, de eles pensarem o pior de mim. Mas eu não posso esconder isso deles, me senti tão frágil durante todos esses anos, tão desamparada sem o seu acalento que nesse momento eu só queria sua compreensão.

Minha mãe segurava a minha mão e meu pai estava atrás dela, esperando eu emitir qualquer som que fosse.

- Então,  querida, o que houve?  Suas amigas disseram que de repente você havia sumido, chamaram a polícia mas você sumiu do nada.

Sinto as lágrimas descerem pela milésima vez contra a minha vontade. Inicio o meu relato e a cada fim de frase  eu via o choque estampado no rosto deles, minha mãe havia soltado minha mão e tampado o rosto.

Eu sabia que ela sentiria vergonha de mim, eu sei que ela nunca iria acreditar nessa história era mais provável que acreditasse que eu havia me prostituído e tivesse perdido a minha virtude, isso me deixava tão arrasada do que não vê-los mais.

Viro o rosto e vendo meus olhos e de repente minha mãe se deita sobre mim me abraçando. Fico surpresa com essa reação,  era algo que eu não esperava dela e meu pai segurou a minha mão e meu irmão permanecia parado e calado.

- Filha, como foi que isso aconteceu com você?

- Eu não sei, nunca pude sair daquele lugar, só quando ia para hotéis ver os homens. Mas eu sempre fugia e Cloyd, o mru raptor, me causava isso como castigo...- digo e mostro as cicatrizes na minha barriga.

Minha mãe se levanta e se acolhe no abraço do meu pai desamaparada.

- A culpa foi minha, se eu tivesse sido mais cuidadosa com você...

- Não foi culpa de ninguem, da última vez eu consegui fugir de um homem inescrupuloso que me guiou até Brian e que hoje estou aqui.

- Ai filha, o que você não sofreu nesses seis anos nas mãos desse crápula.

- Tudo bem, mãe. Agora estou aqui e não precisamos mais nos prrocupar com ele.

- Laila...- chamou meu irmão e o olhei.

- Oi maninho, como você cresceu...

Meus olhos se banham novamente e ele sorri.

- Você vai voltar para casa?

- Sim...

- Então, você vai ficar né?!

- Claro, por que?

- Porque eu não quero ver mais esses dois sofrerem.

- Eu sei, também não quero.

Eles estavam emocionado e felizes assim como eu.

- Então Laila, este delegado é um partido e tanto. - diz minha mãe,  com um sorriso divertido no rosto.

Delegado Sedutor - Livro 1 (Repostagem) Onde histórias criam vida. Descubra agora