Capítulo 42

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André

Mais um dia longe dela, isso me machuca. Mas ficar parado porque esto chorando, não dá na minha vida tão agitada como a de um delegado.
Eu nem acredito, que Laila foi capaz de ignorar o que eu disse há alguns dias atrás.

Ainda tento entender o que a fez agir daquela maneira. Mas, nesse momento não é hora para isso. Agora saiu com uma garota ali e aqui, mas nada é igual a Laila. Ela é única, linda, seduzente, inteligente e fofa com seu jeitinho acanhado. Igual a ela eu não vou encontrar nunca. Não adianta procurar.

A noite estava fria e escura, checo se há alguma ligação de Laila, somente para me frustar mais uma fez. Me decepciono com esta maldita esperança acesa no meu peito de que ela ligue algum dia. Mas parece, que isso nunca vai acontecer.

O fum do meu expediente havia chegado ao fim e Daniel entrou correndo em minha sala, mebdeixando furioso. Odeio quando ele entra assim, além do susto que me dá, ne deixa furioso, porque eu sei que não é importante.

O olho de soslaio e ele sorri amarelo.

- O que é agora? - pergunto seco.

- Você não sabe o que acabou de acontecer...

- O que?

- A central do FBI foi destruído pela tarde.

- O que? - pergunto, perplexo.

- Cara, o Darlisson descobriu isso agora.

- Isso agora é problema deles.

- Eu sei, mas...

- Não tenho nada a ver com isso, Daniel e você também não. Vou pra casa dos meus pais.

- De novo?

- Eu não consigo ficar mais naquele apartamento...sem ela.

- Está mesmo apaixonado por ela, não é mesmo?

Assinto de leve e abaixo a cabeça.

- Cara, vai atrás dela, tenta explicar, você tem o laudo agora e pode provar...

- Esquece. Ela já tomou sua decisão, não sou homem de ficar correndo atrás de mulher nenhuma...

Pego minhas coisas e saiu da minha sala, sinto-me como se estivesse sendo caçado de alguma maneira. Desço os degraus e destravo o carro.

Entro no mesmo, e dou partida em direção a casa dos meus pais na Barra da Tijuca.

☆☆☆

Chego por volta das dez da noite, posso sentir o sereno entranhar em meu corpo. Suspiro fundo e desço do carro, já estacionado na beira da pista permitida e travo o mesmo. Ando até a portaria e vejo um homem de cabelos  ralos e grisalhos, havia uma barba branca por fazer baixa e com um uniforme azul, é o porteiro, o senhor Luís, ele já tinha idade para ser porteiro noturno, mas ele diz que ama esse trabalho.

Ele abre um sorriso e apenas esboço meio sorriso sem mostrar os dentes.

- Boa noite, Seu André, por aqui de novo? - pergunta em um tim brincalhão.

Delegado Sedutor - Livro 1 (Repostagem) Onde histórias criam vida. Descubra agora